Be with me - Mattheo Riddle

Destruição

Assim que descemos as escadas todos ainda estavam na sala, os olhos arregalados estavam em nossa direção conforme dávamos os passos até eles. Ruborizei ao imaginar que todos ali tinham ouvido cada gemido que havia saído dos meus lábios. Ninguém, absolutamente ninguém, comentou sobre o que havia acontecido. Todos pareciam envergonhados demais para dizer algo, menos Mattheo. O garoto permaneceu à noite inteira com um sorriso arrogante nos lábios, como tivesse provado a todos sua tese.

Pansy me pediu desculpas diversas vezes, mas eu apenas pedi que ela esquecesse aquilo por enquanto, se fôssemos para ter uma conversa, não seria naquele momento com tanto álcool envolvido. Blaise e Pansy utilizaram pó-de-flu para irem para casa, segundo Blaise era melhor já que Parkinson provavelmente acordaria com uma grande ressaca moral.

Pierre se dirigiu até seu quarto, mas não sem antes me dar um sorriso reconfortante, ao ver como eu estava corada e envergonhada.

- Enfim a sós, podemos aproveitar... - antes que o garoto pudesse completar dei um tapa em seu braço. - Aí, para uma pessoa tão pequena você tem uma mão bem forte. - Diz passando a mão em seu próprio braço.

- Nunca mais iremos fazer isso... - digo me sentando na cama. - Você viu como nós olharam? Como se fôssemos dois animais selvagens.

- Eu gosto desse seu lado. - Diz sorrindo. - E gosto mais ainda que saibam que você está comigo.

- Todos já sabem disso Mattheo.

- É bom deixar bem claro senhorita LeClair. - Beija minha bochecha se deitando ao meu lado.

Antes de deitar substitui a o conjunto de moletom por uma camisola branca, leve e confortável o suficiente. Mattheo observava cada movimento como se pudesse fazer com que a camisola ficasse em frangalhos em questão de segundos. Por fim, me deitei ao seu lado abraçando sua cintura, enquanto sentia seus dedos passearem pelos longos fios do meu cabelo.

Havia adormecido agarrada em Mattheo, mas uma barulho irritante vindo do andar de baixo me fez acordar. Meus pais não haviam me avisado se ficariam de plantão, mas eu sabia que papai sempre fazia barulho ao chegar já que batia constantemente com a testa em um arranjo de flores perto a porta de entrada.

Olhei para o lado e Mattheo dormia tranquilamente, fiz o máximo de silêncio possível para sair da cama sem acorda-lo, de qualquer maneira o garoto ainda resmungou mas voltou a dormir.

Abrir a porta e desci silenciosamente as escadas, pronta para fazer mais uma piada com a falta de cuidado do meu pai com as flores.

- Tantos avisos e você ainda não aprendeu que os vasos estão ali... - Digo rindo atingindo o último lance da escada.

- Deveriam começar a trancar a porta querida. Ops, estava trancada na verdade... - Aquela voz estridente soou como se saísse das sombras.

Meu sangue gelou no momento em que Bellatrix saiu de um canto da sala, um sorriso assustador brincava em seus lábios conforme seu rosto ganhava formato com a pouca iluminação.

- Sempre com entradas triunfais Bella. - Uma outra voz. Aquela voz fez com que o sorriso de Bellatrix se ampliasse.

Se por um momento eu pensei em considerar a voz de Bellatrix Lestrange a mais assustadora de todas, eu estava claramente errada. Aquela segunda voz, que reconheci como uma voz masculina, era a forma mais pura da maldade e de frieza.

As luzes se acenderem me revelando os rostos ali presentes. Draco estava encolhido em um canto, os olhos cinzas fixos em mim. Em minha frente, além da mulher de cabelos cacheados, estava também o rosto daquela voz.