"Problema"

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Minha cabeça doía como nunca. Merlin, o que aconteceu na noite passada?

Um sorriso brota em meus lábios ao lembrar do beijo que pela segunda vez roubei de Mattheo, além de provar ao garoto o quanto estava errado em suas afirmações.

"Que? não Melinda, pare com isso, foi um maldito erro, apenas isso." me reprimo.

Um erro gostoso, mas um erro.

Me levantando com dificuldade da cama observando que, Pansy não estava mais no dormitório, sua cama estava perfeitamente arrumada, sem rastros que ela esteve ali.
Retiro toda minha roupa me jogando em baixo do chuveiro deixando que a água caia sobre meu corpo, de alguma maneira tentando aliviar a ressaca.

Quando já estava saindo do dormitório, vejo Pansy vindo em minha direção. Ela ainda estava com o vestido da noite passada, sua maquiagem está borrada e os seus saltos estavam em suas mãos.

— Oh, bom dia Mel. - Me cumprimenta ao me notar pela primeira vez. — Belo dia, não é?

— Olá Parkinson... - Me encosto no batente da porta. - Eu até perguntaria onde você estava, mas tenho um leve palpite. - Digo sorrindo.

—'Não sei do que você está falando...- Se faz de desentendida, me fazendo dar risada da sua atuação.

— Conversamos sobre isso depois...- Me afasto da porta. — Vá tomar um banho, te vejo no salão principal.

Caminho lentamente até o salão, minha cabeça ainda lateja, enquanto o álcool ainda corria por todo meu corpo. Ao chegar passo pela mesa da Grifinória cumprimentando Harry, Ron e Hermione.

— Mel, você irá para França nas férias? - Ron pergunta olhando por cima dos ombros para me enxergar.

— Eu não sei ainda Ron. - Aperto os ombros do ruivo.

— Bom, se você quiser você está convidada a ir para toca com nós... - Sorri se virando. — Não só por mim, mas por Fred também, afinal ele não para de falar sobre você.

— Isso é verdade. - Confirma Hermione

— Seria um prazer conhecer sua casa Ron.- sorrio com o convite.— Bom, vou para minha mesa, estou faminta.

Me dirijo até a mesa da sonserina e assim que me sento, vejo Pansy caminhando lentamente até onde estou. Ao que parece eu não era a única com ressaca.

— Por um acaso algum gigante passou por cima de nós? - Pansy perguntou ao se sentar.

— Gostaria de saber a mesma coisa...- Respondo enchendo meu copo com suco.

— Aliás, Pansy... - Tento terminar a frase mas a morena me interrompe.

— Não. - Diz simplesmente .— Sem perguntas Melinda. - Apenas dou risada da postura defensiva da garota, ela me contaria de qualquer maneira.

Continuamos comendo normalmente até que vejo Riddle entrando pela porta do salão. Me levanto rapidamente puxando Pansy comigo, dou a volta pela mesa da grifinória e saio sem deixar que o sonserino veja.

— Mas que merda Melinda...- Pansy diz assustada. - O que foi isso?

— E-eu já havia terminado...- Saio andando, deixando a morena para trás.

— Ah é? Pois eu não havia terminado LeClair. - Tenta me alcançar. — É como se tivesse visto um fantasma... espera aí.- Pansy pensa por alguns segundos. — Mattheo. - Diz como se tivesse feito uma grande descoberta. — Você correu quando viu ele entrando no salão.

— Que? Claro que não Pansy. - Desvio seu olhar do meu.

— MELINDA LECLAIR. - Grita meu nome, me fazendo calá-la com minha mão.

— Está louca por acaso? - Minha mão ainda estava em sua boca. - Ok, talvez eu tenha beijado Mattheo Riddle ontem.

E antes disso também, mas Pansy não precisava saber disso agora.

— Mel, você... - Não deixo que ela termine a frase.

— Sem perguntas Parkinson.- Repito a mesma frase que a morena me deu antes.

Pansy apenas concordou e voltamos a caminhar até a comunal para terminamos de arrumar as malas. Amanhã finalmente iríamos para casa. Ao terminar de arrumar tudo, me lembro que tenho quer ir até o corujal para enviar uma cartas aos meus pais avisando que amanhã estaria chegando.
Coloco minha capa por cima da roupa simples que estava vestida. Caminho tranquilamente até o corujal pensando em tudo que havia acontecido durante as aulas. Tudo mudou tão rapidamente que me assustava pensar tudo que ainda poderia vir acontecer.

Meu corpo é jogado para a parede me causando uma leve dor, sinto mãos em torno do meu pescoço e olho para cima encontrando os olhos castanhos como um predador.

— Qual é o seu problema? - Rosno. - Você não poderia apenas me chamar como uma pessoa normal?

— Você. - Responde entredentes. - Você é meu maldito problema.

— O que? - Pergunto sentido sua mão ainda sobre meu pescoço,'sua respiração batendo em minha bochecha.

— Eu falei que não tocaria em você... - Se distraia com o olhar em minha boca. — E você me beijou.

— E você retribuiu. - Retruco irritada. — Por que é tão difícil admitir que também queria Riddle? - Dou uma risada e ele aperta mais sua mão em meu pescoço.

— E quem disse que eu queria? - Se aproximou ainda mais, quase colocando nossos lábios.

— Então por que não me impediu?

Mattheo não respondeu, seus lábios macios apenas tocaram os meus sem nenhuma delicadeza. Suas mãos voaram para minha cintura agarrando com tanta força que me fez gemer em sua boca. Meus braços se enroscaram no seu pescoço arranhado levemente o local, suas mãos passaram para minhas coxas e senti meu corpo ser levantado sem cortar o beijo, mas a maldita falta de ar nos atinge e o moreno começa a distribuir beijos em meu pescoço enquanto minhas coxas apertavam sua cintura com força.

Estávamos no corredor a mercê de qualquer um que passasse ali, mas eu não queria parar, eu não queria deixar Mattheo ir.

E Mattheo parecia não querer ir.

Beijo lentamente seu pescoço passando minha língua por todo o local até chegar na sua orelha. Vejo o moreno se arrepiar e agarrar com mais força minhas coxas indo até minha bunda.

— Mattheo... - Minha voz saiu rouca e ofegante.

Meus pés tocaram novamente o chão e Mattheo agarrou meus cabelos me beijando novamente, levei minhas mãos até seu peitoral na tentativa de abrir os botões, mas sua mão me impediu.

— Não, não chegue mais perto de mim LeClair.- O sussurro saiu dos seus lábios
ao cortar o beijo.

— Como assim? - Meu peito subia e descia. —Por que?

— Apenas fique longe. - Foi tudo que disse antes de se afastar, desaparecendo pelo corredor.

— BABACA. - Grito alto o suficiente para que ele escute.

Qual é o problema dele? Por que ele tinha que ser tão irritante, gostoso e beijar tão bem?

eu o odiava Mattheo Riddle, odiava a forma como me fazia sentir.

Caminho novamente até o corujal arrumando minhas roupas, pegando a carta que estava em minha cintura, agora amassada pelas mãos de Mattheo que me seguravam fortemente.

Merlin, eu queria seu toque novamente.

Be with me - Mattheo Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora