Capítulo 13

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Aiden

Após deixar a academia, tomei um banho demorado e deixei que todos os meus pensamentos ruins se fossem junto com o suor do meu corpo.

Penso em Rosalie e fico irritado. Não deveria estar pensando nela. Odeio aquela empregadinha chata, ela é mandona, marrenta, me enfrenta, isso me deixa louco. Preciso arrumar um jeito de a demitir. Não suporto aquele rostinho inocente e doce que ela tem. Droga!

Termino de tomar meu banho, enrolo a toalha na cintura e ouço meu celular vibrar. Pego-o e vejo várias ligações perdidas de Dafne. Caralho!

Passo a mão no rosto e respiro com calma. Disco o número dela e coloco o celular no ouvido.

Ligação on:

── Dafne, o que porra você vem fazer aqui?

── Acho bom você falar direito comigo. Não gosto de ser mal tratada, você sabe disso!

── O que você vem fazer aqui? ── Reviro os olhos e tento ao máximo não xingá-la. Se bem que ela merece.

── Ver você, meu amor, o que mais seria? ── Ouço sua risada maníaca do outro lado.

── Vai passar quantos dias?

── Pelo menos um mês, estou precisando tanto de você, da sua boca, do seu corpo! ── Reviro os olhos e observo da janela para fora, onde vejo Rosalie dançando, enquanto molha o jardim. Arregalo os olhos.

Ela está dançando? Ela dança tão mal. E o que diabos ela está fazendo lá fora se tem ordem para ficar de repouso?

── Aiden você está me escutando? ── Dafne grita e eu afasto o celular do ouvido.

── Preciso desligar, é urgente. A gente se fala outra hora!

Ligação off:

Desligo o celular e o jogo na cama. Pego uma cueca e uma calça de moletom rápido e as visto. Essa garota pode morrer e vai sobrar para nós. Pego uma camisa preta e desço a escada rápido.

Meu sangue está fervendo. Não é possível que Rosalie seja tão abusada assim. Quando chego no jardim, não a vejo mais. Bufo irritado.

Vou até a cozinha e, em seguida, entro no corredor do seu quarto. Reviro os olhos e bato na porta, segundos depois ela abre com uma toalha enrolada no corpo. Suspiro profundamente.

── O que foi? ── Pergunta tentando se esconder. Se ela soubesse que eu já a vi de lingerie.

── Você estava lá fora molhando o jardim, não estava? ── Pergunto a encarando com firmeza.

── Estava, por quê? ── Ela me encara de volta.

── Porra, se você morrer, vai sobrar para nós e não queremos nos envolver em problemas. ── Nesse momento seu olhar abaixa e suas sobrancelhas ficam retas e de alguma forma me sinto mal pela forma que falei. ── O médico pediu para você ficar de repou...

── Era só isso? ── Ela tenta fechar a porta no momento em que coloco meu pé na frente. ── Tira o pé! ── Rosalie avisa e eu tiro.

Ela tranca a porta e eu sinto ódio de mim por vir até aqui perder o meu tempo. Estou parecendo preocupado com ela, e não estou. Só não quero sofrer as consequências que os patrões sofrem quando um acidente acontece com um funcionário.

Pego um livro de cima da mesa do meu quarto e quando saio, fecho a porta e vou para o jardim.

Quando cheguei lá, o sol já estava se pondo e estava incrivelmente lindo. Me sentei no sofá de madeira com algumas almofadas e abri o livro.

Chamas da paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora