Capítulo 4

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- Preciso que você vá comprar comida. - meu irmão entra do nada no meu quarto. Eu estava terminando de pentear meu cabelo.

- "Por favor, maninha".

- Por favor, maninha. - revira os olhos e sai do quarto. Eu mandaria ele ir comprar comida, mas, eu quero conhecer a cidade

Termino de me arrumar e desço as escadas, direto pra sala. Chegando lá, vejo Louise sentada junto com todo mundo menos Tom.

- Oi, Louise.- abraço ela.

- Oi, Christina. Como você está?

- Bem e… - sou interrompida por Mark que aparece do nada.

- Tom está te esperando no carro, anda logo.

- O Tom? - meu coração acelera mas continuo plena.

- É, ué. Vai logo. - ele me empurra de leve.

- Tá, credo. - digo indo pra porta.

Saio na porta e vejo o carro preto me esperando. Tento parecer calma caminhando mas tá complicado. Finalmente chego no carro e abro a porta. Tom vulgo meu amor estava olhando o celular, mas logo me olha e sorri. Lindo!

- Oi.

- Oi. - guarda o celular no bolso.

- Você sabe onde fica o restaurante?- pergunto colocando o cinto de segurança.

- Não. - ri. - vamos seguir a estrada até chegar a cidade.

- Beleza.

Seguimos conversando sobre coisas aleatórias.e eu não parava de rir. Tom é assim, sempre me tira um sorriso. Fico o observando.

- Quer dirigir um pouco? - ele pergunta me tirando do meu pequeno transe.

- Eu não sei dirigir. Lembra?

- Como assim? - ele para o carro.

- Eu não sei…- olho pela janela.

- Então, você vai aprender hoje. - ele diz tirando o sinto.

- O que? Não! - tarde demais, ele sai do carro. Passando pela frente do mesmo e vindo até minha porta. - Tom, eu vou bater o carro.

- Saia. - tiro meu sinto e passo para o banco do motorista. - Coloque o cinto, ajuste os espelhos…

- E agora? - ele diz o que eu devo fazer e o carro começa a andar lentamente. - Oh Meu Deus, eu consegui!

- Se concentre. - tarde demais, deixo o carro morrer.

Depois de umas quinze tentativas falhas, Tom desiste e volta a dirigir. Mas eu adorei a experiência.

- Eu quero fazer de novo!

- Da próxima vez eu venho de capacete.

- Eu fui ótima. - digo e ele me olha boquiaberto.

- Você quase bateu em uma árvore. - começo a rir.

Continuamos o caminho e depois de uns 20 minutos encontramos um pequeno restaurante à beira mar. Ele era pequeno mas fazia sucesso, o estacionamento estava cheio de carros. Tom precisou fazer a volta e estacionar na rua.

- Aqui deve ser bom. - digo.

- É. Olha de gente. - ele diz ligando o alarme do carro.

Quanto mais nos aproximávamos, mais dava para ouvir a música alta do lugar, além das pessoas gritando.

- Está tendo festa  aí. - Tom diz.

- Tomara que dê comprar a comida. - ele concorda com a cabeça.

Nos aproximamos da entrada da do lugar que tinha uma parede toda enfeitada de flores e duas garotas vestidas de havaianas, com aquelas saias, colares de flores e sutiãs de coco. Elas nos entregam dois colares de coco e um homem com trajes havaianos aparece segurando uma câmera.

- Uma foto do casal? - ele pergunta já com a câmera posicionada e eu quase engasgo.

- Não somos um casal.- digo.

- Tudo bem. - Tom fala e passa seu braço por trás de meus ombros. EU QUASE MORRI. MEU DEUS, PODE ME LEVAR!

- Podem pegar na saída. - o homem fala sorridente e sai.

Entramos no lugar e estava tocando uma música havaiana, todo mundo dançando e pulando. Fomos até o balcão e uma garota estava do outro lado, de costas pra nós mexendo em uma máquina de suco.

- Moça? - a chamo e quando ela se vira deixa o copo que ela estava na mão, cair.

- MEU DEUS! MOCO! - ela grita e um homem mais velho sai da cozinha.

- Ai meu Deus! - ele grita. Eu e Tom ficamos nos olhando. - Posso tirar uma foto com você? Eu sou muito seu fã. - ele pergunta para Tom.

- Claro. - sorri. - Moco sai de trás do balcão e vem até Tom admirado.

- Lizzie. Tire uma foto.- a menina pega um celular do bolso. Moco abraça tom e abre um sorriso enorme.

(...)

- Prontinho. - Moco diz colocando as sacolas em cima do balcão.

- Quanto deu? - Tom pega a carteira.

- É por conta da casa. - Moco diz.

- Não, que isso. - digo.

- Por favor, eu faço questão. - Moco diz me dando as sacolas. - Só apareçam mais vezes. - ele sorri. -  Okay… Nós viremos e com mais gente. - Pisco para Tom que sorri. Moco vai adorar conhecer o resto dos Vingadores. - Tchau Moco, tchau Lizzie. - sorrio para os dois.

- Tchau. - Tom também se despede.

- Tchau foi um prazer, voltem mais.

Saímos do lugar e ele pega as sacolas da minha mão. O homem da câmera vem em nossa direção.

-Aqui está a foto de vocês. - ele entrega um envelope pra mim.

- Obrigado. - digo.

- Isso é pra vocês. - ele nos entrega duas flores.

- O que é isso? - Tom pergunta.

- Essa é a flor da lua. Assim que você ganha a flor, você deve fazer um pedido e trocar ela com alguém especial. Mas tem que ser a luz do luar, para o desejo se realizar.

- Que legal. - digo a ele que dá um belo sorriso.

- Obrigado.- Tom o agradece.

- De nada. - ele diz saindo dali.

Seguimos até o carro, Tom coloca a comida no banco de trás e depois volta pra onde eu estava.

- Vamos?- ele pega sua flor.

- Okay.

Fecho  meus olhos e sinto ele pegar minha mão. Abro os olhos e ele está de olhos fechados sorrindo. Faço meu pedido e abro os olhos novamente, logo ele também abre e nós trocamos as flores.

- Foi legal. O que você pediu? - ele pergunto entrando no carro.

- Não posso falar, senão não se realiza.

- O cara disse que tinha que ser a luz do luar, não falou nada de não poder contar.

- Eu não vou te contar. - brinco.

- Bom, eu fiz um pedido pra você. - levo um susto.

- Pra mim? O que?

- Não posso contar. - me olha rindo.

- Ridículo. - olho pra fora da janela.

- Eu pedi que você consiga o'que tanto deseja. - meu anjo, eu quero você!

- Eu pedi que você encontre alguém que te ame. - sorrio pra ele. Na verdade, eu pedi outra coisa. Mas dá no mesmo.

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