Capítulo 47

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acreditam que eu voltei assim tão rapido? kkkkkkk to inspirada nos ultimos dias, vamos ver quanto tempo dura. 

mas enquanto isso, outro capitulo pra vcs heheheh~

e alerta que esse capitulo tem dnv mt bad vibe,sangue, morte etc

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Maya Bishop POV

Os segundos que se sucederam aos tiros passaram em câmera lenta sob meu olhar, encontrei Vic que tinha os olhos fechados com força enquanto estava deitada no chão como eu, meu olhar vagou para o corpo da criança sem vida e eu queria gritar, essa criança era alguém, era filha de alguém.

- Hughes! – Chamei seu nome assim que os barulhos de tiros param, mas ela ignorou eu conseguia ouvir seu choro. – Hughes! Eu preciso que você se recomponha.

Nem eu estava recomposta, mas agora eu escutava o barulho de mais viaturas e ambulâncias, os tiros haviam parado, mas os gritos não.

- Não vou conseguir, Capitã! – A mulher ainda tinha as mãos cobrindo a cabeça e eu me aproximei, tocando suas costas.

- Vic, já passou! Nós precisamos ajudar, por favor! – Falei manso, era para me acalmar também, eu conseguia ver de longe um policial caído tentando levantar, mas estava ferido. – Respira fundo e depois solta.

Demorou alguns segundos até conseguir fazer Vic voltar para mim, enquanto isso mais socorristas já estavam chegando e os policiais saíram de dentro da escola com dois adolescentes algemados, eles não deviam ter mais que 17 anos. Meu coração se apertou.

- Ainda tempos um foragido! – Um dos policias se aproximou, primeira porta a esquerda temos muito feridos.

Os próximos minutos foram cruciais, chamei pelo rádio o restante da equipe para ajudarem na cena, e não demorou para o caminhão estacionar cheio de bombeiros prontos para ajudarem, a cena era terrível, e pelo que tínhamos entendido 3 adolescentes invadiram a escola com um único objetivo, matar. Eu nunca tinha presenciado um cenário de guerra, mas imaginava que a quantidade de sangue era parecida com o que víamos aqui, a estação montou uma pequena barraca e ajudou alguns pais que estavam tendo quedas de pressão, assim como atendemos crianças, as ambulâncias não paravam de ir e vir, e minha cabeça ficava repassando cada criança ferida que vi, o pátio onde ficava o parquinho com crianças não muito mais velhas que Cecília estava de dar arrepios, precisamos juntar todos os pequenos corpos para facilitar o reconhecimento e minha vontade era de chorar.

- Capitã Bishop! – Um dos policiais se aproximou. – Queria agradecer, a estação chegou aqui muito rápido vocês ajudaram a salvar algumas vidas.

- Não sei se aceito. – Passei a mão no rosto, nos dois observando a cena dos pais reconhecendo os calçados dos filhos era de quebrar o coração. – 15 crianças mortas.

- Um dia que não vamos esquecer. –Ele colocou a mão no meu ombro.- Não temos mais nada dentro do prédio, pode levar a ambulância e o caminhão, obrigado pelo serviço.

Acenei com a cabeça e chamei a equipe, dizendo que podiam levar o ultimo paciente e voltar com a ambulância para a estação que desmontaríamos a tenda e voltaríamos também, eu estava louca para ligar para Carina, queria ver seu rosto e queria que ver Cecília, foi impossível mantê-la longe da minha mente hoje, impossível não me colocar no lugar dos pais que estavam procurando seus filhos e infelizmente os encontrando cobertos com panos pretos.

- Por favor! – Uma mulher se aproxima de mim. – Eu já falei com os policias, eu já fui no hospital. Minha filha não está lá.

Era palpável seu desespero, olhei para trás procurando os policias e eles estavam falando com os outros pais, fechando alguns pontos dos prédios, já fazia mais de 2 horas que estávamos aqui, ela já deveria ter encontrado a filha.

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