Elli-May não sabia como se havia de aproximar de Tom, por medo e vergonha do sentimento não ser recíproco. Até que Rebekah, a sua melhor amiga, a convenceu a deixar a sua timidez e medo de lado e começasse a mandar-lhe nudes anonimamente. Será que...
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• 𝓔𝓵𝓵𝓲-𝓜𝓪𝔂 •
Acordamos com o despertador irritante de Tom. Resmungo mais uma vez de cansaço e Tom convence-me a sair da cama. Tomamos o pequeno-almoço juntos e logo damos partida para o escritório.
As pessoas falam e sabia que hoje ia ser ainda mais bombardeada com perguntas sobre o nosso fim de semana. Felizmente, tinha Rebekah ao meu lado para me ajudar a esquivar de todas aquelas perguntas.
Tom estaciona o carro e vamos para o elevador. Ele sempre ia com a sua mão na minha cintura puxando-me para bem perto dele.
- Depois vemo-nos ao almoço? - Ele pergunta.
- Claro. - Falo depositando um leve beijo nos seus lábios.
As portas do elevador abrem-se e ele despede-se de mim com um beijo carinhoso na minha testa fazendo me sorrir involuntariamente. Vou para a minha secretária e logo começo a ouvir murmurinhos dos meus colegas.
Uma hora e pouco se passa quando me lembro que me esqueci de uns documentos no carro de Tom. Levanto-me do meu local de trabalho e vou calmamente até ao seu escritório.
- Love, posso entrar? - Pergunto receando ele estar com mais alguém.
- Claro darling. - Tom fala sorridente, tirando o olhar do seu computador.
- Esqueci-me de uns documentos no teu carro, podes me dar as chaves por favor? - Pergunto ainda na porta.
- Claro, mas primeiro quero um beijo. - Tom fala com um leve sorriso.
- Está bem.
Vou até Tom que só depois de o beijar é que me entrega as chaves do seu carro. Agradeço e vou até ao parque de estacionamento.
- Elli-May? - Ouço uma voz que logo reconheci.
- Shirley. - Ela estava a vir até mim. - Precisas de alguma coisa?
- Sim, preciso que penses na asneira que estás a fazer. - Ela fala deixando-me totalmente confusa.
- Acho que não estou a perceber o que queres dizer.
- Com o Tom, estares a namorar com ele é, apenas errado.
- Podes parar Shirley, não te envergonhes mais. - Falo voltando a minha atenção para o carro.
- Sabias que o Tom recusou uma oportunidade ouro para a sua carreira por tua causa? - Ela fala captando a minha atenção.
- Do que é que estás a falar?
- O propósito da minha visita é para o conseguir convencer a ir trabalhar comigo para o Japão, para ser chefe executivo. E ele recusou. Na altura não percebi bem o porquê e agora continuo sem perceber. - Ele olha-me com desdém.
- Ele tomou a sua decisão e tens que a respeitar. - Tento manter a calma.
- Tu não estás a ver o mal que lhe estás a fazer? Ele estava tão melhor sem ti
- Desculpa Shirley. Se o teu objetivo é fazeres-me acabar com Tom já vens tarde. Nós já discutimos tudo isso e ele quer estar comigo, por isso, mete esses ciúmes de lado e desaparece. - Falo e num movimento rápido sinto a minha cara a arder.
Shirley tinha acabado de me bater. Continuei plena, se eu retribui-se ela teria justa causa para me despedir e sabia que havia uma camara apontada para o lugar onde estávamos.
- Então não vais responder? Puta. - Ela continua, mas eu a ignoro.
- Eu vou conseguir vos separar e acabar contigo, marca as minhas palavras. Tom não te vai querer ver à frente. - Ela ameaça e vai se embora.
Olho para a camara que piscava e encolho os ombros, provavelmente Matt, o senhorzinho de 60 anos que já trabalhava na segurança do prédio à anos, tinha visto tudo aquilo. Encontro o que queria e volto para cima. Assim que entro todos olham-me de lado, e não era de eu estar a namorar o chefe, era algo totalmente diferente.
- Elli-May, vem aqui. - Tom chama-me da porta do seu escritório.
Algo estava errado, ele nunca me chamava assim. Vou até si e assim que entro vejo dois seguranças com as mãos na cintura, olho para o lado vendo Shirley sentada numa das cadeiras de Tom com parte da roupa rasgada e com o nariz a escorrer sangue.
- Foi ela que me fez isto. - Ela fala apontando para mim e deixando-me sem qualquer reação.
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Olá minha gente linda, a Shirley realmente não desiste.
