Luzes noturnas

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Maki leva Nobara e Mia para o tal lugar onde aconteceria o show, era um bar, não tão grande, que mais parecia uma boate com luzes néon e muita bebida. Elas esperavam Nanami na porta, em uma fila gigantesca para poderem entrar.

— O que fez você mudar de ideia tão rápido? - pergunta Nobara olhando para Mia, que olhava para os lados procurando alguém.
— Eu não iria fazer nada mesmo, era melhor do que ficar sozinha - ela mente com um sorriso.
— Que bom que você veio, não conte aos meninos, eles iriam ficar magoados, mas não conseguem se comportar, e eu não queria ficar de babá hoje.
— Você também é menor de idade esqueceu? - Mia fala dando um tapinha no seu ombro.
— Maki vai cuidar de mim, e eu não sou doida - ela fala ignorando, mesmo Mia sabendo que ela era sim.

Mia sorri e levanta o olhar, ela vê Nanami a alguns metros de distância, ele estava com uma camisa social branca e calças pretas, sem paletó essa noite, mas ainda assim parecia um pouco deslocado já que todos ali eram mais jovens e se vestiam feito adolescentes revoltados.

— Olha quem resolveu aparecer - ela fala quando ele chega perto do grupo.
— Não comece - ele faz um sinal de pare com a mão. - Olá meninas.
— Nanami, isso é uma novidade - fala Maki sorrindo - como conseguiu fazer ele vir para esse lugar Mia?
— A Mia tem um poder de persuasão incrível - fala Nobara fazendo alguns sinais suspeitos para Maki.
— Nanami também precisa se divertir - ela fala agarrando seu braço.
— Estou aqui para garantir que você não vá para o hospital de tanto beber, você tem zero responsabilidade nisso - ele fala olhando para ela.
— Só podem entrar dois de uma vez - Nobara interrompe vendo o segurança chamar mais dois - Encontramos vocês la dentro?
— Ok! - Mia concorda e vê as amigas entrarem.

Depois vira-se de frente para Nanami e analisa seu look.

— O que? - ele fala desconfortável.
— Não sei, falta... - ela leva as duas mãos até a gola e desce, desabotoando os primeiros botões.
— Mia! - ele repreende ela olhando para os lados.
— Calma, só estou fazendo você parecer menos careta - ela bagunça seu cabelos arrumados, que ficam com umas mechinhas loiras na frente do rosto. - ótimo!

Ela olha para ele orgulhosa do seu trabalho e ele sorri, pela sua atitude. Eles veem que o segurança chama eles e entram juntos.
O espaço era confortável, escuro, quente, com luzes roxas e vermelhas que iluminavam as paredes e alguns pontos. Havia muitas pessoas ali, algumas bebendo perto do bar, outras dançando na pista de dança.

— Você quer uma bebida? não pode ser nada forte, nem... - antes que ele terminasse ela corre até lá para buscar algo.

Nanami revira os olhos e segue ela. Eles sentam no balcão do bar, um ao lado do outro.

— Um martini, e uma água para mocinha - ele fala olhando para o garçom.
— Não ligue para ele, é doido, uma vodka pura.
— Você que está maluca, um martini pra ela e é isso! não abuse - ele diz olhando para ela.

Ela semicerra os olhos e sorri, concorda e levanta as mãos se rendendo.

— Tudo bem babá - ela fala observando o lugar.

Os martinis chegam e eles bebem ouvindo a música de fundo, trocando olhares enquanto tem os braços apoiados no balcão.

— Por que não chamou ele? - ele fala bebendo.
— Ele não iria deixar eu sair da escola, você sabe, com tudo isso - ela fala bebendo e olhando para multidão para evitar o contato visual.
— Tenho a sensação de que talvez não seja só por isso, você sabe como ele é irresponsável e inconsequente. Ele viria.
— Bom, digamos que eu tenho visto muito ele ultimamente, eu preciso ver novas pessoas certo? - ela fala esperando que ele concordasse

Ele sorri, um sorriso rápido, solta um arzinho pelo nariz, olhando para o balcão.

