49 💥 uma pausa antes do novo

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Pelo que Alessa lhe contou, havia rolado algum tipo de perdão entre a mãe e ela.

Quando sua namorada chegou em New York, há quase oito anos, a verdade é que sua mãe não a reconheceu. Ela achava, do fundo do seu coração, que todas as mães mantinham vínculos secretos com seus filhos, então bastasse que elas se reencontrassem para a magia acontecer. Mas não foi isso que aconteceu.

Depois daquele acidente, a filha caçula de Antonella nasceu. E por causa da invalidez de Alessa e do parto recente de Antonella ─ parto esse de risco por conta de seus 44 anos ─, nenhuma das duas pôde ir até a outra. Claro que, àquela altura do campeonato, nenhuma das duas queria ir até a outra.

Quando Amélia ─ a menina tão loira quanto o atual marido da mulher ─ completou três meses de vida, Alessa a conheceu. A pegou no colo, deu um beijo, um afago e já saindo do restaurante, devolveu o bebê para a mãe, decidindo que, apesar de tê-la perdoado, não as queria em sua vida. Boa parte da sua decisão teve influência de Vito, é claro. Mas mesmo agora, Alessa não acha que na época eles estavam errados.

Ao menos Bakugou elogiou sua atitude. Mais de uma vez. E agora ela estava bem. Ele quase podia falar totalmente bem. Seja lá o que essa mulher
queira despejar sobre sua namorada, ele não está disposto a deixar. Ele caminha para dentro do estabelecimento escolhido por ela para que se encontrassem, nos primeiros minutos da manhã de sábado. Vai pensando se de fato deveria estar fazendo isso. E o quão furiosa Alessa pode ficar. Principalmente, ele tem o direito de escolher isso por ela?!

Assim que avista o loiro, a mulher acena discretamente, esperando que ele venha em sua direção.

Antonella não segue nenhum dos dois nas redes sociais, mas cansou de os ver em fotos e publicações, principalmente no perfil pessoal do Herói. Já sabia como era sua aparência.

Bakugou, porém, não estava preparado para encontrar sua namorada do futuro.

Ele puxa a cadeira na frente da mãe de Alessa, encarando as feições um tanto fadigadas, mas ainda assim, gritantemente parecidas com as dela. Era os olhos de Alessa. E o nariz de Alessa. Os lábios de Alessa. E aquele cabelo cacheado. O tamanho proporcional ao dela, e o jeito que os cílios piscam remotamente... Bakugou prendeu a respiração, relativamente impressionado.

─ Eu sei ─ ela sorri, e quando o faz, "porra", Bakugou pensa. Consegue ficar ainda mais parecida. ─ Ela é a minha cópia.

O comentário que diz "apenas por fora"  chega a coçar na ponta da língua dele. Katsuki, porém, o engole.

─ O que você quer? ─ Bakugou é sempre direto, não via o porquê fazer cerimônia agora. É apenas uma mulher. Só mais uma vadia que ele queria o mais longe possível dela.

─ Eu não sei se a garota fala com você ─ recebendo o clima que ela já imagina do japonês, a mãe de Alessa vai direto ao ponto. ─ Mas há semanas em que meu número liga pra ela ─ Bakugou ergue a sobrancelha. O simples afundar dele na cadeira, de um modo despojado, faz Antonella perceber que era muito bonito, além de alto e cheiroso. Tinha vontade de rir pela escolha dela. ─ Enfim ─ suspira, como se Bakugou pudesse ouvi-la elogiá-lo em seus pensamentos. ─ É a minha bebê quem tem ligado. Eu não sei como raios ela descobriu sobre Alessa, mas está naquela fase curiosa da vida e não me deixa dormir dizendo que quer conhecer a irmã.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora