Há sete anos que Katsuki se despediu daquela italiana. E sete anos depois dela, não havia mais nada que ele pudesse desejar. A carreira dos sonhos, sua casa, fama, dinheiro. Bakugou tinha tudo e não sabia que ainda a queria - e queria explosivamente...
Recado: Nenhum dos eventos abordados no seguinte arco têm relação ou coexistência com anime ou mangá. Situações e formas podem ser mencionadas, mas não devem fazer menção ou referência à estória canônica.
PS: não desistam de mim só porque eu eu sei escrever cenas de ação (rindo pra não chorar), juro que depois desse capítulo curtinho, vou tentar compensá-las.
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A equipe de suporte não havia tido o tempo necessário para amparar todos os aspectos daquela missão. Nem os senpais foram avisados que o cara responsável pela equipe - ninguém menos que o herói número um -, decidiria modificar algumas coisas cruciais, como por exemplo: dividir sua equipe em duas.
Porém, antes disso, Bakugo e Izuku seguiram Todoroki Enji, ansiosos para a luta que ele os prometia. Guiados então, por micro-chips rastreadores, correm enquanto conseguem identificar a posição de Shoto apontada por um semi-sinal infravermelho nas entrelinhas do aparelho.
Completamente exposto ao se livrar de suas chamas, Endeavor já havia dito aos dois subordinados tudo o que havia de ser feito.
─ Shoto está esperando por nosso reforço na lata-velha ao leste desse esconderijo, e pelas informações obtidas, a Liga se divide em duas, por isso, você ─ falando de Midoriya ─ Vem comigo, enquanto Bakugou segue o que Shoto diz ser o líder.
Recarregando as bobinas explosivas de suas luvas, Katsuki deixa a máscara de lado, e apesar de se sentir melhor com seu uniforme completo, ele se deixa desfazer das ombreiras, afinal, já chamava atenção o suficiente com suas explosões.
─ Bakugou! ─ chamou, querendo passar-lhe suas últimas instruções antes do embate.─ Se possível, não lute! ─ era o tipo de ordem que ele detestava receber, se sentia quase ofendido, no entanto, não contestou.
Midoriya, por ser mais calmo e discreto, segue ao lado do Herói n°01, ao resgate do meio-a-meio e agora, parados no topo do prédio em que acordaram se separar, os olhos rubros de Katsuki pareciam violetas sob a luz antipática da Lua.
─ Vamos! ─ Endeavor comanda, os garotos, porém, tomam mais alguns segundos antes de tornarem um ao outro, apertando suas mãos, Katsuki se despede:
─ Nos vemos em território inimigo ─ e o esverdeado sorri, assentindo em concordância.
─ Tome cuidado, Kacchan ─ Izuku diz, forçando um sorriso irritado nos lábios do loiro que sopra:
─ Tsc! Cuida da sua vida, seu merda! ─ Bakugou cospe, descendo rapidamente o prédio em que estavam. Antes que ele pudesse correr, o mais velho ouve seu encarregado gritar seu nome. Logo o encara, lembrando o quanto detestava aquele cara.
─ Esteja no ponto de encontro em cinco horas!
─ Entendido, chefe! ─ responde-lhe, sumindo em seguida de seus campos de visão.
Respirando profundamente, o portador do One for All, concentra na missão em sua frente: resgatar Shoto Todoroki, sem baixas, sem alardes. Seguindo seu novo supervisor, Midoriya chega ao que parecia com um terreno baldio, serventia para despojo de carros, um típico ferro-velho, com tantos banheiros públicos que era fácil perder um amigo de vista, se este não usar individualidades, é claro.
Endeavor e Deku chegam silenciosos, procurando a pista deixada para revelar a posição do meio-a-meio;no entanto, tudo o que encontram é silêncio pelos próximos dez minutos.
Passados dez minutos e poucos segundos, o lugar abandonado é tomado por pessoas, seres, criaturas, um gupo tão vasto de vilões que é rápido e eficiente na missão de atrair e dispersar as atenções de Deku e Endeavor, tirando seus olhos do sinal claro que apontava a presença de Shoto.
Atingido em cheio pelo que parecia uma parede de concreto, Midoriya é arrastado por pelo menos cinquenta metros dali. E totalmente exposto e descoberto, Endeavor não vê razão para se manter discreto. As Chamas do Inferno são acionadas, e a partir dali, uma batalha de contenção se trava, com mais pressa do que cuidado, ambos com a intenção de encontrar Shoto e caírem fora o mais rápido possível.
Quase agoniados com a quantidade deles, Midoriya prende sua respiração ao recuar até encostar suas costas nas costas de Endeavor. E quando prontos para defender-se, o mais velho respira aliviado quando são envoltos por uma tão imensa coluna de geleira.
─ Todoroki-kun ─ a entonação do esverdeado jorrava animação, mas um certo alívio também. Para o pupilo de All Might, era sempre muito bom quando o meio-a-meio estava por perto.
─ Midoriya ─ com a sua habitual faceta imparcial, Shoto apenas assente em cumprimento, sem olhá-lo para não abrir a guarda aos inimigos.
─ Você não disse que eram tantos deles ─ Enji reclama fazendo Shoto estalar a língua no canto dos lábios, sem poder desviar-se do ataque fronteiro para não expôr os outros dois à toda violência.
─ Eu não sei de onde vieram ─ diz o meio-a-meio, os olhos bicolores passando com pressa aos arredores de onde se reuniam, procurando quase afoito pelo terceiro. Logo, sem encontrá-lo, grita por cima do som de socos, gelo e fogo: ─ Bakugou, onde está?
─ Foi encontrar o nosso peixe grande ─ Midoriya grita de volta para ele, causando um nó na garganta que de modo algum Shoto conseguia engolir, atrás de ar, precisou cuspir em um brado raivoso com seu pai:
─ Me diga que você o mandou com reforço ─ como se o inimigo não estivesse ali, como se o pai também não estivesse sendo atacado, ele desativa a individualidade que emanava gelo de sua mão, praticamente empurra o homem, exigindo uma resposta objetiva e satisfatória. Porém antes mesmo de Endeavor conseguir acalmá-lo, Shoto diz: ─ Ele precisa voltar. Ele não está sozinho, as crianças não estão mais aqui; todo o restante da organização está esperando o primeiro de nós chegar onde o líder está.
