Capítulo 16

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- A Polícia quer ouvir o seu depoimento. Você precisa voltar até amanhã. - David, meu acessor, dizia no outro lado da linha.

- Não acredito que ela está fazendo isso. - suspiro.

- Ninguém acredita, cara. - ele faz uma pausa. - Seu voo está marcado pra hoje, às 21:00 da noite.

- Vai se ferrar! - respiro. - Tá. Beleza.

- Sinto muito, cara. Mas, já estamos cuidando disso.

- Mas, eu tenho que fazer algo. As pessoas vão pensar que eu sou um covarde.

- Não é bom você se pronunciar ainda. Espere um pouco. - balanço a cabeça, negativamente.

- Tá. Tchau.

- Tchau, cara. - desligo.

Jogo o celular em cima da cama, e passo as mãos nos cabelos.  Que inferno! Essa desgraçado é uma filha da puta, se ela acha que vai ganhar algo com isso, ela está muito enganada.
Saio do meu quarto e vou atrás de Christina, a encontro na cozinha, fazendo um lanche.

- Oi. - me aproximo dela e lhe dou um beijo.

- Oi. - sorri. - Quer um? - aponta para o sanduíche.

- Não, Tini... - ela me olha confusa. - Desculpe, pensei que seria legal se eu te chamasse de algum apelido... Mas, se não gostou...

- Tudo bem, eu gostei. - me interrompe. - O que você ia dizer?

- Eu vou embora hoje. - ela arregala os olhos.

- Como assim? Por que?

- Tenho que prestar depoimento. - ela suspira.

- Eu vou com você. - se levanta, ficando de frente pra mim.

- Não. - me olha confusa, novamente. 

- Por que?

- Vai ter muitas câmeras, Jane talvez esteja lá...

- Você não quer que me vejam com você, é isso. - sua feição muda de confusa para decepcionada.

- Não é isso...

- Não, tudo bem. - se levanta e leva o prato para a pia.

- Tini. - seguro seu braço. - Eu só não quero que você passe por isso.

- Achei que estávamos juntos nessa. - solta seu braço e sai da cozinha.

POV Christina Evans

Eu entendo a intenção do Tom, mas eu queria estar com ele nesse momento. Eu não sei, eu estou nervosa com tudo isso, preocupada também. Não acredito no que está acontecendo, ele é inocente, eu sei que é. Eu o conheço a muito tempo, sei o quanto ele é humano e respeitoso, nunca encostaraia numa mulher. Essa mulher é maluca, ela que trai ele, e o Tom que está errado em terminar com ela? Pelo amor, né?!

- Amiga, tá tudo bem? - Dakota, se senta ao meu lado, no sofá.

- Está. -  suspiro. - Tom não me deixou voltar com ele.

- Ele volta quando?

- Hoje. Ele tem que prestar depoimento.

- Ham... - faz uma pausa. - Isso é normal. Talvez ele queira que você não seja tão exposta à situação.

- Foi isso que ele falou.

- Então. - ela sorri.

- Eu sei. Só fiquei meio triste por deixar ele sozinho nessa.

- Entendo. Mas, fica tranquila, isso vai passar logo.

- Por favor.

- Que horas sai o voo dele?

- De noite.

- Então, vá ficar com ele. - ela dá um leve tapinha em meu ombro.

- Okay. - sorrio e me levanto do sofá.

Subo as escadas e vou até o quarto dele.

- Oi. - ele, que estava arrumando as malas, me olha.

- Oi. - joga na mala, a peça de roupa que segurava.

- Eu queria te pedir desculpas. - entro no quarto.

- Você não tem que fazer isso.

- Tenho. É que eu estou preocupada, sabe? - cruzo os braços.

- Não fique. Não foi você quem disse que vai ficar tudo bem? - sorri.

- Foi. - deposito um beijo em seus lábios.

- Por que isso é tão gostoso? - diz sorrindo, com os olhos fechados.

- Se isso é gostoso, imagine...- suspiro.

- Não me provoque. - puxa minha cintura, logo, baixando a mão para a minha bunda.

- Eu estou te provocando? - mordo meus lábios.

- Foda-se! - ataca meus lábios.

Ele me pega no colo, e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura. Me deita na cama, vindo por cima, em seguida.

- Você sabe que estão todos em casa, né?! - pergunta, tirando minha blusa.

- Eu não vou gritar. - sorri, e volta para a minha boca.

- Desculpe não fazer nada especial. - me olha.

- Tem como você calar a boca e continuar? Isso já está mais que especial. - o puxo pelo colarinho da camisa.

Só com o beijo, eu já estava excitada. Pude perceber que ele também estava, então, aproveitei. Troquei de posição, ficando por cima, bem em cima de onde eu queria. Subi sua camisa, lentamente, até ele tirar. Passei minha língua, de seu abdômen até seu tórax, chegando ao pescoço e deixando um leve chupão ali, o fazendo arfar, sorrio ao notar isso. Mexo, levemenhe, meu quadril, e sinto suas mãos agarrarem minha bunda, a forçando para baixo.

- Você quer me matar? - ele inverte nossas posições.

Continua...



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