Capítulo 46

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Aviso que esse capitulo é meio bad vibes, gatilhos, enfim. 

Tem que ter uma emoção se não ia ficar mt parado.

beijo e comentem se gostarem e favoritem!

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Carina DeLuca POV

Faltava alguns dias para Cecí completar um ano de vida e por mais que eu esteja radiante de ver cada mudança na minha filha, cada coisa nova que ela aprendia e exibia com toda a personalidade forte que ela estava criando, tinha uma parte que estava confusa dentro de mim, em janeiro quando voltei ao trabalho e minha rotina e de Maya começaram a se desencontrar, alguma coisa tinha mudado. Maya tinha mudado. Ela ainda era a mesma de sempre com bolinha, se esforçava para deixa-la o mínimo possível na creche do hospital, mesmo que isso significasse sacrificar algumas horas de sono e ela ainda era delicada e apaixonada, mas agora tinha uma energia que eu não conhecia, uma ânsia para voltar ao trabalho e eu sentia que tinha algo acontecendo, mas ela não se abria quanto a isso, desconversava e dizia apenas estar cansada, eu sabia que alguns meses atrás alguma coisa tinha acontecido entre ela e a Chefe Ross, mas ela não quis mais tocar no assunto e eu não insisti, mas cada dia mais ela estava cabisbaixa e estressada.

- Atenção a todos! – Bailey invada a emergência me puxando dos meus pensamentos, tínhamos poucos pacientes e estava sendo um dia tranquilo. – Aconteceu uma situação.

Era visível o nervosismo da chefe de cirurgia, então sabíamos que algo tinha acontecido e se algo aconteceu e ela estava avisando a emergência logo pensei em algum incêndio com grande número de feridos e pensei em Maya, sentindo um aperto no peito.

- Uma escola infantil foi atacada. – Ela suspirou, suas mãos não parando de mexer nunca. Uma escola infantil? –Vamos receber um grande número de crianças em alguns minutos, liberem as macas, os pacientes que não são emergência mandem para casa, as cirurgias que não são emergência cancelem, eu quero o maior número de leitos e salas de operações vazias. Eu não sei o estado e nem o número de feridos, mas eu quero concentração de vocês. Eu sei que é difícil, mas vocês conseguem.

Eu não estava preparada para o que estava acontecendo, em todos os anos que morei nos Estados Unidos uma vez por ano pelo menos ouvíamos sobre atentados em escolas, em universidades, mas eu nunca tinha trabalhado em um hospital que tivesse atendido esses casos e muito menos estado tão perto de uma escola que sofreu um atentado, o número de crianças que entraram pela emergência era impossível de contar, algumas eram tão pequenas que eu tinha certeza que elas estavam na creche, como Cecí estava a alguns metros de mim, eu atendia uma criança que não devia ter mais de 7 anos, ele tinha um corte tão profundo no braço que me causava arrepios só de imaginar o que tinha causado isso.

- Eu sei que está doendo, mas você está indo bem. – Eu observei seus olhos que corriam lágrimas, mas o menino não emitia nenhum som. – Você pode me dizer o seu nome?

Silencio, seus olhos desviavam para longe de mim onde ele conseguia ver outras crianças sendo atendidas.

- Meu nome é Carina. – Eu disse, ainda concentrada em fazer os pontos no seu braço. – Você está sendo muito corajoso, se você quiser chorar não tem problema.

- Eu não acho a minha irmã. – Ele finalmente diz alguma coisa. – Ela se chama Emma.

- Depois que eu terminar de fazer o curativo do seu braço a gente pode procurar por ela, o que acha? – Eu me virei, olhando a zona que estava a emergência, eu tentava não demonstrar mas meu coração estava em pedaços. Eu não sei quantas pessoas haviam invadido a escola, mas tinha crianças feridas com tiro, com cortes e era desesperador ouvir seus choros, aos poucos alguns pais iam chegando e ouvir o choro de uma mãe ou pai perder um filho é a pior coisa que já ouvi. – Emma é mais velha que você?

In Another LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora