Bilhete

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Pov Sarah...

Não entendi o motivo de Juliette ter chegado neste estado, estava confusa, apavorada, agoniada e me levando junto com ela nesses sentimentos. Mas agora está tudo mais do que esclarecido: Bill mostrou as asinhas. Mas vou cortá-las hoje, para que nunca mais ele ouse sequer chegar perto dela novamente.

- Sarah...por favor...- Ouço apenas a voz de Juliette atrás de mim enquanto ela tenta segurar meu braço, mas o tiro bruscamente enquanto continuo pegando minhas roupas. - Sarah, me escuta. 

Não digo nada, coloco minha calça, minha camiseta e sento para por minhas botas vendo Juliette se agachar na minha frente.

- Por favor, me ouve...

- Eu não preciso ouvir nada, eu estou vendo, e isso já é o suficiente.

- E o que vai fazer?

- O que eu já deveria ter feito há muito tempo, fui tola demais em achar que essa aceitação dele era por se tratar de um idiota apaixonado. - me levanto a deixando agachada ali.

Tento abrir a porta, porém Juliette passa na frente jogando as costas contra ela a fechando.

- Sai da frente. - digo entredentes.

- Não vou deixar que você se prejudique.

- Está com medo do que posso fazer com ele?

- Não, estou com medo do que isso pode fazer com você.

- Há quanto tempo isso está acontecendo? - me viro para ela.

- Hoje...só...só hoje.

- Não mente pra mim, Juliette. - sinto a raiva cada vez mais percorrer por minhas veias, as lágrimas surgindo em meio a essa combustão.

- Eu juro, eu não sei o que aconteceu...ele...ele só se descontrolou, ele não era assim.

Ando de um lado para o outro, e bato com minha mão na cômoda vendo um vaso com flores cair no chão, olho para Juliette que parece assustada, mas não consigo controlar tudo o que estou sentindo.

- PORRA - digo alterada - Aquele...aquele filho da puta,eu...eu fui idiota demais, como? Como eu não percebi que aquele cara é um maluco? - sinto a culpa me consumir.

- Ei...- se aproxima tocando meus braços - Você não teve culpa de nada, eu quem demorei demais para acabar com algo que agora eu vejo que era simples demais de fazer, eu quem me preocupava demais com hipóteses que eu mesma criava.

- E o que vai fazer? - questiono.

- Como assim?

- O que ele pediu ou ameaçou para que chegasse assim?

- suspiro - Eu não quero falar sobre isso, Sarah...- desvia o olhar.

- Ele sabe sobre nós, não sabe? - ela não responde - Diz, Juliette.

- Ele mencionou sobre uma mulher, então sim...acho que sabe sobre nós.

Carla, agora Bill...cada dia que passa não tenho dúvidas de que tudo pode piorar. Ficamos alguns segundos quietas, eu sentada na cama com meus cotovelos apoiados em minhas coxas, e as palmas das minhas mão sobre meu rosto e Juliette andando de um lado para o outro na minha frente.

- Então sabemos o que tem que ser feito...- me evento.

- O que? - a olho e vejo seus olhos marejarem juntamente a um sorrateiro bico aparecer em seus lábios - não...- choraminga se aproximando.

É vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora