Sensei | +18

A luz da lua

Eles saem da mansão correndo, enquanto tem uma legião de segurança e até a polícia que aparece mais tarde atrás deles. Entram no carro e Gojo acelera como se a sua vida dependesse disso.

- ISSO FOI IRADO - grita Itadori no banco de trás cheio de adrenalina.

Eles riem e gargalham por terem corrido tanto e conseguido escapar, por terem concluído a missão e ainda terem se divertindo a berça.

- Precisamos de mais missões assim! uau me sinto ótima - diz Kugisaki.
- Sem falar que fizemos tudo dentro do plano, pela primeira vez! - fala Megumi a enxugar o suor da testa.
- Nem tudo, não é Nobora? - Yuji diz virando se para ela que estava ao seu lado.
- O que aconteceu? - pergunta Megumi
- Nada! Correu tudo perfeitamente bem. - diz Mia aliviando a barra dela.

Gojo apesar de comemorar com eles ainda parecia um pouco longe, não havia feito piadas, ou falado no mínimo duas frases irónicas e sarcásticas como sempre fazia.
Após algumas horas indo e voltando, percorrendo vários caminhos diferentes para garantir que não estávamos sendo perseguidos finalmente chegam na colina onde estava localizado a escola. Gojo para o carro na frente e espera os alunos descerem.

- Fizemos um ótimo trabalho em equipe hoje, estou orgulhoso das minhas crianças... - ele fala virando-se para trás e bagunçando o cabelo de Megumi - Descansem, amanhã temos treinamento, não pensem que estão de folga.

Eles resmungam e falam qualquer coisa enquanto saem do carro. Mia permanece.

- Mia, você não vem? - pergunta Kugisaki já fora do carro ao ver a amiga sentada no banco da frente pensativa.
- Podem ir na frente, preciso atualizar algumas coisas com o sensei, informações gerais e tudo que aconteceu la.
- Ok! boa noite! - ela diz e acena.

Eles três caminham juntos, com os braços de Yuji em volta dos dois, vão em direção ao edifício dos dormitórios.

O silencio permanece dentro do carro, Gojo não diz uma palavra, Mia também não, ela não sabia o porquê tinha ficado, só não parecia certo ir.
A lua estava alta e clara do céu, e a única coisa que se ouvia era os grilos cantando na floresta.

- Então... que informações são essas que precisa me contar agora? - diz ele passando a mão pelo volante.
- Eu... eu não sei - ela diz com a voz rouca.

Ele a encara com peso nos olhos, ela detestava aquele olhar, preferia mil vezes quando ele a provocava e fazia brincadeiras com ela, assim pareciam próximos, agora ele estava sério.

- Eu deveria ir - ela diz realmente não sabendo o que dizer.
- Você quer ir? - ele ainda olha fixamente para ela.
- Não... quer dizer, eu não sei o por que estou aqui, eu só sinto que te devo alguma coisa, mas eu não te devo nada! nenhuma explicação, nada! - ela diz aumentando o tom de voz.
- Ok, então vá - ele fala com indiferença.
- Eu detesto isso. - ela balança a cabeça e tira o cinto com raiva.
- Eu não entendo você! "só relação professor e aluno" você disse diversas vezes pra mim, é o que estou fazendo agora, mas você ainda não parece satisfeita.
- Não Gojo! não é isso que você está fazendo. Algumas horas atrás estava beijando o meu pescoço e me tocando, a mais horas pediu para que eu vestisse esse tal vestido. Você está sempre me provocando! - ela cruza os braços indignada.
- Pelos vistos você gosta não é? agora que não estou fazendo você se incomoda - ele fala revirando os olhos.

O silêncio toma conta novamente, aquela conversa era a mais estranha que alguma vez já tiveram, tinham muito pra falar mas não conseguiam.

- Eu estou bebada, e talvez um pouco chapada - ela fala colocando as mãos na cabeça - então não me importa o que eu disser! Mas... eu pensei em você.