— E por que isso seria uma coisa ruim? ao que me parece você gosta do que vocês dois tem - ele pergunta passando o indicador sobre as bordas do copo.
— Estamos ficando muito confortáveis com isso, não podemos. Ele ainda é o meu professor.
— Então você não para porquê? - ele fala levantando a postura.

Ela não sabe o que ele queria chegar, ou talvez soubesse, mas aquilo estava a deixando desconfortável, ela estaria confrontado os próprios medos ali na frente dele, de falar de como se sentia.

— Você faz muitas perguntas Nanami, achei que estivéssemos aqui para aliviar um pouco.
— Você tem razão, desculpe - ele termina o martini.

Ela levanta do banco onde estava sentada, e puxa sua mão. Ele fica surpreso e assusta-se mas não tem muito tempo para contestar pois ela leva logo ele até a pista de dança.

— Mia, eu não sei dançar! - ele grita pelo barulho em volta deles.
— Eu também não, acho que nem eles, eles só estão pulando sem parar - ela fala ficando de frente para ele.

Ela começa a pular ao som daquela música alta e soltar os braços para cima, Nanami continua parado sem saber o que fazer, ela apenas gira, da pulinhos em volta dele.

— Isso é a coisa mais idiota que você já me obrigou a fazer - ele fala gritando parado.
— Então se torne um idiota comigo, já não tem volta Nanami. - ela segura suas duas mãos e começa a rodar, conduzindo ele a fazer o mesmo.

Ele balançava a cabeça que não o tempo inteiro, mas quando nota já balançava os braços com ela, e mais tarde começa a pular também, eles gritam os refrões chicletes que aprenderam naquela hora e tem um momento único de diversão, Nanami parecia contente apesar de ser conter ao máximo, saindo finalmente da sua postura séria para mais livre e única. Depois de algumas músicas pulando, e dançando em volta um do outro eles estavam suados e ofegantes.

— Ok, isso foi divertido, mas já chega você não acha? - ele enxuga o suor da testa.
— O show está só começando Nanami, temos milhões de músicas ainda. - ela grita balançando os cabelos.
— Você nem conhece as músicas. - Ele grita
— Não importa, são dançantes - ela fala voltando a agarrar suas mãos.

Ele a puxa para perto em um impulso, rapidamente, ela olha pra cima onde estava o seu rosto, ela sorri e começava a dançar ainda com o corpo agarrada ao dele, vai para la e para cá enquanto eles tem as mãos juntas e uma proximidade considerável.

— Você é maluca! - ele fala segurando o rosto dela com as duas mãos, enquanto sorria.
— Não finja que não gosta - ela fala feliz por vê-lo sorrir tanto.
— Não preciso fingir mais - ele fala acariciando seu rosto com os polegares.

Ela percebe o clima que se desenvolve ali e para aos poucos de mover seu corpo, só apenas observa seus olhos que vagueavam todo seu rosto, olhos, bochechas, boca. Nanami parece não mais aguentar e aproxima os lábios deles com os dela, dando finalmente beijo surpresa, esse que foi calmo e gentil, ele prende o lábio superior dela entre os dele, e logo ela abre espaço para que ele pudesse agarrar o inferior e posteriormente, usar a sua língua.
Eles se beijam com milhares de pessoas que pulavam, dançavam e gritavam com a música, além de verem os dois e torcerem achando que fossem um casal. Nanami interrompe o beijo, olha para ela e ela está surpresa, dessa vez eles não estão bebados, ou alterados, mas lúcidos o suficiente para lembrar daquele momento para sempre.

— Mas que porra é essa? - fala uma voz familiar ao lado deles.

Eles viram assustados e veem Gojo observando os, Mia congela, sente o seu coração parar, como se estivesse fazendo algo de errado, Nanami também estava assustado com a presença repentina dele, e os dois ainda próximos permanecem sem saber o que fazer ou dizer.

Sensei | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora