Capítulo 25

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Vocês acharam que eu nao ia voltar?

Pois voltei!!!!

Vou tentar voltar mais cedo, me desculpeeem! Um capitulo fofinho p vocês ou sera que nao?

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MAYA BISHOP P.O.V

O clima de antes do ocorrido tinha se desfeito, conseguia ver nos olhos de Carina o medo ainda vivo, trocamos pouquíssimas palavras até deitarmos na cama, a observei abrir sua gaveta e tirar uma cartela de remédio que eu sabia que serviam para ajuda-la a dormir mais rápido.

- Se eu não tomar, não vou conseguir dormir. – ela se justificou sem que eu ao menos falasse algo. – Você precisa sair cedo amanhã?

- Não, vou mais tarde. – Arrumei o cobertor. – Vem, vamos dormir.

Carina se aconchegou no meu corpo e eu passei os braços e a puxei para mais perto, senti seu nariz gelado passar pelo meu nariz ao mesmo tempo que seus braços pelo meu corpo e doeu, doeu pensar que era ali o lugar que eu me sentia mais segura e talvez ela não me quisesse mais aqui. Meus pensamentos não paravam de passar por essa possibilidade e no que havia acabado de ocorrer, sensação de impotência gritava no meu coração, não sabia distinguir se era raiva do homem que queria fazer mal a pessoa que eu mais queria bem no mundo ou se era pavor de isso poder ter sido real, caso ele tivesse feito algo nessas outras semanas que ele vinha seguindo ela. Só de imaginar isso aperto mais ela em meus braços, mesmo com sua barriga impedindo que ficássemos tão coladas.

- Você tá bem, mesmo? – sussurrei.

- Apavorada. Não paro de pensar que ele teve tantas oportunidades e que provavelmente ele estava nos observando no restaurante ou pelo menos sabia que estávamos lá. – ela disse, baixo também. – Como ele sabia que era nós que passaríamos na sinaleira? O que mais ele sabe da minha rotina, da sua?

- Queria saber também, acredito que ele tenha nos seguido aqui da sua casa até o restaurante, deve ter deduzido que voltaríamos pra cá também, queria poder ter todas as respostas também, mas a polícia vai investigar. Como ta a bolinha? – minha mão passou pelo grande relevo e a mão de Carina descansou em cima da minha.

- Espero que arrumem provas suficientes para não acreditarem que eu sou louca... – ela apartou nossas mãos. – Ela tá bem, tá mais quietinha que antes. Não vejo a hora de pega-la no colo, sentir seu cheirinho, contar mil vezes cada dedinho, mesmo que eu já tenha visto mil vezes as ultras e contato mais mil vezes para conferir se estavam todos lá. É estranho esse sentimento, sempre fui contra a ideia de filhos e falar de quanto já à amo me faz sentir culpa de um dia ter desejado que ela não tivesse aqui.

- Diz que amor de mãe é inexplicável mesmo, não acho que você tem que sentir culpa por isso, é normal. Você não queria, mas agora quer, e já é a melhor mãe que a bolinha poderia ter. – faço carinho no seu rosto. Eu não quis falar em como meu coração formigou e aqueceu só de imagina-la nos momentos mais íntimos com a bolinha. – É fácil te imaginar com ela.

- Ah é? O que mais você imagina? – Conseguia ver um pouco do seu rosto pela luz que vinha da janela do banheiro, seus olhos pareciam dois jaspes marrons me encarando, queria falar que imaginava ela cantando músicas de ninar até tarde, e que me imaginava fazendo tudo para tornar o menos cansativo e amoroso possível os nossos momentos juntas, mas me contive.

- Você trocando fralda vazada as 4 da manhã. – Disse num tom brincalhão e levei um tapa leve no ombro.

- Idiota. – ela se acomodou melhor. – Mas eu também imagino isso. Obrigada por ter ficado.

In Another LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora