Trinta e Nove:

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Queridos, estamos chegando aos últimos capítulos. Este, na verdade, é o penúltimo. O próximo está pronto e logo menos será postado.

Agradeço a paciência dos que acompanharam o livro até aqui.

Atenciosamente,

Lady Derblay.

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Nathaniel Thomas não podia estar mais grato a Deus por sua vida naquele momento.

Aquela primavera em especial lhe garantiu inúmeros motivos pelos quais ele agradecia ao Altíssimo, tais como as bênçãos de uma colheita surpreendentemente farta, a paz de não ter mais o prefeito Bob Johnson lhe perturbando o juízo desde o casamento de sua única filha e claro, os dias vividos ao lado daquela que lhe cativava de todas as formas possíveis.

Amelie havia se tornado alvo dos sentimentos mais nobres do jovem fazendeiro. Ele jamais esperava tornar-se como Salomão ao escrever o livro dos Cânticos, mas foi exatamente assim que se tornou. Todos os dias enquanto fazia o trabalho diário, seu maior anseio era retornar para casa e não só ser recebido pelos sorrisos gentis de sua esposa como também poder sentir o cheiro de seu perfume e a maciez de sua pele.

Depois de dias repletos de intrigas e desentendimentos, Nathan finalmente estava experimentando as alegrias de se apaixonar e ser correspondido, de se entregar e receber a sua amada sem reservas e, principalmente, de amá-la a ponto de dar sua própria vida e ser amado com toda a ternura.

Ah! Os dias de Sr. Thomas ficaram coloridos e cheios de vida. Como apreciava sua doce e querida Amelie, como louvava a Deus por lhe ter concedido a graça de ter uma mulher tão doce!

Ele a amava profundamente e como prova disso, resolveu recompensá-la.

Ao ficar sabendo de sua viagem de negócios, justo na semana em que completaria mais um ano de vida, Amelie aborreceu-se, concluindo que Nate havia esquecido-se dela. No entanto, seu marido tinha total conhecimento da data especial quando partiu para longe de Graceville e fez o possível e o impossível para chegar a tempo de poder parabenizá-la e comemorar ao seu lado. Ele só não contava com o fato de que ao retornar, o presente comprado ainda não havia sido entregue segundo o combinado e isso lhe obrigou a se deslocar de última hora até o centro da cidade, a fim de investigar o que havia acontecido. Pela graça de Deus, tudo foi rapidamente resolvido e já levando a surpresa de sua esposa consigo, Nate tomou o caminho de volta cheio de animação, já imaginando o quanto a faria feliz.

As estradas estavam planas e sem neve, o que rendeu ao rapaz a facilidade de poder ir muito mais rápido, reduzindo assim o tempo do percurso de volta a fazenda.

Já era noite quando Sr.Thomas entrou em suas terras e como de costume, Yan prontamente veio recebê-lo e se dispôs a guardar os cavalos.

— E quanto a esses itens, patrão? Devo deixar aonde? — perguntou o rapaz referindo-se a grande caixa de madeira presa por cordas no compartimento da carroça e de um caixote menor contendo algumas guloseimas e o vinho prometido.

— O maior deixe na sala de aula de Amelie. Ela e as crianças terão muito proveito com o que comprei, tenho certeza — ele respondeu sem conter sua alegria e logo depois pegou o pacote menor. — E esse aqui vai comigo!

— Oh, Sr. Thomas, ao ouvi-lo falar das crianças, lembrei-me do quão grato sou a sua esposa por tudo quanto ela tem feito por meus filhos! Nem sei como descrever o orgulho que senti do meu pequeno Timmy quando leu aquele versículo inteiro para mim. — Yan suspirou. — Foi Deus quem trouxe a Sra. Thomas para as nossas vidas, tenho certeza.

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