Capítulo 48

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Rosalie

Minha mãe já estava preparando o jantar quando saí do banho. Eu estava sentada no sofá lendo um livro e tomando um chá quando alguém bateu na porta. 

── Eu vejo! ── avisou mamãe.

Continuei a ler o livro distraidamente quando ouvi minha mãe resmungar.

── Saia agora, não quero ser mais mal-educada! ── Engoli em seco e me levantei.

Assim que passei pela porta da sala e olhei com quem minha mãe conversava, antes de olhar, eu sabia que era Aiden.

Seus olhos se voltaram para mim e algo como alívio e alegria encheu seu rosto e fez seus olhos brilharem, ou foi impressão.

── Rosalie…

A forma como pronunciou meu nome doeu, havia dor e desculpas ali e isso mexeu comigo.

Ele está com as duas mãos para trás e a roupa tão bem passada que me esforço para não me humilhar olhando.

── Rosalie volte para o sofá, estou me resolvendo com esse rapaz! ── Ela diz e eu, novamente, por algum motivo, cinto vontade de defender Aiden.

── Só vim ver como você está… Por favor. ── observo uma pequena vermelhidão próximo à sua boca e presumo que Brady fez isso.

── Minha mãe, está tudo bem. ── Digo e ela me olha feio, mas assente.

── Qualquer coisa me chama. ── diz e vai embora para a cozinha.

── Pode entrar! ── Falo e Aiden faz isso respirando aliviado. 

Quando ele entra, Aiden tira os braços de trás de seu corpo e fico sem ar por alguns segundos quando vejo um buquê de flores.

── Eu… Espero que você goste. ── Ele me entrega e eu não deixo de sorrir.

São as flores mais lindas que já ganhei, eu nunca ganhei um buquê antes, então talvez seja por isso.

── Obrigada, são lindas. ── sussurro.

Olho para ele e Aiden me observa atento, como se seus olhos esverdeados implorasse por algo, como se esperasse alguma coisa de mim. Desvio o olhar imediatamente.

── Nunca vai me perdoar, eu sei, mas quero que saiba que seu estágio não está perdido, e quando você se recuperar, poderá ir, a vaga sempre será sua. ── Sorrio e digo.

── Obrigada mesmo, de verdade. ── Coloco o buquê num vaso próximo de nós e um pouco de água dentro.

── Dafne e eu nos separamos. ── Arregalo os olhos, mas não deixo Aiden vê o que isso causou em mim.

── Legal ── digo, no fundo, estou em choque. Ele finalmente acordou? 

── Ela fugiu quando machucou você.

Fico em silêncio e mil pensamentos repousam em minha cabeça, mas continuo fingindo tranquilidade.

── Achei que ia perder você! ── Olhei para Aiden nesse instante e senti o calor em meu corpo.

── Estou aqui ── tento parecer calma.

── Está, e preciso dizer algo. ── Olho para trás, bem onde minha mãe estava e digo.

── Não, você precisa ir. 

Aiden abaixa a cabeça e eu abro a porta e saio, ele faz o mesmo.

── Fala logo. ── digo assim que fecho a porta.

── Eu estou completamente apaixonado por você, Rosalie! ── Minhas costas arqueiam levemente e o ar foge de meus pulmões.

── Vo... você o quê?

── Hoje senti muito medo de te perder e soube que gostava de você e não quero mais perder tempo.

Minha respiração ficou tão irregular quanto a dele e os dedos de Aiden se contraíram contra a base de minha coluna e deixei que ele me puxasse para perto, até que nossos corpos se tocassem, e o calor dele passasse para mim.

Precisei inclinar a cabeça para trás para ver seu rosto. A boca de Aiden estava entreaberta e perfeitamente rosada.

── Você não acredita em mim? ── Ele sussurra.

Suspiro levemente e digo.

── Preciso de tempo! ── Ele balança a cabeça concordando.

── Tens o tempo que precisar, agora que sei o que sinto, não farei nada errado e vou esperar você. ── Me esforço para não sorrir.

Nesse instante, os lábios dele tocaram os meus, macios e quente. Aiden, recuou um pouco, e abri os olhos. Ele ainda me encarava, e eu encarei de volta quando ele me beijou de novo, mais forte. 

Minhas mãos envolveram o pescoço de Aiden, puxando-o para perto, esmagando meu corpo contra o dele. Suas mãos percorreram minhas costas, segurando minha cintura, como se ele não conseguisse tocar o suficiente de meu corpo de uma só vez.

Aiden soltou um gemido grave e se afastou.

── Vou dá o seu tempo. ── Beijou minha testa com delicadeza e foi embora.

Chamas da paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora