O barulho incomodativo que Alessa ouve no seu pesadelo se funde gradativamente à vida real. Ela já estava mesmo prestes a acordar, então não foi difícil despertar assustada com as batidas grotescas na porta, que por muito pouco - pensa ela -, não trouxeram a porta abaixo.
Alessa olha o relógio verificando os ponteiros que marcavam 07:30 da manhã, o que significa que Bakugou havia saído há pouco mais de uma hora.
Afastando as cobertas, os pés que descem da cama se abrigam nas pantufas, e mesmo com isso, a italiana sente o chão mais gelado que o natural. Não demora, na verdade se apressa em abrir a porta, já que quem bate, parece apressado, furioso, ela não entende.
Logo abre a porta para encontrar Veena e... Ochaco? Talvez, Alessa não tem absoluta certeza. Porém, imediatamente se força a acordar quando a heroína pergunta: ─ Onde diabos esse idiota se meteu?
Alessa ergue a sobrancelha, torcendo o lábio de forma sutil. Ela estaria falando de Bakugou? Sim, provavelmente. Então a italiana solta a respiração e com cara de sono, entreabre seus lábios para explicar a ausência de seu namorado; porém, a Todoroki dispara:
─ O que você faz de pijama? ─ deus, o que está acontecendo aqui? ─ é o que Alessa se pergunta. E antes que ela pudesse responder qualquer das questões da heroína, Veena continua: ─ Vá já se trocar, já está atrasada!!
Ah, é verdade... ─ Alessa sussurra mentalmente, lembrando o porque seu celular despertaria em poucos minutos. ─ aquela entrevista ainda está pendente...
Voltando para o quarto enquanto Ochaco permanecia parada na porta e Veena já havia entrado para aparentemente procurar por Katsuki, Alessa lhe diz: ─ O Bakugou saiu há algum tempo já ─ balbucia sonolenta.
─ E por acaso você viu se ele estava de uniforme? ─ pergunta preocupada, porém quando a européia diz que sim, afirmando que o namorado saiu uniformizado, Veena disfarça. Não queria alarmá-la desnecessariamente com a notícia de que Bakugou ainda não havia chegado à empresa, e por isso Ochaco ligou para Shoto que tam'bem já havia saído para abrir a sede de Veena.
Terminando de atar a tira da sua sandália, Alessa ergue a cabeça para Veena, já pegando a escova de cabelos enquanto diz: ─ Eu acabei não ligando pra você... Depois de tudo o que aconteceu...
Venna suspira.
─ Está tudo um grande caos, não se preocupe com isso, e outra, eu nem perguntei se você pode ir agora...
─ Sim, sim... ─ diz, quase que imediatamente. Depois, entretanto, torce outra vez o láboi, pensativo para não esconder de Veena: ─ Na verdade... eu tinha uma consulta marcada às 08:30, mas acho que não tem problema em remarcá-la e...
─ Nem pensar ─ diz a mais nova, com convicção. ─ Você vai, eu vou com você, depois vemos o resto e... ─ se policia em dizer "e depois encontramos Bakugou".
─ Veena... ─ Ochaco que estava em silêncio até então, a chama fazendo Alessa desviar os olhos e Veena se aproximar para um assunto aparentemente confidencial. ─ Vou procurá-lo na casa dos pais dele... ─ fala, um tanto aflita, e mais tarde se arrependeria de ter ficado tão preocupada com o amigo ao ponto de sequer cumprimentar Alessa, nem na entrada, nem na saída.
Veena a assiste deixar o local e em seguida fala para Alessa: ─ Se eu sou você, pego um casaco... já está esfriando pra esses lados... ─ aconselha e, confiando na experiência de quem já há alguns anos mora ali, Alessa rouba de Katsuki um que não parecesse ridiculamente largo e aceitando a carona de Veena, elas partem para o hospital.
Alessa não entendia muito bem como funcionava a cabeça daquela mulher, então sequer se atreveu a perguntar algo quando estacionaram no na garagem do hospital e a Heroína Rubro simplesmente desapareceu.
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Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2
FanfictionHá sete anos que Katsuki se despediu daquela italiana. E sete anos depois dela, não havia mais nada que ele pudesse desejar. A carreira dos sonhos, sua casa, fama, dinheiro. Bakugou tinha tudo e não sabia que ainda a queria - e queria explosivamente...