─ Cor? ─ Veena pergunta enquanto rabisca em um bloco de notas assim que a sra. Midoriya termina de mostrar as opções em palhetas para a italiana.
─ Vee... ─ Alessa suspira com um sorriso no rosto, tentava se concentrar em fazer sua mala e responder às milhões de perguntas que as mulheres faziam naquele quarto. ─ Nós nem decidimos se vamos fazer uma festa ─ curva um pouco o lábio para baixo, a carinha lamentava ter que estragar a empolgação da americana.
Mas claro, isso não era o suficiente para abalá-la. Veena apenas balançou a cabeça negativamente, os olhos recitavam uma dor dilaceradora que pedia socorro à Mitsuki.
E para o desespero de Alessa, o socorro veio com sua futura sogra perguntando:
─ Como é que é?
Ochako que estava ajudando Alessa a ajeitar suas coisas, curva um pouco a cabeça para poder prensar os próprios lábios.
─ B-bom... ─ a italiana tenta se justificar. ─ Eu acabei de comprar um carro... tudo bem que eu consegui por preço de fábrica, mas o Kacchan ainda está ajeitando o pagamento da casa, nem começamos a mobiliar, e também achamos que se ele quiser trocar a Cayenne, ele não deveria esperar por causa de uma festa...
Todo o quarto é silêncio. E por causa da indignação da matriarca ao descobrir que os filhos não pretendiam dar uma festa, e o jeito involuntário que ela atacou o xodó do seu filho, Veena e Ochako tem vontade de rir querendo ver como Alessa sairia dessa.
─ Um caralho que ele vai trocar a cayenne! ─ brada e desta vez, mesmo um pouco nervosa, até Alessa tem vontade de rir. ─ Pra começar, ele jamais se desfaria daquele carro.
Errado! ─ Alessa pensa consigo mesma, sem querer contrariá-la. ─ Ele realmente quer trocá-la...
─ Estranho! Ele ama aquele Porsche mais do que tudo! ─ Ochako observa.
─ Eu não quero saber. Aquele merda é meu único filho, ele vai esperar você em um altar, ele querendo ou não!
Ok, no fundo Alessa sabia que se Katsuki dissesse "não" a resposta final seria "não" e isso era indiscutível. Mas não deixou de considerar o que Mitsuki estava dizendo.
No fim, ela não respondeu nada. Já havia falado um pouco com Veena sobre, sua amiga entendia que mesmo sendo italiana, tendo nascido e se criado em um país tradicionalmente católico, nunca se viu de branco e grinalda. Não era a Alessa de 16, não era a Alessa de 21, e agora com seus 27, não é a Alessa também.
Bakugou obrigá-la era incogitável e mesmo com a possibilidade de ele tentar convencê-la para satisfazer o sonho da sua mãe, ela também não acha que ele tentaria. Claro que o assunto a deixou aflita e confusa, afinal, segundo Ochako, é totalmente comum que esses sejam os sentimentos mais recorrentes no coração de uma noiva.
─ Eu estava pesquisando algumas coisas... ─ ela aborda antes de finalizar sua mala. ─ É verdade que aqui as noivas não tem o costume de fazer chá de casa nova?
─ Sim, é verdade.
─ Ah ─ Alessa suspira um pouco frustrada. ─ Claro, é compreensível se eu não levar em consideração a quantidade de dinheiro que vocês entregam por aí... ─ elas riem.
─ De fato, os japoneses tem uma tradição muito estranha de dar dinheiro como presente em praticamente tudo o que seja motivo de comemoração ─ Veena reclama também, Alessa e ela praticamente chamam Ochako e Mitsuki para a discussão:
─ Não é estranha! ─ a recém casada é a primeira a defender, sorrindo. ─ Eu acho lindo! Você ajuda, manda boas vibrações e não corre o risco de errar num presente que a outra pessoa pode odiar ─ elas riem.
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Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2
FanfictionHá sete anos que Katsuki se despediu daquela italiana. E sete anos depois dela, não havia mais nada que ele pudesse desejar. A carreira dos sonhos, sua casa, fama, dinheiro. Bakugou tinha tudo e não sabia que ainda a queria - e queria explosivamente...