05 💥 vontade versus consciência

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Em frente à penteadeira no seu quarto de hotel, Alessa penteia o cabelo com facilidade, fechando em seguida o botão do blazer abaixo dos seus seios medianos. Agora se podia dizer pronta, minimamente aceitável para mais uma reunião com os heróis.

A italiana sentia a respiração pesada, talvez fosse efeito de estar acordada nas primeiras horas da manhã, mais provavelmente a sensação única de se estar tão perto de seus objetivos. Todavia, no fundo, a mais eficaz das opções, não quer ela admitir, que infelizmente é a consciência prematura de que o veria.

Alessa sopra pesamente, suspirando com um sustinho que a tira de transe quando seu celular toca, evidenciando na tela uma chamada de seu noivo.

─ Boa noite, amor ─ cumprimenta o calabro, em italiano. ─ Não me ligou o dia todo, fiquei preocupado...

─ Ah ─ introduz Alessa. ─ Eu estava trabalhando com os projetos no note e acabei dormindo, desculpe...

─ Hum ─ Vito concorda, a respiração acelerada evidenciava sua ansiedade. ─ Enfim, meu bem, você lembra que dia é hoje?

Com um pouco de pressa e dor de cabeça, Alessa leva dois dedos à têmpora, massageando-a como numa terapia pra fazer sua memória funcionar. De imediato, não funcionou. Alessa não lembra e traz certa frustração ao noivo.

─ Faltam três meses pro nosso casamento.

─ Estou tão ansiosa, querido ─ em contrapartida, a resposta rápida é imediata. Faz Vito sorrir, despedindo-se com a promessa que em poucas semanas a veria novamente, e poderiam enfim, ajustar os últimos detalhes do tão esperado dia.

Ainda com o celular em mãos, Alessa se agacha aos próprios pés, atando às fivelas das sandálias de salto em verniz enquanto pesquisa o endereço da reunião enviado por Aizawa em seu e-mail.

Talvez Vito esteja desconfiando dela ─ Alessa pensa.

Pega sua bolsa sobre a mesa, fechando a porta para sair em seguida.

Se ela estivesse em qualquer outra cidade, noutro país que não fosse o Japão, ele não a teria ligado tantas vezes pra saber do seu dia ─ ela pensa, angustiada. Mesmo que ele tenha sido citado pouquíssimas vezes em todos esses anos, a verdade é que, inevitavelmente, seu noivo se sente muito ameaçado por Bakugou.

Mesmo que agora, Alessa faça lhe parecer não ter risco algum a ser corrido.

Já para si mesma, apenas descer do táxi e vê-lo já na porta do hotel falando ao telefone já lhe foi o suficiente para se sentir a pior das mulheres.

─ A-arigatou ─ Alessa agradece ao motorista e o movimento que ela faz de fechar a porta o faz olhá-la. Bakugou até desvia o olhar escarlate e distraído quando percebe que a visão que ela lhe dá é do quadril mais largo do que ele lembrava, disposto numa saia lápis que ia até embaixo dos joelhos e a fazia parecer tão, mas tão sensual pra ele.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora