─ Eu gosto de Aki. Pode ser o nome de um menino. Mas também pode ser de uma menina ─ Katsuki sugere, fazendo Alessa grifá-lo com a caneta marca-texto verde em sua lista.
─ A-k-i ─ ele a assiste treinar o som em sua língua, repetindo pausadamente enquanto pesquisam. ─ Bakugou A-k-i....?
─ Ficou bom.
─ E o que significa isso?
─ Acho que é algo como "brilhante" ou "reluzente", não tenho certeza.
Alessa rabisca em italiano, como quase toda sua lista com, no momento, mais de trinta nomes japoneses.
─ Katsuo ─ Alessa sorri com a forma em que a pronúncia é gostosa em sua boca.
Katsuki estava trazendo as encomendas feitas no último dia, para o fim de contar a novidade para a família, sorrir se torna inevitável ao perceber que compartilha dessa empolgação, apesar de sua esposa parecer 100% tranquila com a ideia de ser mãe. Com a ideia de que tudo vai mudar entre eles. 100% tranquila com o fato de que estão prestes a colocar uma coisa indefesa, dependente e imprevisível nesse mundo imundo que caminha para a própria destruição, afogado em sangue e violência.
─ Que cara horrorosa é essa, meu Deus? ─ Alessa enfatiza, erguendo-se imediatamente de onde estava para saber o porquê daquela feição.
Katsuki suspira pesadamente.
As sobrancelhas douradas tão franzidas que parecia apenas furioso e não infinitamente preocupado.
─ Não faz um mês que registramos um recorde assustador de violência contra crianças nesse País de merda. Foram mais de 115.730 denúncias, minha linda. O crime cometido com maior índice? Violência doméstica! A faixa etária das vítimas? Entre 03 a 15 anos. Sim, violência gratuita contra crianças.
Um breve silêncio se instaura entre eles.
Alessa não sabia se devia rir ou consolá-lo, afinal, sua preocupação advinda do cargo na segurança pública era totalmente válida, mas por um lado, o contexto apresentado passava muito longe da sua realidade.
Ela optou por sorrir levianamente, perguntando:
─ Qual a chance do nosso bebê ser lesado? Uh? ─ o abraça. ─ Aqui dentro. Com você e comigo...?
Katsuki parece refletir no que ela pergunta. Leva bastante tempo para compreender o que a esposa queria dizer, podendo finalmente respirar um pouco mais aliviado, mas não menos preocupado. Nunca menos preocupado.
─ Amor ─ chama muito sério, já dá um sorriso aos lábios da esposa que o adorava sério desse jeito.
─ Sim...
─ Por que você está assim? Não tá preocupada? É só eu que estou com absolutamente todos os parafusos fora do lugar?
Alessa ri, mordendo o lábio com ansiedade. Balança a cabeça em afirmação, freneticamente.
─ Eu não surtei porque ainda não parece real ─ e gargalha, com toda a atenção meticulosa dele sobre si.
─ Alessa...
─ Quer dizer, eu vou ter um bebê ─ a voz ecoa aguda e totalmente carregada do seu sotaque. As mãos na cintura duelavam para os gestos típicos que há dias ele não via, apenas para denunciar que, de fato, ela estava muito nervosa. ─ Eu, você entende? Eu mesma vou ter um bebê! Eu não sei cuidar nem de mim mesma. É VOCÊ QUE CUIDA DE MIM ─ essa última parte ela grita, a gargalhada embolada na garganta embargada, cheia de lágrimas para jorrar.
Katsuki sorri.
─ Deixando isso de lado ─ obviamente não tinha como deixar isso de lado, ele disse apenas para conseguir toda sua atenção e conseguiu. Bakugou não dava a mínima para o que diria agora, mas desde que percebeu, só pensou em ver a reação de Alessa, queria que fosse um dos momentos deliciosos que esse novo começo está proporcionando a eles dois, sozinhos, na sua própria casa, construindo sua própria família, desde que eram apenas dois. Ele aponta:
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Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2
FanficHá sete anos que Katsuki se despediu daquela italiana. E sete anos depois dela, não havia mais nada que ele pudesse desejar. A carreira dos sonhos, sua casa, fama, dinheiro. Bakugou tinha tudo e não sabia que ainda a queria - e queria explosivamente...