─ EU TIVE UM AMIGO... NÓS nos conhecemos ainda na infância, sabe?! Onze e doze anos de idade na época...
Hoje pela manhã, Alessa decidiu seguir o conselho de um loiro que acordou irritado, e mesmo numa cena extremamente satisfatória do mesmo acordando-a com café na cama, ela não deixou de notá-lo estressado ao pedi-la que dessa uma chance pr'aquela oportunidade, não deixasse-a passar.
─ Nossos pais não se davam bem e isso nos divertia muito... Nos criamos juntos. Fizemos o ensino básico na mesma classe. Depois nos matriculamos no ensino médio e à essa altura do campeonato ele já estava apaixonado. Você sabe, o primeiro amor... ─ o sorriso que ela deu parecia genuíno para quem a ouvia.
─ Eu sempre fui muito... levada, sabe?! ─ pergunta; queria se fazer entender. ─ Eu tinha quinze anos e estava me apaixonando, sei lá, pela quarta vez. Sempre gostei de colecionar amores e ele nunca se importou com isso. Bem, não sei se devia se importar, ele era meu melhor amigo.
─ Ele me ensinou a pescar e atirar com arco e flecha. Na época eu tinha dezesseis e estava enrolada com um turista alemão. Ah, sim, eu morei em um hotel à beira-mar a vida inteira. O hotel era do meu pai, ele faleceu, deixou como patrimônio para minha mãe que casou de novo, abriu mão do hotel, e casou de novo ─ Alessa ri. ─ Meu padastro acabou me criando lá. Enfim, muitos condenam o fato de eu ter começado a me relacionar muito cedo, sabe?! Sei que não foi saudável, mas a ideia de fazer com homens mais velhos, tudo o que aquele homem dizia querer faze comigo... ─ a garganta dela se embarga. ─ Desculpe...
─ Você não precisa falar do seu padrasto agora ─ a mulher que ouvia fala suave, mas convicta. Faz a cientista balançar a cabeça em agradecimento.
─ Eu namorei esse alemão durante aquele verão, foi aí que eu aprendi um pouco sobre o idioma ─ fala orgulhosa, dando um sorriso amigável para os lábios da psicóloga. ─ Assim que Makar voltou para Berlim, eu o ensinei a velejar e a surfar, então passávamos noites e noites conversando, planejando e começando a juntar dinheiro. Eu queria me mandar para a América do Norte e ele tinha planos para Yakohoma... No final daquele ano, a festa de fogos, nós nos beijamos pela primeira vez... Uma semana depois ele estava ainda mais apaixonado, mas eu tinha apenas dezesseis anos e não queria me sentir obrigada a apresentar um namorado oficial para o meu padastro, sabe?! Acabamos nos afastando um pouco, o que foi literalmente um pouco, porque Deus, como nós amávamos um ao outro... Não conseguimos ficar sem nos falar, sabe?! Tinha aquela dorzinha no peito todo dia de noite, aí tínhamos que ir um na casa do outro, pedir desculpas, fazer brigadeiro e assistir um filme e nada nunca passou disso. Ele era totalmente respeitoso.
─ As aulas começaram e conhecemos outras pessoas. Ele se apaixonou pela primeira vez por alguém que não fosse eu e honestamente, era encantador. O jeito que ele a tratava e como decidiu se afastar de mim para não ameaçá-la. Eu respeitava muito isso. Até que, dois anos depois do relacionamento dele, eu estava há um ano e pouco com outra rapaz ─ inclusive foi o que mais havia me magoado até então ─, o Braz foi meu primeiro amor, e foi simplesmente incrível, o que eu sentia por ele, entende?! Eu estava nas núvens e decidimos ir à uma festa, nós quatro. Vito, Angelina, Braz e eu. Foi quando Braz transou com a Angel, e eu só fiquei sabendo porque a namorada de Vito não resistiu, queria muito ser perdoada e contou para ele. Ele me contou e enfim, conversamos muito naquela noite, os dois idiotas aos prantos por causa do chifre ─ Alessa sorri. ─ Uma coisa levou à outra... Estávamos magoados, enfim, acabou rolando...
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Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2
FanficHá sete anos que Katsuki se despediu daquela italiana. E sete anos depois dela, não havia mais nada que ele pudesse desejar. A carreira dos sonhos, sua casa, fama, dinheiro. Bakugou tinha tudo e não sabia que ainda a queria - e queria explosivamente...