Agora

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- Sou a Sarah...- digo ainda assustada.

- Posso tirá-la daqui?

O olho receosa, sinto que ele é uma boa pessoa...mas eu também sentia isso de início com a pessoa que hoje me colocou nesta situação assim como em tantas outras.

- Sei que está com medo, afinal...sou estanho, e homem. - sorri de lado - Mas garanto a você que só tenho boas intenções.

Sorrio de lado, Gil sorri também e olho para os dois lados da estrada vendo que até agora o carro dele foi o unico que passou aqui.

- Desculpa, é que não estou acostumada em pegar carona com estranhos.

- A Uber nesse momento deve estar dizendo: Eu sou uma piada pra você? - brinca.

- sorrio de lado - Não costumo pegar Uber...

- Ó, faremos assim então - Diz tirando seu celular - Vou deixar discado um, nove, zero aqui e você ficará o tempo todo com meu celular em mãos...e também pode mandar sua localização em tempo real para algum contato de alguém que saiba de cor. Que tal? - sorri.

Vejo que ele realmente tem boas intenções, até porque...se fosse para ele me fazer algum mau, já teria feito...não se daria o trabalho de me levar para outro lugar com mais movimento se estamos no meio do nada. Assinto e Gil sorri de lado me guiando até o carro, entro no banco do passageiro vendo-o fechar minha porta e vir para o banco do motorista.

- Então...para onde quer ir? - diz colocando o cinto e virando-se para me encarar.

- Eu...no momento não tenho para onde ir.

- Você não tem casa? - diz confuso.

- Tenho...é que - desvio o olhar - É complicado.

Gil me observa e sigo seu olhar, vejo que ele está olhando para minha cintura e abaixo rapidamente minha blusa após perceber que ele está reparando no hematoma roxo em minha pele.

- Podemos ir para minha casa se quiser.

- Eu não vou te incomodar?

- Por que incomodaria? Vejo que está cansada, com medo, precisa apenas descansar e quem sabe desabafar...- diz olhando novamente para o lugar onde está o hematoma e depois para mim.

Não digo nada, apenas sorrio de lado e encosto minha cabeça no vidro vendo em poucos segundos tudo começar a ficar turvo.

- Hey...Sarah, chegamos.

Abro meus olhos lentamente, olho pela janela não reconhecendo essa rua e vejo Gil passar na frente do carro vindo até o lado do meu acento.

- Precisa de ajuda?

- Não...está tudo bem.

Gil assente, saiu do carro e após ele ser trancado, adentro o prédio enquanto observo tudo, gravando cada coisinha na memória...inclusive o número da portaria.

- Entre, sinta-se em casa. - sorri.

Sua casa é pequena, porém aconchegante, bem arrumada e estilosa...sorrio de lado sentindo a energia boa que esse lugar transmiti apesar de nunca sequer ter pisado aqui antes.

- Você ficará no meu quarto hoje, eu ficarei com o quarto de hóspedes.

- Não...Magina, por que fazer isso? Posso ficar no quarto de hospedes.

É vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora