Be with me - Mattheo Riddle

Gravata

Eu já não aguentava mais ficar dentro daquele quarto sem nenhuma notícia, Pansy e Zabini vieram apenas checar como eu estava, mas não me disseram nada. Mattheo não me deixava sair do quarto em hipótese alguma, foram várias tentativas de escapar por água abaixo.

As horas pareciam não passar e eu já não aguentava mais, estava enlouquecendo sem nenhuma resposta.

- Mattheo, eu preciso vê-lo... - digo me levantando da cama indo em direção a porta.

- Mel...- O moreno tenta.

- Não, Mattheo. - interrompo o garoto. - É o meu pai que está lá, eu preciso saber como ele está.

Eu não queria ser grossa, mas toda aquela situação estava começando a não só me apavorar, como me estressar também.

- Tudo bem... - diz segurando em minha mão.

Pansy e Zabini descasavam na sala, era perceptível a preocupação do casal já que eles iam me ver a cada cinco minutos.

- Espero você aqui... - deposita um beijo em minha testa assim que paramos em frente a porta do quarto dos meus pais.

- Na verdade... - Me agarro em sua cintura. - Entre comigo, por favor.

- É claro amor, vamos.

Assim que abro a porta do quarto o olhar de minha mãe, que estava sentada na poltrona em frente a cama, se ergue para nós. A mulher estava visivelmente cansada e abalada.

- Como ele está? - aponto para o homem deitado sobre a cama ainda com as roupas ensangüentadas.

- E-ele ficará bem filha... - Minha mãe diz olhando com lágrimas no rosto para o marido.

- Ei, eu fico aqui com ele... - Me aproximo da poltrona. - Vá descansar mãe.

- Obrigada filha. - Diz se levantando me puxando para um abraço. - Nós estamos bem, ele está bem Melinda.

- Bom, eu vou apenas tomar um banho, mas volto daqui a pouco. - A mais velha avisa dando um tampinha no ombro de Mattheo.

- Não se preocupe senhora LeClair. - Mattheo responde. - Leve o tempo que precisar.

Minha mãe pegou uma muda de roupas e foi até meu quarto para que ela pudesse descansar um pouco e tomar um banho, já que ficaríamos em seu quarto com meu pai.

Me sentei onde antes estava minha mãe, olho para meu pai que mesmo com todos aqueles machucados ainda parecia descansar tranquilamente. Aperto firme em suas mãos sentido meu coração se espremer dentro do peito ao vê-lo naquela situação, as lágrimas já escorriam por todo meu rosto novamente.

Um sorriso de canto escapa dos meus lábios ao notar a gravata de mini elfos em seu pescoço, estava suja de sangue, mas ainda conseguia ser a gravata mais engraçada de todos os tempos. Havia sido uma simples aposta com minha mãe, mas mesmo assim, ele nunca deixou de usá-la. Afirmava com todos as palavras possíveis que, por mais ridícula que parecesse aquela gravata, ela lhe lembrava a mulher que ele mais amava.

- O que aconteceu com você papai? - pergunto segurando as lágrimas, quase como um sussurro, implorando internamente para que ele acordasse e me respondesse.

- Pode chegar para o canto? - Mattheo pergunta me fazendo olhá-lo com o cenho franzido.

- Mattheo, não cabe nós dois nessa poltrona...

- Deixe de ser espaçosa LeClair, vamos... - Me empurra para o lado se sentando na poltrona.

- Por que você é tão teimoso... - O garoto me cala ao me abraçar, apoiando minha cabeça em seu ombro.