36 💥 um templo para o filho único

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Há meio ano em Tóquio, o paladar da italiana era apenas saudade das massas e pães sicilianos. Os seis meses de residencia do outro lado do mundo simplesmente tirou Alessa da sua zona de conforto, e nem a estadia em Nova Iorque foi o suficiente para fazê-la se acostumar com uma culinária tão peculiar.

Desde que chegou, ela está com Bakugou. E a verdade é que quando se trata da sua cozinha e alimentação da sua namorada, o loiro sempre fora muito atencioso. Fazia o que podia para mantê-la nutrida, saudável e na medida do possível, deliciada; normalmente não conseguia concluir o último objetivo.

No entanto, o pai de seu namorado lhe serve uma tigela considerável de lámen, com tiras de bacon, molho shoyu, vagem, cenoura e mais algumas coisas indistinguíveis para Alessa. Noutra vasilha havia - literalmente - peixe cru, e mesmo sentindo-se desconfortável, isso Alessa não poderia aceitar. Embora nascida em cidade marítima, nunca foi fã de peixes, em geral, não seria agora que conseguiria comer o tal sushi.

E imediatamente, Masaru ignorou. Não faria a menina se sentir desconfortável oferecendo-lhe, e acredita que talvez uma tigela de macarrão instantâneo fosse deixá-la satisfeita por hora.

─ Não, não, Nova Iorque nós conhecemos há alguns anos, o sonho de Mits é a Grécia... ─ Alessa sorri apenas de lábios esticados, a boca cheia de comida e os olhos tão brilhantes quanto os de Masaru.

─ A Grécia é demais... muito romântica ─ ela fala, fazendo seu sogro rir ao desistir dos hashis e enrolar o macarrão no garfo. ─ Acho que a Lua-de-Mel do Deku e da Ochaco-chan vai ser por lá... não lembro bem do que ela falou... Afinal de contas, o senhor não precisa comprar umas coisinhas para o casamento?

Durante a noite anterior, Alessa refletiu muito sobre como seria, se Midoriya e Uraraka não mais pudessem fazer o que estão fazendo ─ adiando o casamento incontáveis vezes para que Katsuki e sua mãe pudessem participar ─; hoje pela manhã, ela concluiu que não podia ser mais um corpo deprimido na família Bakugou, por isso o assunto, da maneira mais descontraída e natural que ela conseguia.

Claro que a citação o fez  imediatamente lembrar sua esposa internada, inconsciente e sem previsão para alta hospitalar. Do mesmo modo que quis, quase que incontrolavelmente a presença do filho, preso e destituído de sua carreira heroica. No entanto, Masaru percebeu a intenção de Alessa. E a amou.

─ Talvez eu precise, Alessa-chan. 

O sorriso de Alessa cobre todo seu rosto. Os cantos dos olhos se enrugam levianamente, enquanto as bochechas se alargam e os dentes retos tomam conta da sua face. 

─  Aah ─ o suspiro é de pura animação. ─  Qual tipo de roupa se usa em casamentos aqui? Vale tudo ou tem que ser aquelas tradicionais, sabe? Eu não sei, nunca vi uma daquelas na vida e nem sei nada de casamentos também ─ quando Masaru pensa que ela vai parar para respirar, Alessa engata: ─  Não que eu soubesse algo de casamentos europeus ou americanos, tenho quase certeza que mesmo na Itália, nunca fui a um casamento e nem sei... ahh, o senhor entende, né?! ─ o suspiro nervoso é soprado sobre a mão que descansa debaixo do queixo, apoiando o rosto no ombro como quem espera a resposta de Masaru.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora