Chapter 1

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Pedro Guilherme P.O.V

Retirei a camisa que estava banhada em suor e sentei-me em frente a minha cabine. Depois do jogo com o Volta Redonda onde fiz três gols, a única coisa que eu queria era descansar para comemorar.

__ O cara é brabo mesmo...__ Lincoln zoou.

__ É, eu sei...

Depois de toda uma comemoração no vestiário, timei um banho e parti para casa. Estava afim de descansar, o jogo havia sido intenso.

__ Não vai querer aparecer aqui pra tomar uma cerveja não?__ Gerson perguntou do outro lado da linha.__ Estão todos aqui.

__ Acho que vai ser legal...

Troquei de roupa, pus um boné e segui para a casa do Gerson. A galera estava lá reunida...

__ Chegou o cara do gol.

__ Assistencia sua Arrasca...__ Brinquei por sua assistência no ultimo gol.

__ Toma aí uma cervejinha.

__ Não, valeu. Amanhã eu tenho que acordar cedo. Vou ajudar minha mãe na seleção de alguem pra cuidar lá do apê.

__ Você ainda tá nessa luta vei?__ Hugo perguntou.

__ Sou meio desleixado pra essas coisas.

A noite foi tranquila. Me divertir com meus colegas de time mesmo não demorando muito na casa do Gerson...

~~~

Abri os olhos bruscamente ao sentir alguém me balançando na cama. Minha mãe estava com uma cara brava...

__ Oi mãe... Bom dia.

__ Você esta atrasado.__ Ela jogou na minha cara.__ Já tem cinco garotas aí e você dormindo.

__ Desculpe. Vou me ajeitar rapidinho.

Corri para o banheiro e escovei os dentes, ajeitei o cabelo e vesti uma roupa mais apresentável.

Minha mãe já estava na sala conversando com as garotas, quando apareci.

Haviam cinco mulheres, apenas uma tinha menos de trinta anos, as outras já eram mulheres mais velhas.

__ Podemos começar?__ Sentei ao lado da minha mãe.__ Já que estão todas aqui, vamos conversar juntos para ser mais rápido.__ Olhei para a senhora de aproximadamente setenta anos.__ Pode ser pela senhora.

__ Meu nome é Creuza, tenho sessenta e nove anos...

__ É aposentada dona Creuza?

__ Sou sim...

__ A senhora é casada? Viúva? Alguém que more com a senhora?

__ Sou viúva, moro com meu filho e minha nora.

__ E eles trabalham?__ Minha mãe perguntou.

__ Sim. Só estou atras do emprego porque detesto ficar parada... Eu faço de tudo na casa, só não consigo lavar e fazer faxina por causa da coluna.

__ Entendi...

Segui para as outras três mulheres, uma já trabalhava e só poderia estar no apartamento aos sábados, uma outra não sabia cozinhar e a outra mulher só podia meio período, sobrando assim, apenas a jovem..

__ Seu nome?__ Mamãe perguntou.

__ Carmella Santoro.

__ Você sabe fazer todos os afazeres domésticos Carmella?__ Continuei olhando para a garota.

__ Sim!

__ E você tem disponibilidade para trabalhar o dia e dormir aqui?__ A mais velha perguntou.

__ Tenho sim.

__ Quantos anos você tem?

__ Vinte.

__ É daqui do Rio mesmo?

__ Não. Sou de São Paulo, estou aqui há uns três meses no máximo.

__ Seus pais estão com você?__ Era visível que a pergunta da minha mãe havia deixado ela desconfortável.__ E porque uma jovem como você quer trabalhar com isso?

__ Bom, meu pai faleceu há alguns anos, e minha mãe ficou em São Paulo.__ Ela sorriu de um jeito amargo.__ Eu acho que todo trabalho digno não é motivo para ser jogado fora. E eu preciso do emprego, estou a uns três meses desempregada e preciso começar a estudar e a me sustentar. Por isso estou aqui.

__ Ótimo. Pedro e eu iremos conversar e num instante estaremos de volta para dar o resultado.

Levantei com minha mãe e seguimos até meu quarto. Eu já tinha a minha decisão.

__ Ela mãe. Não é justo tirar isso dela já que ela pode trabalhar, cuidar do apê enquanto eu estiver fora e ainda vai poder estudar...

__ Tens razão.

Minha mãe seguiu até a sala e conversou com as garotas deixando apenas Carmella ali.

__ A carteira de trabalho dela.__ Minha mãe me entregou.

__ Mãe, a senhora não acha que essa garota tem uma cara sofrida?

__ Achei filho. Nem rodo mundo tem sorte de crescer feliz. E parece que ela foi uma dessas pessoas que tiveram o azar de sofrer.

Seguimos até a sala, ela estava sentada com uma postura tão correta, que chegou a dar agonia.

__ Você já pode vir pra cá amanhã.__ Informei lhe entregando sua carteira de trabalho.__ Quando você chegar as sete, acertaremos outros detalhes.

__ Ok, obrigado por confiarem em mim. Não irei decepciona-los.

#Continua...

_____ L.F _____

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Pra quem não sabe, eu (autora) não sou flamenguista. Eu sou santista tá ok. Essa fic foi a pedido de uma colega, e também pelo fato de eu gostar muito do Pedro.

Mas tu é fã de um jogador do rime rival Alinne?

Sim. Eu acho o Pedro um jogador de qualidade e muita humildade também. Espero que a torcida flamenguista goste da fic e não se esqueçam de ir lar no meu perfil me seguir. ( Seguirei de volta)

Votem, comentem e não deixem de falar sobre o livro para quem gosta de uma fic de jogador. Vai ajudar muito. Valew.

O Cara do Time RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora