Capítulo 12

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Já que a tranquilidade tinha voltado à casa, eu e Tom podemos ter um momento só pra nós, sem medo do Chris nos pegar no flagra e dar chilique. A noite havia chego e junto com ela, uma tempestade. Meu irmão estava no quarto; Hemsworth e Louise estavam no deles; Holland, Robert e Mark saíram mais cedo dizendo que queriam curtir a noite de sexta. Na sala, Tom e eu assistíamos a um filme de comédia dos anos 90. Os assentos do sofá deslizavam pra frente, então puxamos pra podermos deitar com conforto, uma vez feito isso, Tom se deita deixando um braço esticado para que eu deitasse no mesmo. Faço oque ele pede e abraço seu tórax.

- Esse filme é legal, né. - Tom fala em meio a uma gargalhada.

- Muito. - digo, rindo também.

Voltamos a assistir o filme.

- Você está cheiroso. - digo, mas minha voz é abafada pelo seu corpo tão próximo.

- Eu sempre sou. - diz, convencido.

- Adoro sua humildade.

- Eu também. - acho graça.

Ficamos assim por um bom tempo, até eu cochilar e acordar assustada, percebendo que eu estava babando, passo a mão na boca, rapidamente. Vejo que Tom está dormindo, e dou graças por ele não ter visto a cena. Bocejo, e vou até a ponta do sofá vestir o meu chinelo. Me levanto e dou uma olhada em Tom, ele dormia tranquilamente. Tiro uma foto dele, e vou para a cozinha.

Eu estou louca por um macarrão, então vou até a dispensa pegar os ingredientes, pego tudo de uma vez só e quase derrubo tudo no chão. Coloco a água ferver e volto pra sala pegar meu celular, trago ele pra cozinha e coloco uma música pra tocar. Faço um coque em meu cabelo pra não cair na comida e começo a picar os temperos pro molho. A música tem um ritmo maravilhoso que me faz começar a dançar feito louca. A água ferve e eu jogo o macarrão dentro da panela e termino de cortar a cebola, meus olhos começam a lacrimejar por causa disso. A música agora é outra com um ritmo mais calmo mas, mesmo assim, maravilhoso. Não resisto e canto junto com a melodia.

"...I'm falling on my knees
Forgive me, I'm a fucking fool
I'm begging, darling, please
Absolve me of my sins, won't you?..."

- Não sabia que veria essa cena tão cedo. - olho para a porta e tom está lá, de braços cruzados, os olhos inchados e o cabelo bagunçado.

- Que susto! - boto a mão no peito.

- Por que você tá chorando? - ele vem até a pia.

- Foi a cebola. - digo, rindo.

- Quer ajuda?

- Não. Tudo bem, só falta o macarrão cozinhar e eu fazer o molho.

- Não sabia que você cozinhava.

- Pois é. Eu sei, não sou uma chefe, mas sei. - sorrio.

- Linda, educada, divertida e ainda sabe cozinhar... - ele bota a mão no queixo. - Acho que vou ter que me casar com você.

- Droga! - levei um susto com o comentário e acabei cortando meu dedo.

- Caramba! Foi uma brincadeira. - ele diz, rindo. - Deixa eu ver. - pega minha mão.

- Eu não posso ver sangue. - começo a rir de nervoso.

- Calma, calma. - ele pega meu dedo o passando pela torneira, fazendo o machucado arder quando a água fria o atinge. - Pronto. Foi só um cortizinho. - leva seus lábios até o corte. Não vou negar, suspirei com aquilo.

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