capítulo 7

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Oii!! voltei!
Não esqueçam de favoritar ou comentar, para eu saber se vcs estão gostando!!!
boa leitura!
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POV Carina DeLuca

              Os 3 dias que passei no hospital foram tranquilos, tirando a parte que eu estava morrendo de ansiedade para ir para casa. Amélia e Andrew revezaram os dias para dormirem comigo, mesmo eu falando que não precisava e que estava tudo bem passar a noite sozinha, mas não teve conversa. Durante a manhã e tarde eu ficava sozinha algum tempo, mas não demorava alguém aparecer para fazer companhia ou só para ver como eu estava, tive consulta com a Dra Addison Montgomery, que veio de Nova York só para me substituir essas semanas, nos já nos conhecíamos de palestras e semanas acadêmicas, mas nunca tínhamos sido apresentadas, uma mulher simpática e de bom humor.

              - Oi mami, pronta para ir para casa? – Amélia surgiu na porta do quarto, vestindo uma calça jeans e um moletom cor vinho. – Nem acredito que vamos voltar a ser colegas de apartamento.

- Ah sim, têm mais essa! – Amélia e Andrew não sossegaram até eu aceitar que um deles se mudasse lá para casa essas semanas. – Tinha esquecido que estão me tratando como uma criança.             

- Uma pena mesmo, né?! – ela fala irônica se jogando no sofá. – Link vai nos dar uma carona, tudo bem?

- Pode ser. – saio do banheiro segurando minha necessaire com o braço bom. – Nem acredito que vou para casa, só quero minha cama!

- Que bom, porque é lá que você vai terminar a semana, nem era para estar recebendo alta. – Ela sentou direito quando Bailey entrou no quarto. – Miranda, por que mesmo você está dando alta para a Carina?

- Porque ela me prometeu que vai ficar quieta e na cama dela. – Ela pegou a prancheta que ficava na ponta da cama e me olhou. – Não é, Carina?

- Sim, Bailey! Vou me comportar bem para voltar logo. – Abri um sorriso falso e ela me olhou de cima abaixo, bem no estilo Dr Bailey. – Eu juro!

- É bom mesmo! – Amélia levantou indo em direção a minha mala e no caminho tomou a necessaire da minha mão. – E pode deixar Bailey, vamos ficar de olho e realmente espero que dessa vez ela fuja no meio da noite!

              Amélia estava ainda me cutucando com isso, sei que era a forma dela de dizer que estava chateada comigo por ter feito o que fiz, mas toda vez que ela lembra o porquê de eu estar nessa situação sinto que poderia só começar a chorar. Owen tentou falar comigo, mas ainda estava sem meu celular que ficou em pedaços e Andrew ainda estava resolvendo os problemas de operadora e todos na minha volta estão na missão de não deixar Owen entrar nesse hospital. Nesses dias eu tive bastante tempo para lembrar dos nossos últimos 2 anos e a única conclusão que posso tirar disso é que sou verdadeiramente cega, não sei se minha memória está tentando me proteger criando cenários onde ele começou a ficar mais tempo no escritório, era uma promoção que ele estava tentando conseguir, ele dizia. Mas eu tinha certeza que não era proteção da minha cabeça. Quando ele começou a viajar final de semana com os  amigos do escritório, amigos que eu mal sabia o nome mas não queria me meter em algo que ele estava aproveitando já. Lembrei de muitos momentos, inclusive da noite que o bebe foi gerado, estávamos em provavelmente uma das nossas piores semanas, ele tinha aparecidos apenas 3 vezes em casa em 2 semanas, não atendia o telefone e quando chegava em casa ou estava amanhecendo ou era meio da tarde, e nas 3 vezes estava fedendo a bebida e estressado.

              Naquele dia ele estava com cheiro de cerveja, mas não estava bêbado como nos outros dias, eu estava na cozinha tomando iogurte com aveia quando ele se projetou na minha frente, me deu boa noite e eu o ignorei, ele me olhou e eu segurei o olhar, eu estava brava e ele sabia disso, mas estava agindo como se não soubesse, o que me irritava mais. Quando ele tocou minha mão sobre a mesa eu bufei e tentei tirar, mas ele segurou com força, não o suficiente para me machucar, mas só para eu não tirar a mão. Lembro que a próxima coisa era nós dois discutindo até o ponto de gritarmos um com o outro, ele não me pediu desculpa naquela noite por nada, mas quando ele me beijou do nada era como se tivesse pedindo e eu como otária retribui o beijo e o resto não preciso contar. No outro dia quando eu acordei ele já não estava mais na cama e umas semanas depois aconteceu aquela cena da porta da garagem. 

In Another LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora