Tentativas

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Pov Sarah...

Bill parece processar o que acabei de dizer, ou está pensando quantos segundos leva para ele passar pela porta que está tão perto sem tomar um tiro, mas acredite, ele não conseguiria.

- Do que você está falando? - Profere após quase um minuto em silêncio. 

- Bill, estamos sozinhos, não precisa dessa imagem para cima de mim...Você sabia com quem estava se metendo a partir do momento que ameaçou Juliette.

- O que ela te contou? desde quando se falam?

- reviro os olhos - Você achou que por ter ameaçado ela, eu não tomaria providências? ou vai fingir também que não sabia que eu era a mulher? - ele fica em silêncio. - rum, tolo.

- Estava tudo indo bem, bastou você aparecer...- sua fisionomia muda, e agora sei que ele se desfez de sua mascará. - nada disso precisava acontecer, mas ela resolveu se enfiar na sua vida.

- Que história mal feita, você chegou depois.  não venha com lamentações de corno inconformado, eu e você sabemos que não  a ama, e que está seguindo ordens de alguém. - cuspo sentindo meu sangue ferver. 

- Se tem tanta certeza , por que não foi atrás da pessoa ao invés de vir tirar satisfações comigo como uma amante ciumenta? porquê é isso o que você é. 

Avanço rapidamente sobre ele ficando tão perto do seu corpo que não consigo mais vê-lo por completo, sinto-o prender a respiração quando sente o cano da arma em seu abdômen, e analiso sua feição. 

- Sabe o que não te contaram, Bill? - afundo mais o cano contra sua pele -  que se a pessoa para quem você está trabalhando é ruim...eu sou muito pior. 

- E vai fazer o que? me matar aqui no apartamento da Juliette? como acha que ela vai te ver depois disso? - diz confiante. 

- Sorrio em puro escárnio. - Você me subestima, não é? Acha mesmo que eu te traria para cá sem saber as diversas possibilidades do que posso fazer com você aqui dentro? 

- Está com raiva, não é? te mata o fato dela nunca ter conseguido terminar comigo, tenho certeza que já se perguntou o porque ela nunca conseguiu fazer algo tão simples como terminar um namoro. - sorri zombeteiro. 

- Quer testar os meus limites, não quer? - vejo seu sorrisinho no canto dos lábios  - então tudo bem, vamos ver quem ganha. 

Me afasto de Bill indo até uma das cadeiras da mesa de jantar, pego uma a posicionando no meio da sala , e olho para ele que parece não entender nada.

- Senta! - Ordeno, e ele permanece parado - agora! - digo voltando a apontar a arma para ele que dessa vez não recua minha ordem, e senta-se na cadeira. - Não estou aqui para cair nas suas provocações, Bill...quero saber a mando de quem você está aqui. - Digo parando na sua frente.

- Para...- sorrir - não está nenhum pouco curiosa em continuar o que a pouco conversávamos? 

- Responda! 

- O que quer saber? sobre ela não querer abrir mão de nós dois? deve ser bom, transitar pelos dois mundos, provar de tudo, você não acha? 

- Não me provoca..-digo entredentes, sinto minhas unhas cravarem minha pele com a força com que fecho minha mão.

-  Como ela é com você na cama? Porque comigo...- ele morde o canto do lábio como se estivesse imaginando a cena - é sempre avassalador.  transamos em cada pedacinho desse apartamento - diz olhando em volta -  é uma delicia sentir aquele corpo, o suor dela é viciante, inebria. entendo o motivo de você apontar essa arma para alguém porque dela. - sorrir. 

É vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora