Elli-May não sabia como se havia de aproximar de Tom, por medo e vergonha do sentimento não ser recíproco. Até que Rebekah, a sua melhor amiga, a convenceu a deixar a sua timidez e medo de lado e começasse a mandar-lhe nudes anonimamente. Será que...
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• 𝓔𝓵𝓵𝓲-𝓜𝓪𝔂 •
- Imprevisto? - Ele pergunta. Como é que eu vou sair desta?
Levanto-me do sofá e vou até à cozinha arrumar o que estava a comer.
- May! - Ele chama seguindo-me. - O que queres dizer com imprevisto?
- Não me mates, mas... - Tento começar a falar da minha mentira, que não era assim tanta mentira.
- Tu és ela? - Ele aproxima-se de mim e mete a sua mão no meu braço.
- Ela quem? - Pergunto fazendo-me de confusa.
- Não faças que não sabes. - Tom fala e eu não consigo decifrar o seu olhar.
- Eu juro que não sei do que estás a falar, mas deixa-me continuar. - Tento mas ele interrompe-me de novo.
- Tu és a Angel. - Ele fala chocado.
- Essa é a menina que te anda a mandar nudes? Certo? - Contorno a pergunta.
- O quê?
- Quando me pediste para mandar mensagem a Elliot, a dizer que estávamos a chegar do teu telemóvel, tu tinhas as mensagens dela abertas e eu posso ter lido algumas sem querer, e também vi a hora que ela te mandou a última foto que, curiosamente, correspondeu com o imprevisto qualquer, e claro vinhas um pouquinho ofegante. - Explico, era como se me tivesse a desviar de uma bala.
- Oh. - Ele fala num suspiro.
- Pensavas que era eu que te mandava isso? Não sei se me sinta ofendida ou elogiada.
- Não era isso, é que...
- Não tens que te explicar Tom. Não li grande coisa, mas é sério que não sabes quem é ela?
- Espera eu podia estar ofegante de ter descido as escadas. - Dou uma leve risada. - O que foi é verdade.
- Love, eu sei distinguir quando uma pessoa está ofegante de descer as escadas e quando está ofegante de ter acabado de bater uma. - Sorrio lembrando-me da cena.
- Não acredito que consigas distinguir. - Sorrio levemente malicioso.
- Eu posso ser reservada e até tímida, mas eu sei observar. Consigo te dizer quem o fez no escritório e com quem. - Falo orgulhosa do meu "dom".
- Isso é muito especifico. - Ele afasta-se ficando a uma distancia confortável.
- Tempo livre com Rebekah dá nisto, temos um livro de apostas e outras coisas. Já agora, podes de vez em quando abrir a porta da sala de cópias? - Digo e ele olha-me curioso
- Porquê?
- Nada não.
- Darling? - Ele fala.
- Love? - Eu retribuo.
- May. - Ele aproxima-se e eu acabo o que estava a fazer para ficar de frente com ele e olha-lo profundamente nos seus olhos.
- Thomas. - Retribuo novamente com um leve sorriso no rosto.
- Eu avisei que não era sábio falares assim comigo. - A sua voz sedutora toma conta de mim.
A minha única vontade era de, juntar os nossos lábios e iniciar o beijo que já espero desde a primeira vez que o vi.
- Porquê? O que é que vais fazer, love? - Provoco com o mesmo tom de voz, sem pensar.
O seu corpo aproxima-se do meu, encurralando-me entre ele e a bancada. Uma das suas mãos vai até à minha face tirando uma das mexas do meu cabelo para trás da minha orelha e a outra vai até à minha cintura.
- O que estás a fazer? - Ganho coragem e pergunto fazendo a minha voz falhar por um breve momento.
- Eu avisei que não devias de me provocar assim. - Ele aproxima o seu rosto do meu sem nunca quebrar o nosso olhar.
- Eu sei que estás a tentar provocar-me, tentar provar algum ponto, de como é fácil me fazer corar ou sei lá, mas eu também sei provocar. Mais do que tu imaginas. - Falo com a mais confiança do mundo.
- Gostava de te ver tentar. - Ele fala afastando os nossos rostos um bocadinho. Mas eu não deixo. Meto uma das minhas mãos na sua cintura e outra vai para a sua face.
- Se queres chegar a algum ponto é bom que sejas direto porque... - Acabo com a nossa distância e os nossos lábios estavam a apenas a alguns centímetros. Pouso-os no canto da sua boca e vou até ao seu ouvido onde sussurro. - ... eu não gosto de rodeios.
Sinto o seu corpo estremecer e a sua mão aperta ainda mais a minha cintura, fazendo-me soltar um breve suspiro, quase gemido pela pegada forte.
