Chamada de Emergência

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Os dois chegaram na escola antes das 3 da manhã. Gojo caminha com Mia ao seu lado curvado para que ela conseguisse atravessar o braço no seu ombro, ela já estava bem, porém muito cansada.
Gojo abre a porta e eles dois entram juntos, caminham até a cama e ela desaba sobre a mesma.
Ele lhe tira os sapatos e faz questão de deixar ela acomodada e quente, passa a mão pelo seu braço como um carinho e ela já parecia dormir quando ele se afasta tentando ir embora, porém, ela ainda de olhos fechados segura a mão dele. Ele olha de volta para trás e a vê dormindo, mas com a mão segurando forte na dele, Ele sorri da sua atitude e logo também deita por cima dela, ela acomoda-o no seus braços satisfeita por ter conseguido o fazer ficar. Ele deita sobre o peito dela enquanto ela tem os braços em volta dele,  e com uma das mãos começa a fazer carinho na sua orelha.

—  Você não está casada o suficiente para apenas ir dormir? - ele fala fechando os olhos e apreciando a sensação boa que ela fazia ao acariciar sua orelha.
— Eu quero ficar mais um pouco. -ela respira fundo e ele consegue sentir sua barriga expandir. 

Eles continuam ali, abraçados e aconchegados juntos durante um bom momento, no escuro, no silêncio, onde Gojo apenas conseguia ouvir o coração de Mia batendo em um ritmo normal e calmo.

— Eu sinto muito - ela fala com a voz rouca.
— Pelo que? - ele levanta a cabeça preocupado e olhando para ela.
— Ter dito aquilo para você, eu não quis dizer que você se aproveitava de mim, eu só estava com raiva - Ela fala voltando a fazer carinho no seu cabelo.
— Ah, então você finalmente admite que estava com ciúmes? - ele diz sorrindo olhando nos olhos dela.
— Estou bêbada, não louca - ela fala retribuindo o sorriso. 

Ele não resiste e aproxima-se poucos centímetros e já chega a boca dela, tocam os lábios suavemente, em um beijo doce e carinhoso. 

— Eu gosto disso, essa paz  - ela fala interrompendo.
— É uma pena que amanhã você vai ter que se esforçar bastante pra lembrar, e vamos está discutindo de novo provavelmente. - ele revira os olhos imaginando a situação.
— E por que tem que ser assim? - ela fala triste.
— Talvez é dessa forma que tem que ser, Há coisas que não conseguimos mudar Mia - ele agora passa o dedão sobre as suas bochechas.

Ela suspira, desvia o olhar percorrendo o quarto, ele continua com a cabeça levantada observando ela.

— Deveríamos parar isso oficialmente então? você sabe que não conseguimos. - Ela ri olhando para seus lábios.
— Eu sei, e é isso que deixa as coisas mais interessantes - ele deita novamente sobre o seu peito.
— Talvez seja isso que estamos destinados a ter, esse vai e volta sem fim, essa é a única maneira para funcionarmos. - ela fala abraçando  sua cabeça e já sem ter a noção do que dizia, estava aérea e leve.
— Se for eu gosto da ideia. - ele fala tocando as mãos com a dela.

Ele as une e levanta um pouco os pulsos que estavam juntos, ele analisa cada detalhe da mão de Mia, que logo sente o seu ar de intrigado.

— O que foi? - ela pergunta.
— Nada... É só que, você falou em destino e, - ele parece bastante concentrado na mão por isso demora a formar suas frases - eu não sei explicar mas, você me intriga bastante sabia?
— E novidades? - ela fala rindo.
— Não, sério, desde que conheci você no café, tenho a estranha sensação de ja conhecer você, achei que eu deveria ter ficado com você alguma vez na vida e não lembrava, mas não era isso. É só, estranho. 
—Bom, se alguma vez eu tivesse visto você por ai, acredite eu saberia - ela fala.
— Eu sei, esse rostinho é difícil de esquecer - ele fala se gabando.

Os dois riem e trocam mais um beijo.

