• 𝓔𝓵𝓵𝓲-𝓜𝓪𝔂 •
Entro no seu escritório e vejo uma imagem que pensei nunca ver desde que comecei a me envolver com Tom. Ele beijando outra mulher, no seu escritório. Lugar onde nós já nos envolvemos, lugar onde ele... Recomponho-me e mostro um sorriso escondendo todo o meu descontentamento.
- Olá Shirley! – Cumprimento e ela afasta-se de Tom com um sorriso nos lábios. – Thomas o Elliot está a chamar-te por causa de um negócio. – Solto um sorriso falso.
- Obrigada May. – Ele fala levantando-se e vindo até mim. – Até já Shirley.
Tom sai do seu escritório e eu guio-o até ao de Elliot.
- May eu posso explicar. – Ele fala baixo e eu continuo a andar segurando as lágrimas por de trás do meu grande sorriso.
- Não precisas de explicar. – Chegamos e eu abro-lhe a porta. – Elliot, ele está aqui.
- Obrigada Elli. – Elliot fala.
- May. – Ele impede-me de ir embora pegando no meu pulso.
- Tu não fizeste nada de mal! Nós não temos nada Tom, é apenas sexo. E foi bom enquanto durou. – Tiro a sua mão do meu pulso e vou-me embora.
Chego na minha secretária e pego na minha mala, vou até ao escritório do meu chefe e digo que não estou a sentir-me muito bem, provavelmente por causa de algo que comi. Saio do escritório indo o mais rápido possível para o meu carro.
- Elli-May certo? – Ouço uma voz feminina a chamar-me no fundo.
- Senhora Shirley, é sim.
- Já disse que podem me chamar apenas de Shirley. – Ela sorri. – Vai-se já embora?
- Sim, estou um pouco maldisposta, deve ser de algo que comi ao almoço. – Minto.
- Então não vou tomar muito do seu tempo, sei que é das poucas amigas pessoais de Tom, e eu queria saber se ele estava vendo alguém.
- Porque quer saber? – Pergunto fingindo a minha curiosidade.
- Quando eramos mais novos, no início das nossas carreiras nós envolvemo-nos, mas nunca fomos a publico. Entretanto ofereceram-me uma oportunidade de trabalho no Japão e acabamos por ficar num impasse. Pensei que nunca mais fosse vê-lo, para ser sincera. Mas como o mundo é pequeno e eu voltei a encontrar-me com ele. Eu sei que já passou algum tempo, mas queria tentar ver-se ainda tinha alguma faísca. Por isso estar a lhe perguntar.
- Por isso que estavam juntos ainda há pouco? – Tento brincar e ela esboça um sorriso descarado.
- Sim, eu sei que ainda podemos ser um casal e que ele lá no fundo, ainda deve sentir algo por mim. Mas sinto ele esquivar-se das minhas tentativas...
- Quanto tempo atrás foi isso? – Pergunto genuinamente curiosa.
- Há quase 8 anos. – Ela fala pensativa. – Então sabes de alguma coisa? – Ela volta a perguntar.
- Ele é muito privado, se quiser mesmo ter a certeza porque não pergunta a ele ou até Elliot?
- E até perguntaria, mas sei que Elliot não me vai dizer nada, e não queria chegar assim ao pé de Tom com essa pergunta.
- Entendi. Boa sorte de qualquer das maneiras, eu tenho mesmo que ir. – Falo entrando no carro e saindo do parque o mais rapidamente possível.
As lágrimas escoriam-me pela cara abaixo e eu tentava prestar atenção à estrada, mas estava impossível. Desligo o meu telemóvel e vou até um descampado no cimo de um monte, que venho muitas vezes com Rebekah ver o pôr do sol. Estaciono o carro e tranco-o guardando a chave no meu bolso. Caminho até a um banco que dava vista para a cidade. Começo a pensar em tudo o que tinha passado com ele e os nossos momentos. Porque é que ele faria isto comigo? Tentei parecer forte no escritório, uma das coisas mais difíceis que tive que fazer.
As lágrimas continuavam a vir sem eu me conseguir controlar. Apenas me lembro que nunca dissemos que eramos exclusivos um do outro. Foi ai que errei, ter-me apegado demasiado.
Deixo o banco e sento-me no chão, olhando a vista e limpando as lágrimas da minha face. Eu não podia ir para casa, porque se fosse teria que encarar que tudo isto tinha acontecido.
A brisa corria pelos meus cabelos e secando as minhas últimas lágrimas, eu tinha que me acalmar. Eu não podia continuar assim. Sei que deixei o escritório sem avisar ninguém e sabia que se fosse para casa iria estar alguém me esperando.
Perco a noção das horas e já só me levanto quando estava de noite e sol já se tinha posto por completo. Volto para o meu carro e ligo o meu telemóvel. Tinha imensas chamadas não atendidas de Tom, assim como mensagens a perguntar onde estava. Rebekah também parecia preocupada. Dirijo lentamente até casa e passo pela entrada do meu prédio, não tinha ninguém me esperando, por isso dou mais uma volta ao quarteirão e entro na minha garagem. Vou até ao meu apartamento usando a porta de acesso da garagem para evitar alguém me ver.
Assim que abro a porta consigo ver Rebekah impacientemente a andar de um lado para o outro com o telemóvel na mão, Elliot sentado ao lado de Tom que tinha as mãos na cabeça.
- Como é que vocês conseguiram entrar? – Falo fechando a porta por trás de mim e todos olham na minha direção.
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Até ao próximo capitulo...
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Nudes || 𝐓𝐨𝐦 𝐇𝐢𝐝𝐝𝐥𝐞𝐬𝐭𝐨𝐧
FanficElli-May não sabia como se havia de aproximar de Tom, por medo e vergonha do sentimento não ser recíproco. Até que Rebekah, a sua melhor amiga, a convenceu a deixar a sua timidez e medo de lado e começasse a mandar-lhe nudes anonimamente. Será que...