93💥 um trabalho de escola falso

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─ Você não precisa saber ─ Katsuki queria a ajuda de Shoto, embora não quisesse lhe contar o porquê.

─ Oi ─ ele cumprimenta Alessa que quando o vê, imediatamente fecha os botões grandes do seu casaco preto, abraçando o meio-a-meio de lado, para que ele não olhasse sua barriguinha bem visível.

─ Oi, querido ─ diz, colocando a bolsa no banco de trás do seu carro, junto com o pedestal e a câmera fotográfica de Katsuki.

─ Mas já é quase dez horas da noite e eu deixei as duas dormindo sozinhas ─ Shoto diz, calmamente.

Katsuki o chamou para gravar a reação de seus pais, mas como já estavam recolhidos porque o horário de seu pai ainda é apenas até às 20:30, ele achou que seria mais criativo usar Winry como uma desculpa. 

─ Shoto ─ Alessa fala, no banco da frente, já pondo o cinto de segurança enquanto seu marido abre o portão automático da garagem e manobra para sair do estacionamento com eles.

De repente, Shoto ergue os olhos coloridos para fitar a italiana. O jeito que suas bochechas ruborizaram e como sua respiração estava ofegante. Ele já havia visto algo parecido. Duas vezes. Shoto semicerra os olhos, engolindo a saliva dificultosamente ao acompanhar a maneira desconfortável em que Alessa se sentava, reclinando um pouco o banco.

─ Oh! ─ sua exclamação ecoou calorenta. E ele sentiu o coração acelerar um pouquinho quando viu Bakugou rir da sua reação. ─ Merda! Não me diga...

Alessa sorri enormemente, os olhos marejados respondiam que sim, ela diria:

─ Conseguimos!

─ Porra ─ ele sussurra, sentindo um calor repentino em seu peito. ─ Bakugou! Alessa! Parabéns... 

Ele fala do banco de trás, só depois que os amigos agradecem é que percebe:

─ Mas então...? Por que eu estou indo junto para a casa dos seus pais?

Chegando lá é que Todoroki entende. Não porque os amigos explicaram ─ ele reclamaria para Veena sobre isso mais tarde ─, mas porque o senhor e a senhora Bakugou os recebem já prontamente, como estivessem esperando a visita para um fim específico. 

─ Nós só vamos gravar uma vez, então vocês não podem errar ─ Katsuki é quem conduz a brincadeira, montando a câmera no meio da sala e posicionando Shoto atrás dela, só então contando para o amigo seu objetivo:

─ A professora pediu para Winry gravar vídeos de famílias distintas, simplesmente respondendo perguntas competentes ao que a turma está estudando. Os Midoriya já ajudaram, só falta o nosso ─ a mãe de Katsuki sorri, se posicionando atrás da câmera, animada em ajudar a afilhadinha do seu filho.

Enquanto se ajeitam, Alessa passa um papel dobrado para Shoto como quem passa drogas. Ele pega disfarçadamente, colocando no bolso.

─ Shoto vai fazer as perguntas enquanto nós apenas respondemos com "eu estou" ou "eu não estou" ─ Alessa explica enquanto os sogros concordam, imaginando que seria bem rapidinho já que o filho parecia apressado.

O coração de Alessa estava muito acelerado. E Katsuki estava beirando à ansiedade, querendo mais do que tudo ver a reação.

─ O lado direito é "eu estou" enquanto que o lado esquerdo é "eu não estou". Depois o Shoto vai editar o vídeo e vai ficar bem legalzinho com uma música ─ Shoto apenas concorda, sua feição imparcial, mas com um sorrisinho secreto no canto dos lábios jamais diria que foi pego de supetão, sem fazer a menor ideia do que estava acontecendo há não mais de dez minutos.

─ Posso começar? ─ Shoto pergunta, ajeitando o ângulo da câmera que já focava nos quatro em sua frente.

─ Só um minuto ─ Katsuki diz. ─ Fica aqui comigo ─ diz para sua esposa, ambos se posicionando atrás dos seus pais, que ficam um pouco mais afastados para que o enquadramento na câmera fosse perfeito. 

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora