Elli-May não sabia como se havia de aproximar de Tom, por medo e vergonha do sentimento não ser recíproco. Até que Rebekah, a sua melhor amiga, a convenceu a deixar a sua timidez e medo de lado e começasse a mandar-lhe nudes anonimamente. Será que...
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• 𝓣𝓱𝓸𝓶𝓪𝓼 •
Ela simplesmente entrou e foi se embora, recusou-se a ouvir a minha parte da história e ainda disse que nós não tínhamos nada? Depois do que já tivemos e ela diz-me que foi só sexo? Foi bem mais que isso, ambos o sabemos. Finjo que saio de casa de May e sento-me no sofá.
- Vou te meter a casa. – Elliot fala baixo para May não ouvir.
- Sim, ela vai matar-me quando descobrir o que fiz. – Rebekah suspira.
- Não te preocupes, ela precisa de saber que foi Shirley que me beijou e que eu separei-me logo a seguir.
- Tom, eu acredito em ti. Só atenção. A Elli tem um defeito muito grande, quando as coisas complicam ela foge e começa a afastar as pessoas, com a estupida ideia de que, é para o bem delas. – Rebekah faz uma pequena pausa. – Ela vai te dizer coisas que não são verdade, tudo para te afastar e se ela vir que vais dar luta, vai piorar. Por isso, promete-me que por mais que ela te insulte e tudo à tua volta, por mais que ela diga coisas que ela sabe que te vão magoar e que eu garanto que te vão magoar. Não desistas dela. Promete-me.
- Eu prometo. – Falo surpreso com toda a informação.
- Amanhã a briga vai ser feia, ela vai fazer de tudo para te magoar para tu seguires em frente sem ela. Não faças isso, tu és das melhores coisas que já lhe aconteceu nos últimos tempos. – Rebekah fala e pega nas suas coisas indo na direção da porta. – Até amanhã.
Despeço-me deles e apago as luzes todas deitando-me no sofá. Fecho os olhos e deixo a informação que Rebekah me deu consumir-me acabando por adormecer.
Acordo com a claridade do sol entrando por uma janela, levanto-me e reparo que ainda não havia sinais de vida de May. Vou até ao seu quarto que continuava quieto e abro um pouco a sua porta, para ver que ainda estava escuro e ela não se mexia. Como eu queria estar perto dela, com a sua cabeça no meu peito e com as minhas mãos a fazerem-lhe carinhos no seu cabelo, como ela tanto gosta. Vou fazer as minhas higienes e de seguida vou para a cozinha preparar o pequeno-almoço. Espero nervoso ela acordar.
- Bekah! Cheira tão bem, vou já. – Ouço ao longe e sento-me na mesa de jantar à espera que ela apareça.
Alguns minutos se passaram e ela finalmente chega na sala que era conjunta com a cozinha.
- Onde está a Rebekah e o que é que fazes aqui? – Ela pergunta fria.
- Nós precisamos de falar. – Falo levantando-me.
- Não, já te disse tudo o que tinha para dizer... - Ela começa, mas interrompo-a.
- Não, tu não me deste oportunidade de explicar. Apenas disseste o que te veio à cabeça naquele instante e foste-te embora. – Falo levantando-me. – Ela é que me beijou e eu separei-me assim que ela começou. Tu chegas-te no momento errado.
- E se eu não tivesse entrado naquele momento, terias me dito o que tinha acontecido? Ou querias que eu ouvisse ela a vangloriar-se que vocês estavam a tentar?
- A tentar? Do que é que estás a falar? – Eu estava confuso.
- Ela apanhou-me no estacionamento, momentos depois do vosso beijo, e perguntou-me se tu estavas a ver alguém.
- E o que disseste? – Pergunto receoso da sua resposta.
- Disse para ela perguntar a Elliot. – May faz uma pequena pausa. - Ela quer tentar ver se vocês ainda têm faísca, e que bem lá no fundo, tu ainda deves sentir algo por ela.
- Mas eu não sinto nada por ela, May. – Aproximo-me dela fazendo-a recuar até uma parede.
A distância entre nós era pequena, mas não invasiva, não queria que ela pensasse eu que estava a forçá-la para nada, muito menos que ela ficasse desconfortável.
- Tom eu acho que devias de tentar ver-se vocês sempre têm alguma faísca. – Ela fala olhando-me nos olhos.
Como assim devia tentar? Foi neste momento que comecei a lembrar-me do que Rebekah me tinha dito ontem à noite. May parecia uma pessoa totalmente diferente, era como se a pessoa carinhosa, e tímida dentro dela tivessem simplesmente desaparecido. Ela estava fria e os seus olhos estavam vermelhos completando com o seu olhar cansado.
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Quero desde já desculpar-me pelo proximo capitulo...
