Be with me - Mattheo Riddle

"Juntos"

— EU SABIAAAA! - Ouço a voz de Pansy gritando, imagino ser um sonho, então sigo de olhos fechados sentido algo em minha cintura.- Merlin, acordem logo.

Abro os olhos percebendo que não era um sonho, Pansy estava parada em minha frente com os braços cruzados usando um roupão. Olho para baixo vendo os braços de Draco rodeando minha cintura, ergo os olhos encontrando os seus enquanto ele sorria para mim.

Draco deposita um selinho em meus lábios antes de levantar, passando por Pansy que torcia o nariz com fechada visão.

— Boa noite LeClair, Parkinson. - O loiro desaparece pelas escadas.

Pansy continuava em minha frente me olhando fixamente, ela bufou e se sentou ao meu lado.

— Está chateada? - Pergunto encostando a cabeça em seus ombros, ainda sonolenta.

— Não Mel, apenas não quero que você se machuque, ou que esconda algo de mim... - Sua cabeça se apoia contra a minha.

— Não irei Pan, prometo, para ambas as coisas.

- Eu sei, mas não depende apenas de você. - Fecha os olhos.

Me mexo desconfortavelmente no sofá pelas palavras de Pansy, mas decido não questionar, já que eram raras as vezes que Pansy demonstrava estar preocupada comigo.

— Vamos para o dormitório...- Se levanta me oferecendo sua mão. - Está ficando tarde.

Me espreguiço no sofá pegando em sua mão, logo depois seguindo Pansy pelas escadas. É assim que que chego ao quarto deito com a cabeça no travesseiro e as palavras de Riddle voltam a martelar em minha mente.

Qual é o motivo por trás de tanto ódio?

Acordo sentido o lençol macio da minha cama se enrolando em meu corpo, permaneci deitada durante alguns minutos até criar coragem para levantar. Segui até o banheiro preguiçosamente, olhei no espelho vendo meu braço ainda marcado, me fazendo desviar o olhar, seu ódio por mim estava ali, marcado em minha pele.

Resolvo passar o dia em meu quarto, tirando um tempo para mim mesma. Aproveitei para ler alguns livros, me jogar na cama, olhar a pela janela, é assim passei durante o dia.

— Atrapalho? - A voz de Malfoy soa na porta do quarto, me fazendo olhar em sua direção.

— Nem ao menos sabia que você podia entrar aqui...- Digo sorrindo para o loiro.

— Não posso... - Dá de ombros. - Mas isso não me impede. - Draco se aproxima sentando ao meu lado nada cama.

— Obviamente... - Meus olhos encontram os seus. — O que faz aqui Draco?

— Nada demais. - Sorri se sentando ao meu lado. - Apenas queria saber, como você está?

— Se preocupa comigo Malfoy? - O tom divertido envolvia a frase.

— Você sabe que sim. - Um beijo é deixado em minha testa. - Está aqui o dia todo?

— Ah, sim, estava aproveitando minha própria companhia... - Apoio o rosto no peitoral do garoto.

Algo surge em minha mente desocupada, o que somos? Draco e eu, amigos? colegas? Amigos com benefícios?

— Draco... - Me olha acariciando meu cabelo.  - P-posso te perguntar algo?

Merlin, não acredito que irei perguntar isso. 

— O que se passa mel? - Seus olhos me analisavam com calma.

— O que somos? - Sinto meu rosto corar - Não que eu ache que precisamos de um rótulo, mas acredito que... - Draco me interrompe com um beijo.

— Sejamos o que você quiser Melinda. - Diz próximo aos meus lábios sorrindo.

Eu não sabia o que queria. Sentia algo por Draco, mas não sabia definir exatamente o que era, afinal era cedo demais para qualquer conclusão. Dou um sorriso sincero em resposta enquanto me aconchegava mais em seus braços. Passamos horas ali entre beijos e carinhos, me admirando cada vez que conhecia mais sobre um outro lado de Draco Malfoy.

O final de semana havia se passado como um flash e as semanas seguiam na mesma frequência. Descobri o que tanto meus amigos grifinórios escondiam quando a Brigada Inquisitorial descobriu sobre a Armada de Dumbledore, era como eles se intitulavam. Não fiquei chateada com eles em momento algum. Hermione veio conversar comigo e eu entendi perfeitamente seus motivos, apenas fiquei triste em saber que aquela vaca rosa havia descoberto sobre o grupo.

Draco e eu estávamos cada vez mais "juntos", nos encontrávamos em todos os lugares possíveis em Hogwarts, isso quando ele não estava ocupado com a maldita brigada e eu com os estudos. 

Estávamos todos reunidos na comunal enquanto mantínhamos conversas aleatórias e descontraídas. Eu havia proibido alguns assuntos com Umbridge, Dolores e bruxa rosa. Apenas para o bem de nossa amizade.

As mãos de Draco estavam pousadas em minhas pernas entrando sorrateiramente por baixo de um parte da minha saia.

— O que é isso? - Zabini olha espantado para nós.

— Você está brincando? - Pansy belisca o moreno. - Eles então assim a semanas Zabini, você só percebeu agora? Sério?

— Que? COMO ASSIM? - O moreno diz quase gritando. - Qual é cara, você furou a fila...- Resmunga ao loiro me fazendo rir.

— O que eu posso fazer se ela prefere a mim... - Responde sorrindo de lado e me abraçando mais.

— Mel... - Blaise chama minha atenção.- Você ainda tem tempo de trocar, qual é, o cara nem tem melanina...

Não seguro a gargalhada que sai de meus lábios enquanto Draco apenas mostra o dedo para o moreno a nossa frente.

— Obrigada por sua proposta Zabini, mas estou bem com este aqui... - Digo olhando para o loiro que sorri vitorioso. — Por enquanto... - Completo fazendo o sorriso de Draco se transforma em uma carranca, me fazendo gargalhar ainda mais.

— Está tudo certo Mel, desde que eu não veja novamente sua "escolha" andando nu pelo quarto outra vez - Pansy fala calmante me fazendo corar. Será que ela ouviu algo?

— Ora Pansy, não seja deselegante.. - Zabini diz - Mas e quanto a Mel, você também já a viu? Como é? - As palavras tinham um tom divertido.

— Inacreditável cara, você está falando da garota que está comigo na minha frente? - Draco diz revirando os olhos. 

"Está comigo" aquelas simples palavras me fizerem viajar duramente longos segundos. O que significava aquilo?

Volto a realidade olhando diretamente para a porta da comunal onde Mattheo entrava. Seu rosto estava novamente machucado, seus cabelos estavam levemente bagunçados e seus lábios vermelhos como nunca. Seus olhos pousaram sobre mim, Draco, e suas mãos em minhas pernas, por um segundo, poderia jurar ter visto ele fechar os punhos, mas logo o moreno desapareceu deixando um vazio estranho no local onde antes ocupavam aqueles malditos olhos castanhos.