64 💥 um convite irrecusável

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─ Cor? ─ Veena pergunta enquanto rabisca em um bloco de notas assim que a sra. Midoriya termina de mostrar as opções em palhetas para a italiana.

─ Vee... ─  Alessa suspira com um sorriso no rosto, tentava se concentrar em fazer sua mala e responder às milhões de perguntas que as mulheres faziam naquele quarto. ─  Nós nem decidimos se vamos fazer uma festa ─ curva um pouco o lábio para baixo, a carinha lamentava ter que estragar a empolgação da americana.

Mas claro, isso não era o suficiente para abalá-la. Veena apenas balançou a cabeça negativamente, os olhos recitavam uma dor dilaceradora que pedia socorro à Mitsuki.

E para o desespero de Alessa, o socorro veio com sua futura sogra perguntando:

─  Como é que é?

Ochako que estava ajudando Alessa a ajeitar suas coisas, curva um pouco a cabeça para poder prensar os próprios lábios.

─ B-bom... ─  a italiana tenta se justificar. ─ Eu acabei de comprar um carro... tudo bem que eu consegui por preço de fábrica, mas o Kacchan ainda está ajeitando o pagamento da casa, nem começamos a mobiliar, e também achamos que se ele quiser trocar a Cayenne, ele não deveria esperar por causa de uma festa...

Todo o quarto é silêncio. E por causa da indignação da matriarca ao descobrir que os filhos não pretendiam dar uma festa, e o jeito involuntário que ela atacou o xodó do seu filho, Veena e Ochako tem vontade de rir querendo ver como Alessa sairia dessa.

─ Um caralho que ele vai trocar a cayenne! ─ brada e desta vez, mesmo um pouco nervosa, até Alessa tem vontade de rir. ─  Pra começar, ele jamais se desfaria daquele carro.

Errado! ─ Alessa pensa consigo mesma, sem querer contrariá-la. ─  Ele realmente quer trocá-la...

─ Estranho! Ele ama aquele Porsche mais do que tudo! ─ Ochako observa.

─ Eu não quero saber. Aquele merda é meu único filho, ele vai esperar você em um altar, ele querendo ou não! 

Ok, no fundo Alessa sabia que se Katsuki dissesse "não" a resposta  final seria "não" e isso era indiscutível. Mas não deixou de considerar o que Mitsuki estava dizendo. 

No fim, ela não respondeu nada. Já havia falado um pouco com Veena sobre, sua amiga entendia que mesmo sendo italiana, tendo nascido e se criado em um país tradicionalmente católico, nunca se viu de branco e grinalda. Não era a Alessa de 16, não era a Alessa de 21, e agora com seus 27, não é a Alessa também.

Bakugou obrigá-la era incogitável e mesmo com a possibilidade de ele tentar convencê-la para satisfazer o sonho da sua mãe, ela também não acha que ele tentaria. Claro que o assunto a deixou aflita e confusa, afinal, segundo Ochako, é totalmente comum que esses sejam os sentimentos mais recorrentes no coração de uma noiva.

─ Eu estava pesquisando algumas coisas... ─ ela aborda antes de finalizar sua mala. ─ É verdade que aqui as noivas não tem o costume de fazer chá de casa nova? 

─ Sim, é verdade.

─ Ah ─  Alessa suspira um pouco frustrada. ─ Claro, é compreensível se eu não levar em consideração a quantidade de dinheiro que vocês entregam por aí... ─ elas riem.

─  De fato, os japoneses tem uma tradição muito estranha de dar dinheiro como presente em praticamente tudo o que seja motivo de comemoração ─ Veena reclama também, Alessa e ela praticamente chamam Ochako e Mitsuki para a discussão:

─  Não é estranha! ─ a recém casada é a primeira a defender, sorrindo. ─ Eu acho lindo! Você ajuda, manda boas vibrações e não corre o risco de errar num presente que a outra pessoa pode odiar ─ elas riem.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora