70 💥 um segredo indigerível

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olá,
como estão?

sendo bem honesta com vocês, estou bem desanimada para o final da estória. claro que com 70 capítulos já era de se imaginar que estamos nos encaminhando para o fim, mas ultimamente é como se eu tivesse escrevendo só porque tenho uma obrigação em concluir a estória.

ainda passo noites em claro e deixo de fazer muitas coisas porque priorizo muito minha escrita, mas parece que não estou conseguindo aproveitar e evoluir. nunca pensei que diria isso, mas ao meu ver, só tem um culpado: a falta de retorno.

estou bem chateada com isso, porque se tu reparar, em um capítulo o empenho é de 200 comentários e em outro é 10, ou às vezes nem um. é um pouco frustrante.

ainda olho todos os comentários e até reparo quando uma leitora assídua deixa de curtir um capítulo.

mas aí eu pergunto, por que não falam? se não estão gostando de algo, se não estão entendendo, ou se simplesmente saturaram da estória. por que não retornam sobre o trabalho?

enfim... provavelmente daqui a pouco eu me animo do nada, então, boa leitura e até a próxima!
























Seu advogado não sabia mais o que era prioridade para Bakugou.

Não sabia se aquele atraso significava que ele não viria ─ o que prejudicaria em tudo o processo ─, ou se ele apenas faria seu trabalho, dispensaria notícias da noiva hospitalizada e mesmo assim viria à audiência fechada.

Quando o juíz lhe perguntou onde estava seu cliente e se ele viria, para evitar mentir à autoridade, o doutor preferiu se abster dizendo:

─ Tudo o que eu sei é que ele estava na ocorrência do tremor, não sei a gravidade naquele lado da cidade, excelentíssimo.

Claro, foi em péssima hora e pegou a todos desprevenidos, mas o advogado comemorou internamente quando mais do que atrasado, Bakugou passou pela porta, uniformizado.

Takeshi se conteve, mas os olhos fixos no juiz eram inabaláveis, diziam que eles prosseguiriam com sua defesa mesmo naquela situação.

Por consciência ou incômodo ─ tanto fazia para o defensor ─, o Juiz não se conteve e pediu para um assistente:

─ Traga água.

Os demais engolem em seco, visivelmente incomodados.

─ E fitas também.

Enquanto a ordem não vinha para começarem, Takeshi tirou um lenço do bolso, oferecendo para Bakugou.

─ Obrigado ─ ele pega, olhando fixamente para sua frente onde o juiz estava.

─ Vítimas? ─ perguntava pela quantidade de sangue que ele tinha no pescoço e luvas.

Bakugou apenas balança a cabeça, afinal de contas, aquilo havia sido televisionado. Toda Tóquio a viu vulnerável, suprimindo a força da natureza como se ela conseguisse fazer aquilo. Como se fosse uma... Bakugou ainda não achou a palavra certa para lhe dar.

─ Obrigado ─ diz agora para o assistente quando lhe entrega uma pequena bacia com água, tirando as luvas sujas e molhando o pano que o advogado havia lhe alcançado para tentar livrar-se ao menos minimamente das manchas de sangue mais visíveis em sua pele.

─ Bem... ─ o juiz retoma. ─ Vamos começar.

A audiência foi bem mais rápida do que Katsuki pensou que seria. Não demorou duas horas. Segundo a percepção de Takeshi, o juiz aliviou para ele. Ou simplesmente estavam muito incomodados em julgar um herói uniformizado por ter matado um criminoso ─ sim, esse outro lado da moeda finalmente começou a ser questionado nos tribunais.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora