Capítulo 7

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POV Christina Evans

Já se passavam das 02:00 da manhã, mas eu não conseguia dormir, a conversa que tive com Robert não saia da minha mente, eu não sei o que fazer e isso está me matando. Me levanto da cama e saio do meu quarto. Vejo se ninguém está acordado e sigo para a piscina, a encontrando vazia, ascendo uma das luzes e me sento na beira, colocando meus pés na água. Eu sempre adorei a água, mesmo sendo uma piscina ou praia, ou até mesmo a chuva, isso me acalma. Pego meu celular, abro o Spotify colocando em "ordem aleatória", e por coincidência começou a tocar Dead Sea - The Lumineers. Comecei a cantar baixo.

- ... Oh, I need somebody, I need someone I could trust.
And I don't gamble, but if I did I would bet on us.
Like the dead sea.
You told me I was like the dead sea.
You'll never sink when you are with me... - paro de cantar e encaro meus pés dentro da água.

- Você canta bem. - olho para um canto escuro onde ficava uma mesa de madeira e vejo alguém lá que parecia tomar algo, mas estava muito escuro e eu não consegui ver quem era.

- Obrigada. Acho que cantei mais alto do que eu pensei. - a pessoa se levanta e caminha até a luz e eu pude ver quem era. - Tom... O que faz aqui?

- Eu não estava conseguindo dormir então vim beber uma cerveja.

- No escuro?

- Sim. - deu de ombros.

- Por que não me disse que estava aí.

- Eu te vi chegar meio cabisbaixa e não quis atrapalhar. - se senta ao meu lado.

- Você está bem?- ele não parece bem. Está sério, respondendo só o necessário, não está olhando em meus olhos.

- Estou. - encara a lua.

- Então, olhe em meus olhos. - ele olha.
- O que foi?

- Não foi nada. - volta a olhar a lua.

- Okay. - ficamos em silêncio e começa a tocar Bullet Train - Stephen Stwartz. - Eu adoro essa música. - digo sem olhar para Tom.

- Qual é o lance entre você e o Downey?

- O que? - ele continuava olhando pra frente.

- Você ouviu. - começo a rir. - Do que está rindo? - finalmente me olha.

- De você. Essa foi a pergunta mais idiota que já me fizeram.  De onde você tirou isso?

- Eu vi vocês na praia hoje. E acredite, estava o maior clima. - senti um pingo de raiva no tom de sua voz.

- Robert, estava me ajudando sobre um assunto, só isso. - ele me olha com cara de desconfiança.

-  ah, tá bom. Que assunto era esse? - VOCÊ MEU ANJO!

- Ham... - não sei oque dizer, não posso simplismente dizer que era sobre ele. - É particular.

- Claro. - fala com ironia.  Ele se levanta e tira a camisa. Deus!

- Você vai entrar? - pergunto.

- Você não? - se joga na água, e eu fico ali o olhando. - Anda logo. - tiro minha blusa e entro .

 - tiro minha blusa e entro

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- Nossa. A água tá muito boa.  - digo.

Fiquei ali próxima a borda que eu estava e ele começou a mergulhar. Pelo amor de Deus. Essa é a hora? Será que eu falo agora? Meu Deus, meu coração começa a acelerar e eu sinto a adrenalina tomar o meu corpo, a coragem começa a aparecer mas vai embora quando ele volta a superfície ficando frente à frente comigo.

- Por que você sempre fica vermelha quando está comigo? - ele se aproxima mais.

- Eu? Eu não sei. - dou uma passo pra trás pois a piscina não era tão funda, então, eu conseguia tocar o chão.

- Não? - ele coloca uma mecha de meu cabelo para trás. - Você tem certeza? -  se aproxima mais fazendo eu ir mais pra trás.

- Não. - encaro sua boca tão próxima.

- O que anda tirando o seu sono? - ele se aproxima mais fazendo minhas costas encostares na parede da piscina. - Ou quem? - encara meus lábios antes de encarar meus olhos.

- Você. - ele me encara por mais uns segundos e me beija. - Jesus Cristo! - Sinto uma de suas mãos agarrar a minha nuca e a outra puxar minha cintura, fazendo meu corpo se chocar ao dele. O beijo começa quente e depois fica mais quente ainda, eu agarro seus cabelos o fazendo sorrir entre o beijo, nossas línguas dançam em sintonia, o gosto de álcool em sua boca me excita ainda mais, fazendo eu o beijar com mais vontade. Ele me puxa pra mais perto, mas eu começo a ficar sem ar e paro o beijo para respirar.

- Meu Deus! - minha respiração está muito acelerada.

- Meu Deus, digo eu. O que foi isso? - sua respiração também está fora de controle.

- O que nós fizemos? - pergunto preucupada mas ao mesmo tempo feliz.

- O que eu queria fazer já faz um tempo. - ele sorri me puxando pra mais um beijo.

- Como assim? - pergunto.

- Eu estava confuso sobre isso, mas quando me vi tomado de ciúme de você com o Robert, eu percebi que a verdade. - ele diz ainda abraçado a minha cintura.

-  Que verdade?

- Que eu te quero, só pra mim. - fala com o rosto próximo ao meu.

Ficamos por um momento assim mas vimos que  alguém acende a luz da cozinha (onde fica a porta que da para a piscina) e nos separamos rapidamente.

- Meu Deus. E agora?

- Agora você corre.

- Tá. - ele me ajuda a subir na beira da piscina, eu pego minha blusa e saio correndo, mas não antes de dar um selinho nele.

- Corre! - ele fala rindo e eu começo a rir de nervoso. Vou para a frente da cara e entro pela porta da sala, atravesso o cômodo correndo e subo as escadas, entro no meu quarto e fecho rapidamente a porta atrás de mim. Começo a rir e pular que nem doida.

- Meu Deus, Meu Deus, Meus Deus. Isso aconteceu mesmo?

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