Capítulo 34

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Acabei de sair do escritório. Fizemos uma pequena comemoração para Sofia que foi promovida para vice presidente. Como todos sabem, eu precisava de alguém para ajudar no controle da empresa.

Mia e eu conversamos sobre assuntos aleatórios o caminho todo, até ela me deixar em casa. Depois de chegar, coloquei um filme (Divergente) e comecei a assistir.

NARRADORA POV

A cada demonstração de afeto que Quatro tinha por Tris, Cristina se emocionava. Talvez fosse os hormônios da gravidez ou apenas saudades de Tom. O fato é que a loira acabou o filme, um tanto quanto, "caída". Caminhou até seu quarto e voltou segurando uma das muitas camisas que Tom havia deixado na casa da amada. Ela cheirou a peça de roupa como se sentisse o aroma de uma maravilhosa flor.

Christina voltou para o sofá e deitou-se abraçada à camisa. Sem demorar muito, adormeceu.

Um pouco depois, pela porta do apartamento, alguém entrou. Caminhou até a sala e observou Christina que dormia tranquilamente.

O sujeito então, foi até o quarto da jovem e observou cada detalhe do cômodo. Caminhou até o closet e besbilhotou cada pertence dela. Por fim, abriu a gaveta de lingerie e pegou uma peça íntima da loira. Colocou dentro da jaqueta preta que usava e voltou lentamente até onde Christina estava mas não a encontrou lá. Olhou em volta esperando encontrá-la, mas não a viu. Ouviu só uma movimentação no banheiro e logo, alguém vomitando. Pareceu pensar um pouco e logo saiu do apartamento.

TOM HIDDLESTON POV

"Eu sentia uma dor terrível em meu peito. Ao tocar no meu paletó, vi o sangue e então caí. Christina logo apareceu tentando me acalmar mas então, era ela quem estava na mira de uma arma. Eu não conseguia me mover e então a vi cair do meu lado. Se afogando em seu próprio sangue, ela me olhava..."

Num movimento súbito, eu me acordei. Suando e com um aperto no coração, me levantei e fui tomar um pouco de água. A imagem de Christina se afogando em seu sangue, não saia da minha cabeça e eu sentia uma necessidade imensa de falar com ela.

Sem pensar muito, peguei as chaves do meu carro e sai em direção ao apartamento dela. Não tinha muita certeza de onde era mas eu dei um jeito. Eu já reli essas mensagens esses dias e me lembrei que vi o endereço dela em umas delas.

Já era madrugada mas não importava, eu precisava vê-la. Eu nem sabia o que diria mas eu tinha que ir.

Poucos minutos depois, eu cheguei no prédio e antes mesmo de falar com o porteiro, ele já me cumprimentou e perguntou se eu ia subir para ver Christina, eu confirmei.

Depois que subi para o andar dela, cheguei até sua porta e pensei um pouco sobre o que diria. - não sei.

Bati quatro vezes e esperei. Logo, uma loira pálida e com fundas olheiras, abriu a porta.

- Tom? - parecia confusa.

- Oi... Desculpa te acordar... - ela fez um sinal para que eu esperasse e correu para dentro do apartamento,  Me deixando ali.

Eu entrei logo em seguida, fechando a porta atrás de mim. Dei uma breve olhada no lugar e não me lembrei de já ter estado ali. Ouvi barulho de descarga vindo do banheiro e Christina veio até mim, enxugando a boca com uma toalha.

- Você está bem? - perguntei.

- Sim... Só estou mau do estômago. - ela disse com a voz meio fraca. - Senta. - apontou pro sofá. - Quer tomar alguma coisa? - neguei. - Okay. Vou pegar uma água pra mim e já volto. - ela foi pra cozinha e eu me sentei.

A TV estava ligada e havia uma camisa jogada no sofá, uma camisa que eu reconheci ser minha. Christina logo apareceu e eu fingi não ter visto a camisa.

- Então... - ela começou.

- Christina, me desculpa. Eu tive um pesadelo com você, e... - ela me interrompeu.

- Tudo bem... Você está bem agora?

- Estou mas você parece que não. - eu disse.

- É um problema gástrico. - ela sorriu de leve.

Um silêncio se instalou e eu dei mais uma olhada no lugar mas dessa vez, percebi um porta retrato perto da TV, era uma foto nossa em alguma floresta ou parque.

- Aonde foi aquela foto? - apontei para o porta retrato.

- Ah... Uma trilha que fizemos. Não parece, mas você estava super irritado nessa hora. - ela se levantou foi até a fotografia e a trouxe para mim.  Christina que sentava na outra ponta do sofá, agora se sentava do meu lado. - Você estava bravo porquê...

A cada palavra que ela dizia, eu observava o movimento de seus lábios. O som da sua voz era como uma suave melodia de um jazz antigo. Sem ao menos perceber, eu toquei seu rosto. Sua pele era tão macia quando eu imagina. Ela imediatamente parou de falar e me olhou.

Seus olhos claros eram como um oceano, um oceano em que eu me afoguei. Naquele momento, eu a beijei.




Mais um capítulo pra vocês, amores. Espero que gostem! Xoxo

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