4.4 Encontrada

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06:45am

Depois daquele pesadelo de ontem, mal consegui pregar o olho. Eu não aguento mais isso...

Enquanto a água quente do chuveiro percorre por todo meu cabelo, deixo que as lágrimas se misturarem com ela.

Retiro todo o excesso de água dos meus fios, agora castanhos, e saio do box. Volto para meu quarto, enrolo minha toalha na cabeça e olho Ana que dormia tranquilamente.

Peguei meu celular em cima da cama e vi três chamadas perdias de Robert, uma de Alisson e uma de Chris.

- Nossa! - digo pra mim mesma e ligo para Robert. Deixo no viva-voz e uma vou vestir uma roupa qualquer.

- Christina! - ele atende todo alterado.

- Meu Deus, o que aconteceu? - pego o celular.

- Christina... Eu... A gen...Daí... - a ligação estava péssima, eu não entendia nada que ele falava.

- Robert, está muito ruim...

- Chris...Você...depois...foi...Autumn...

- Robert...

- (...) - a ligação caiu.

Muito esquisito, mas ok! Como choveu muito, o sinal fica horrível.

Olhei a tela do meu celular e não havia área alguma. Mesmo assim, tentei ligar para Alisson, o que foi uma tentativa falha.

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14:27pm

Todo sábado, eu levo Ana ao parque, e  hoje não seria diferente, ainda mais que deu sol. Aqui sempre é frio, mas o que importa é a vitamina D.

A tempestade deixou algums rastros na estrada, muitas folhas na pista e algumas árvores caídas ao redor.

Ao chegar na cidade, estacionei meu carro em frente à padaria de Emily e comprei um chocolate quente. Ela estava com uma cara peculiar, o que significa que tem fofoca pra contar.

- Alguma novidade? - perguntei.

- A cidade tem turista.

- Sabe quem é?

- Eu não sei. É um homem com o filho e uma senhora, são bronzeados. Não sei o que estão fazendo aqui nesse frio.

- Ah, podem ter só parado por conta da chuva.

- Talvez. Eles estão no hotel dos Brown.

Por fim, dei uma risadinha. Eu adorava ver ela assim, é engraçado.

Me despedi de Emily e fui para o parque com Ana. Lá havia muitas crianças com seus pais, geralmente os moradores levavam seus filhos ali no fim de semana.

Levei Anabella no balanço para bebês e comecei a brincar com ela, que gargalhada cada vez que eu a empurrava.

Depois de muitas risadas, eu cansei e sentei com ela na grama. Espalhei alguns brinquedos ali, e continuei tomando meu chocolate quente que já não estava tão quente assim.

- Moça? - olhei para trás e uma senhora  estava parada com minha chave do carro na mão. - Você deixou cair isso. - me devolveu.

- Nossa! Obrigada, eu nem vi cair. - sorri para ela que retribuiu.

A senhora caminhou até um banco e ficou olhando para o parquinho onde umas crianças maiores que Ana,  brincavam, com certeza algum delas é dela.

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