Capítulo 37

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pra quem achou que eu ia demorar heheh estou aqui novamente!

não esqueçam de comentar e de favoritar!

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Maya Bishop POV

Em duas semanas de volta a estação a minha rotina estava finalmente voltando ao que era antes de um dos momentos mais aterrorizantes da minha vida, eu tentava não pensar tanto na imagem daquele homem sobre mim e da dor dilacerante que eu senti, mas as imagens vinham sem aviso prévio, eu estava indo na psicologa dos bombeiros, Diane, com quem eu já havia feitos sessões antes, mas hoje estávamos falando duas vezes na semana e meus dois assuntos eram essas lembranças e Carina e a Bolinha, claro.

- Boa tarde, Capitã! – Vic entra na minha sala, recém banhada assim como eu, tínhamos voltado de um chamado a pouco tempo. – Será que podemos conversar?

- Claro, entra Vic! – Estranhei o tom sério que Vic usava, era difícil vê-la usando. A bombeira entrou e fechou a porta atrás de si. – Senta.

- Queria falar contigo sobre algo que eu ouvi. – Conseguia ver que ela estava visivelmente incomodada. – Mas não posso deixar de te alertar.

- Fala logo, Hughes. – Falei quando se instalou um silencio que não deve ter durado nem 2 segundos, mas pareceu uma eternidade.

- Escutei o Tenente Sullivan e Dixon conversando, em um tom bem desagradável. – Ela coçou a garganta. – Eu não escutei a conversa toda, mas eles estão tentando bolar algo para o Sullivan assumir a capitania, Maya.

- Como? – Perguntei tentando assimilar. – Não pode ser, quando não estou desmoronando de um lado, estou do outro.

Sullivan há uns meses atrás era uma pedra no meu sapato, mas aparentemente as coisas tinham se resolvido, e fazia um tempo que ele não tentava nenhuma gracinha e nem ia contra minha autoridade e Dixon não era mais o chefe dos bombeiros, mas tinha voltado para a policia. Joguei meu corpo para trás na cadeira, meus olhos viajando pelo teto, conseguia sentir os olhos de Vic em mim, respirei fundo e a olhei novamente.

- O que você ouviu? – Perguntei.

- Sullivan estava falando sobre a instabilidade da sua capitania, que era um ponto que eles poderiam atacar. – Bufei, instabilidade? Eu tinha levado duas facadas em cena. – Mas não sei, Maya. O Dixon parecia incomodado, como se algo tivesse acontecendo.

- Claro, ele precisa de alguém corrupto aqui para ajudá-lo nas merdas que ele faz. – Meus olhos foram em direção a porta, Travis e Andy conversavam animados na recepção. – Obrigada por me avisar, Vic. Preciso descobrir o que eles querem.

- Sem problemas, Maya. Se eu ouvir mais alguma coisa eu trago para você. – Ela sorriu fraco, ia se levantar mas sentou novamente. –E a italiana e a Bolinha?

- Estão bem, minha mãe está com elas. – Sorrio boba, lembrando da foto que minha mãe tinha mandado delas duas na varanda com suas limonadas.

- Chega a ser ridículo o quanto apaixonada você está. – Ela revira os olhos rindo. - O que você vai fazer da sua vida quando ela nascer?

- Como assim o que eu vou fazer? – Ergui a sobrancelha. – Vou estar lá, ué.

- E a mamãe Bishop não vai tirar folga? – Ela pergunta provocando.

- Não sou mamãe. – Respondo rápido, mas não pude deixar de sentir um incomodo. – Pelo o que você disse não é o melhor momento para tirar folga.

- Mas vai ser madrasta. – Ela me olhou. – Você está surtando?

- Não! – Respondo rápido novamente, mas logo em seguido deixo o ar sair lentamente. – Quer dizer, sim. Mas não de uma forma ruim, só surtando com as altas chances de que vou ser sim uma madrasta. Tipo? O que madrasta faz? O que eu deveria fazer? Eu tenho que fazer alguma coisa? É claro que eu tenho que fazer alguma coisa, mas será que a Carina quer que eu faça alguma coisa? Eu já troquei fraldas da Pruitt, mas eu nunca dei banho. E eu não sei dar banho. Eu tenho que fazer essas coisas? Não que eu não queira, eu quero. Mas será...

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