— Hm a propósito, o que o diretor queria com você? - ele pergunta interrompendo o beijo.
— O que?- ela diz confusa.
— Hoje mais cedo no elevador, você estava indo pra sala dele - ele explica.
— Ah sim... ele me elogiou, as missões, o meu esforço, queria dizer que estou fazendo um bom trabalho - ela fala animada.
— Parece que finalmente está despertando uma confiança neles.
— Aos poucos consigo tirá-los do meu pé, se continuar andando na linha claro, e não é o que estou fazendo agora - ela manda uma olhada de baixo pra cima enquanto arqueia uma das sobrancelhas. - O que iriam pensar se descobrirem que o professor dorme na minha cama, em baixo do nariz deles.
— O que posso dizer? eu adoro brincar com o fogo - ele diz dando duplo sentido ao fogo, referindo se a ela.
— Seu idiota - ela dá um soco no seu ombro e eles trocam outro beijo.

A noite continua, assim como eles que trocam carícias, beijos e abraços, acabando por eventualmente depois de um tempo, dormirem os dois, na cama de Mia, naquela noite onde já tinha acontecido tanto, mas ali era onde ela se sentia finalmente, Bem.

Manhã seguinte


Mia acorda com a maior ressaca da sua vida, ela sente a cabeça latejar, os olhos doíam e o estômago também, não sabia como ia conseguir viver hoje, mesmo tendo treinamento, esperava ela que Gojo entendesse e pegasse leve.
Ela se arruma mas com toda a falta de vontade que tinha. Abre a porta e da de cara com um corredor bastante movimentado. Alguns alunos correm, ela vê Nitta passar também correndo de longe, todos iam na mesma direção.
Ela fica confusa e não sabe o que fazer, até que ela vê Nanami passando na frente dela. Não sabia porquê mas se sentia estranha e tímida, com uma leve frio na barriga quando o viu.

— Nanami? o que está acontecendo? - fala parando ele
— Vem temos que ir, parece que aconteceu algum acidente no centro da cidade, desconfiam que foi alguma maldição de nível especial.

Eles seguem os dois correndo pelo corredor até chegar em uma das salas, a que os meninos costumavam ir para assistir televisão, ver filme ou ficar um dia atoa. Ela agora estava cheia de alunos, os superiores, e até auxiliadores da Escola, todos observando atentamente a TV enquanto comentavam.

— Hey, o que é isso? - Mia enfia-se no meio deles, onde estavam os seus colegas.

Gojo estava sentado sobre o sofá de pernas abertas e com as mãos juntas, observava atentamente o que acontecia na TV e mal nota Mia chegando.

— Alguém invadiu um dos prédios mais altos e importantes da cidade, explodiram tudo la dentro, e agora parece que um fogo está começando a se alastrar - Diz Megumi relatando a situação.
— E os civis? Já evacuaram a área? - Mia fala preocupada.
— Infelizmente, acho que ainda há muita gente lá dentro - diz Itadori vendo a reportagem com o olhar concentrado e triste.
— Mas isso não foi um ataque terrorista? ou uma explosão acidental? o que levou a pensar que seriam maldições? - Ela fala alto para que alguém pudesse lhe responder.
— Ei volte a fita! - diz Gojo levantando do sofá.

Nitta que tinha o controle remoto na mão volta a transmissão.

— Ponha em slow motion - diz ele concentrado aproximando se ainda mais da TV.

Todos olham atentos para procurar o que Gojo estava vendo e tentando identificar. A imagem é ruim, de péssima qualidade, mas há um zoom dentro do edifício, onde ao passar a cena devagar, eles conseguem perceber a presença de uma energia brilhante, azul turquesa forte, como energia amaldiçoada, e logo conseguem ver em um vulto, uma maldição.

— Satoru, Lidere com o seu grupo uma missão agora, Nanami acompanhe, assim como todos de nível 1, os feiticeiros de classe inferior, cuidem dos civis. - diz o velho Yoshinobu que aparece atrás deles.
— Vamos, isso já está no papo.- ele assente e chama o seu time com um olhar só.
— Vamos descobrir quem está por trás disso, e dar o que ele merece - o velho diz olhando fixamente para Mia o que a deixa desconfortável.

Eles seguem correndo até o carro de Gojo em direção ao prédio.

Sensei | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora