Terno e Gravata

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Os quatro tinham seguido para escola sozinhos, no caminho conversavam sobre as histórias que os veteranos tinham como estudantes, e Itadori partilha a seu "segredo" como hospedeiro de uma espécie de Demónio chamado Sukuna. Mia tira notas mentais sobre isso, Yuji era alguém que facilmente se podia confiar, mas ela era bem seletiva, e com certeza não iria partilhar os seus segredos também. Mas fica extremamente descontente ao ouvir que assim que esse terminasse a sua missão de engolir todos os dedos de Sukuna, seria condenado. Ela sente a tristeza dos amigos embora não dissessem nada e tentassem aliviar com piadas.
Ao chegar na escola eles entram, os dois rapazes vão para o quarto do Megumi, na verdade, ele o próprio vai e Itadori enfia-se lá dentro conversando sobre coisas que Megumi parecia estar super "nem aí".

- E então? o que fazemos agora? podemos ir procurar para ver se as outras meninas da outra escola estão aqui. - diz Nobara para Mia e revira os olhos ao pensar nelas.
- Desculpa Kugisaki, eu acho que vou ter que descansar um pouco, ainda me sinto um pouco tonta. - ela diz enquanto encosta na parede do corredor.
- Oh sim, claro.  A gente se vê amanhã então! bye - ela diz e acena indo embora.

Mia na verdade se sentia muito bem, bem ansiosa, ela queria na verdade ir atrás do Gojo, saber o que era a tal missão, parecia algo importante por isso não parava de pensar nisso.
Ela começa a andar por todos os corredores dos dormitórios, encontra alguns conhecidos mas estava tudo bastante quieto e calmo. Ela sai então e lá fora, próximo a um dos edifícios principais, apenas iluminados pelas luzes dos candelabros antigos, estava alguém parado com uma das mãos no bolso e outra com o telefone no ouvido.
Ela não consegue ouvir a conversa, então aproxima-se devagar atrás dos edifícios.

- E a situação? - ele diz com a voz terna e profunda passando a mão pelos cabelos loiros.

Ele ouve a resposta e respira fundo.

- Ótimo, obrigado por ter ido averiguar sozinho na minha frente, precisava resolver alguns assuntos aqui antes disso. - ele diz a olhar para os próprios sapatos sociais e depois ajusta a gravata que ao longe, ao olhos de Mia parecia amarela com bolinhas.

Ele desliga e segue em direção à saída. Mia por instinto o acompanha e segue até onde ele estivesse indo. Como estava escuro, ela apenas acompanha os seus passos, pois tentava se esconder para não ser percebida. Mia então deixa de ouvi-lo, o silêncio toma conta, ela aproxima se mais para conferir e ele não parecia estar ali, ela sente o coração acelerar, como ele simplesmente tinha evaporado? talvez ele tivesse seguido por outro caminho e ela não notou. Quando vira se para trás se assusta com o corpo dele que a empurra contra a parede mais próxima, ela não tem tempo de reagir e quando nota ele a segura pelo pescoço.

- Quem é você? - ele diz a a ajustar os óculos com uma mão, enquanto a outra a enforca como se não fosse nada.
- M...Mia sanchez, eu sou... aluna da escola - ela fala com muita dificuldade a se debater.
- Hmm não me parece, senti a sua energia de longe. E não é muito boa
- Eu não sou uma maldição! eu sou aluna, nova. Gojo Satoru é o meu sensei - ela tenta gritar mas sem nenhum fôlego.
- Oh..

Ele à solta, limpa as mãos no terno branco acinzentado, enquanto ela limpava garganta

- Desculpe, eu tenho que me manter precavido, e você não me pareceu uma aluna comum a primeira vista. Mas Satoru me falou sobre você... devia ter desconfiado.
- Ele falou? - ela engole a seco.
- Sim,  nova aluna com habilidade de manipular o fogo. - ele fala como se fosse óbvio.
- Ah sim claro... - ela respira aliviada
- E então no que eu posso te ajudar? - ele fala a checar as horas.
- Nada, hmmm quer dizer, você está indo se encontrar com o Gojo não é? digo, Gojo sensei.
- Sim, temos uma missão para resolver. -ele olha desconfiado.
- Bom ele disse que deveria me levar com você, acho que ha algo lá que eu poderia ser útil. -ela fala com o coração acelerado por mentir para ele.
- O que? mas isso não faz sentido, você é uma aluna, essa missão está além do seu nível.
- Não questione as ordens dele, foi o que ele me disse. - ela ergue os braços e da de ombros.
- E ele está disposto a arriscar a sua vida por isso? - continua com aquele tom profundo que sua voz tinha.
- Você o conhece melhor do que eu!

Sensei | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora