Capítulo XVIII - Lovesong.

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Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am home again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am whole again

Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am fun again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am young again

However far away
I will always love you
However long I stay
I will always love you
Whatever words I say
I will always love you
I will always love you

( The Cure: Lovesong. )

Quando Lionel contou o seu plano, John não disse nada, apenas teve uma crise de risos, enquanto tentava dizer que jamais faria aquilo.

Uma serenata, nunca se imaginou em uma situação tão inusitada - para não dizer ridícula. 

O mais absurdo foi o Lex ter gostado da ideia, dizendo que era um gesto romântico, que faria a Clara ter certeza dos sentimentos dele por ela.

Ele tentou argumentar, mas os Luthor arranjaram tudo, mesmo sob os protestos dele.

Quando deu por si, estava recostado ao portão da propriedade, com um violão em suas mãos, num completo silêncio, onde tudo o que conseguia ouvir eram as batidas do seu coração e a respiração pesada, indicando o seu nervosismo.

Em seis décadas de existência, nunca cogitou, nem por um segundo, fazer o que estava prestes a fazer.

Mas quando ele a viu, os olhos grandes e brilhantes, olhando para ele com tanta curiosidade e expectativa, ele teve certeza do que deveria ser feito.

Se havia alguém no mundo por quem ele seria capaz de fazer tudo - até mesmo uma serenata - esse alguém era Clara Oswald.

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele começou a tocar uma canção que expressava o que ele sentia por ela.

Ele realmente ansiava pelo toque da mão dela. Os olhos dela, para ele, eram tão brilhantes como a lua. Ele esperava por um beijo dela com desejo e urgência.

Não conseguiria mais esconder o que sentia - embora houvesse a consciência de que nunca se empenhou tanto em esconder.

Sendo assim, ele se entregou completamente ao momento, cantando a canção como se estivesse declarando o seu amor por ela - e realmente estava.

Ela olhava para ele com tanta ternura. Ele teve certeza de que as suas palavras estavam tocando o coração dela.

Quando a canção terminou, houve um momento de incerteza. Por um instante ele imaginou que ela fugiria outra vez.

Contudo, ele estava disposto a não deixá-la escapar.

Não foi preciso tomar qualquer atitude nesse sentido. Clara se aproximou dele e num gesto inesperado, pousou a mão sobre o peito dele. O seu coração, que há muito batia de forma irregular, disparou ainda mais.

Foi então que o desejado beijo aconteceu.

Dessa vez, não havia qualquer relutância por parte de nenhum dos dois e John percebeu, através da intensidade com a qual Clara o beijava, que o seu amor era correspondido.

Não poderia expressar com palavras a felicidade que sentia. Então, ele a trouxe ainda mais para si, fazendo-a perceber todo o seu amor, através dos carinhos dele.

Os dois só se separaram quando precisaram desesperadamente de ar.

Eles decidiram fazer uma caminhada pelo jardim da mansão. 

Não havia iluminação no lugar, além da luz do luar. Não que ele desejasse observar algo que não fosse o rosto dela e a lua servia a esse propósito.

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