Prólogo

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Olá. Sou Alinne Fernandes, ou Lie. Sejam bem-vindos ao livro O Cara do Time Rival. Passando aqui para deseja-los boa leitura e convida-los a participar do meu grupo no WHATSAPP. Chamem-me no pv (75) 9 82130523 ou acessem o link na minha Bio.

Era isso apenas. Boa leitura.




Talvez você queira me perguntar por qual motivo uma garota de vinte anos está deixando São Paulo e toda a sua vida para trás. Eu poderia lutar mais e ficar, tentar mais uma vez pra variar. Eu poderia ficar pelo meu amor ao time do coração, mas na situação que o Santos se encontra, tudo só dói mais ainda. A  questão aqui  é que muitas vezes, as coisas não precisam ser explicadas naquele momento, ou insistir em algo que não estar dando certo pode ser perca de tempo. E sinceramente? Estou cansada de perder tempo...

Olhei mais uma vez para o pequeno quarto com apenas um colchão fino enrolado e uma caixa de papelão onde eu guradava minhas roupas e retirei meus dois posters antigos da libertadores de 2011 da parede e guardei na mochila velha. Ir embora era o melhor a se fazer depois que meu emprego de garçonete foi para os ares por culpa da unica pessoa que deveria me apoiar.

__ Se não vai me ajudar, é melhor ir mesmo.__ A mulher de pele clara e cabelos crespos e despenteados disse tragando um masso de cigarro.

__ É isso que estou fazendo mãe. Ao sair por aquela porta, a senhora não me verá mais.

__ Você não sabe o favor que me faz sua cretina.__ Respurei fundo e fingi que aquelas palavras não me afetavam.__ Você estragou tudo na minha vida, o mínimo que pode fazer agora é ir embora já que nem pra segurar aquele seu namorado você prestou.

Sem falar nada saí da casa, a rua estava calma, havia alguns moradores pela calçada, sorri para alguns moleques que jogavam bola na rua e segui meu caminho até o ponto de ônibus.

Eu namorava um otário por nome Afonso, o safado era um galinha de primeira. Trabalha como gerente numa rede de supermercado e já havia passado o rodo na maioria das funcionarias do mercado inteiro, de casada a solteira. E estando comigo.

Ou seja, eu fui uma corna perfeita. Minha mãe via nele uma porta de escape para que eu me casasse e sustentasse ela. Mas não era nada disso que eu queria, principalmente por ter apenas vinte anos. Eu queria ir a faculdade, cursar educação física, trabalhar como assistente técnica em algum time, quem sabe no time do meu coração? Mas meus planos foram por água abaixo quando descobri que minha mãe roubava minhas economias para comprar maconha. Doeu demais, pior do que seu desprezo ou suas palavras ofensivas, foram sua atitudes impensadas que destruiram a possibilidade de um futuro melhor para mim.

~~~

Dentro do ônibus rumo ao Rio, enconstei a minha cabeça na janela e pude analisar tudo o que vivi até aqui. Meu pai assassiado em minha frente quando eu ainda tinha dez anos, vitima de estupro aos quinze, mãe drogada, namorado traidor, desemprego... Vida de cão não?

__ Você está bem moça?__ Um garoto de aproximadamente dezessete anos perguntou.

__ Sim, estou. Porque?

__ Você estava apertando a mochila de um jeito estranho...

__ Relaxa, é o costume e o medo de ser roubada em Sampa.

__ Ah... Vou voltar para meu lugar.

__ Ok, obrigado pela preocupação.

Depois que descobri que minha mãe estava a me roubar, guardei todas as minhas economias dos meus trabalhos de desenhos para fora e o trabalho de garçonete num buraco atrás da casa.

Assim que cheguei no Rio de Janeiro, procurei um lugar para ficar. Mas para o meu azar, eu não encontrava nada.

__ Me larga...__ Ouvi uma voz feminina chorar.__ Por favor moço, não me machuque.

Me aproximei e vi uma cena absurda em um beco escuro. Um homem tentava violar uma garota, que nojento esse crápula. Que maldade.

Por um momento lembrei do que passei, penso até hoje se naquela noite alguem tivesse me ajudado. Então sem pensar duas vezes, ajeitei minha mochila nas costas e peguei um paralelepípedo na rua.

Essa é para os que reclamam de rua esburacada...

__ Larga ela safado...

Quando ele se virou eu taquei a pedra nele que caiu do outro lado, ele parecia tonto, mas não desmaiou...

__ Vem, corre...__ Estendi minha mão para a garota que estava assustada.

__ Obrigado.__ Ela pegou minha mão se levantando.

__ Vamos correr, depois você agradece.

Corremos pelas ruas, a menina corria como se estivesse indo para algum lugar seguro...

__ Dispistamos ele.__ Falei assim que percebi que estávamos seguras.__ Ele te machucou?

__ Não! Graças a você.__ Ela sorriu.__ Sou Liz...

__ Carmella...__ Apertei sua mão.__ Agora, preciso ir. Tenho que encontrar um lugar para ficar ainda.

__ Fica aqui na minha casa.__ Ela disse rápido.__ Eu divido com minha amiga da faculdade..

__ Tem certeza?

__ Tenho... É uma forma de retribuir a sua ajuda.

Não recusei, eu precisava descansar depois desse dia turbulento.

#Continua

O Cara do Time RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora