Mia acorda no seu quarto na casa do campo, não sabe como foi parar ali, mas estava embrulhada e muito confortável. Havia um buraco ao lado dela na cama, como se alguém tivesse deitado ali. Ela lembra vagamente de estar com muito sono e ser aconchegada nos braços de Gojo durante a noite, os beijinhos no pescoço, mãos dadas e carícias. Mia acorda feliz, com borboletas no estômago, pensando nele, pensando nos olhos dele, no toque, na sua boca, no jeito que sorria sempre procurando algo para aprontar com ela. Ela não conseguia mais resistir a Gojo, mas estava completamente apaixonada, e se pega rindo sozinha com as mãos no rosto.
Ele interrompe seus pensamentos nele abrindo a porta devagar. Mia disfarça fingindo que estava dormindo.
Ele entra devagarinho e enfia-se dentro dos cobertores, agarrando ela por trás. Ela geme baixinho como se estivesse acabado de acordar.— Bom dia princesa - ela fala no ouvido dela e ela se arrepia.
Ela se vira para ele e vê seus olhinhos de cachorrinho.
— Onde você estava?
— Sentiu minha falta já? você está ficando mal acostumada. - ele aperta as bochechas dela.
— O que? Não, nem um pouco - ela vira de costas fingindo não se importar com ele.Ele agarra ela de costas e faz cócegas no seu pescoço com os lábios. Ela desata a rir lutando contra ele. Depois eles param e permanecem juntinhos abraçados.
— Onde estão os meninos? - ela pergunta lembrando deles.
— Já levei pra casa, estão são e salvos no meu apartamento enquanto não podem ir pra escola. - ele beijava as suas costas enquanto falava.
— E como está as coisas por lá? Nanami disse alguma coisa? - ela fala preocupada olhando pro teto.
— Não, está quieto na verdade, o que me faz ficar ainda mais preocupado pois assim não consigo descobrir o que eles tramam. Mas Nanami está trabalhando pra tentar reverter isso, tentando usar a desculpa de que fomos nós que mandamos você ir em uma missão para espionar o seu pai.
— É uma ideia brilhante! - ela vira um pouco de lado.
— Infelizmente isso só anula uma das acusações, eles sabem que você é daquela família, e só isso é suficiente para te condenar.
— Então eu vou viver aqui? para sempre?
— Você não gostaria de me ver aqui todos os dias com você? - ele diz levantando a cabeça e olhando para ela.
— Em um mês já teríamos nos matado, de amor ou de ódio.
— Mas é isso que faz as coisas serem tão boas - ele da um selinho demorado nela.Ela leva as duas mãos no pescoço dele e acaricia enquanto trocam selinhos.
— Você prometeu que hoje fingiríamos que nada aconteceu ontem e voltaríamos a nos odiar.
— Depois de você ter dito que me amava? - ele diz rindo.Mia sem querer fica mais seria do que esperava, lembra de como disse o que disse, e como não teve resposta. Mas logo ela sorri ignorando isso fingindo não se importar.
— Eu não disse isso, você deve estar alucinando - ela diz desviando o olhar.
— Hm sim sim, é verdade - ele fala sendo irónico.Eles trocam um beijo mais uma vez, mas Gojo precisa separa-los.
— Preciso ir, Nanami está me esperando. - ele se levanta da cama e vai até em frente ao espelho.
— E quando você volta? - ela pergunta sentando.Ele manda um olhar com os olhos semicerramos e um sorriso no rosto.
— So estou perguntando por que sim, não é como se eu me importasse. - ela ergue as mãos.
— A tarde, pro jantar. Noite passada foi eu que fiz então hoje está por sua conta. - ele se aproxima e puxa ela da cama.
— Você comprou literalmente, tudo.
— Mas você comeu não comeu? então pronto, é justo. - ele a agarra em um abraço.Ela revira os olhos mas o agarra também envolvendo os braços em volta do seu pescoço.
— Se cuide, e mantenha-se aqui dentro, eu volto em breve - ele diz olhando fixamente para ela com os braços segurando sua cintura.
— Para onde mais eu iria? - ela diz e o beija uma última vez. - nada de interessante acontece aqui.Gojo aperta uma das suas nádegas e da um tapa nela, saindo rindo do quarto. Mia estava tão feliz, que mal cabia dentro de si esse sentimento maravilhoso de poder sentir o homem que amanhã tão perto assim, tão entregue e tão devoto.
Ele vai embora e Mia fica sozinha em casa. Decide se livrar daquela carga emocional depressiva que estava dentro dela nesses últimos dias e se anima para poder arrumar a casa, se exercitar e comer um bom café da manhã. Almoça sozinha, assiste um filme e faz coisas que a deixavam terrivelmente entediada e com raiva, mas agora ela estava sendo levada por um sentimento de paz, amor e gratidão.
O sol ainda estava claro no céu, como se nada e ninguém no mundo pudesse fazer aquele dia mudar, Mia olha pela janela e admira a paisagem ao seu redor, pela primeira vez admira e não pensa o quão não queria estar ali. Ela andava pela casa normalmente comendo um pouco de sorvete quando ouve a porta sendo aberta.
Fica logo feliz e senta no sofá.
— Ah você já chegou? acho que hoje o jantar vai ter que ficar por sua conta de novo, eu não movo um dedo para fazer nada para um preguiçoso como você. - ela diz rindo esperando que ele brinque de volta.
Ele não responde. e antes que ela se vire para ver ele, alguém aponta algo contra a sua cabeça. Mia congela olhando para frente assustada.
— Olha só, finalmente encontramos você - alguém diz, alguém que ela não conhecia.
Ela começa a suar frio, não poderia acreditar que foi encontrada.
— Não mova um músculo! ou o seu cérebro vai voar por essa sala - o cara atrás dela diz.
Tenta fazer uma leitura, ele não era o único ali. Mia sente outras três ou quatro presenças diferentes, ou seja ainda mais difícil de escapar deles. Ela levanta com as mãos para cima ainda de costas para eles.
— Vira devagar
Ela assim o faz e obedece, olhando e confirmando sua teoria, 4 caras armados porém com armas diferentes, eles não eram pessoas comuns, eram uma espécie de caçadores de recompensas em que os jujutsu recorriam em casos mais extremos onde não conseguiam encontrar o alvo deles, e agora estavam com Mia na Mira dele.
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Sensei | +18
FanfictionMia é uma garota que se mudou recentemente para Tokyo com o sonho de se tornar uma aluna da jujutsu high e assim restaurar o nome da sua família como grandes feiticeiros jujutsu, esses que escondiam um passado sombrio que os levou ao exílio. O grand...