four

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Capítulo 4

– Por favor, as minhas perninhas e bracinhos doem. – Pedi com o melhor olhar que conseguia e ele cedeu. Veio para perto de mim e ligou o chuveiro, antes tirou as minhas roupas devagar e sem olhar muito e me colocou em baixo da água quentinha, me fazendo relaxar e fechar os olhinhos.

A água estava tão boa, fazia tanto tempo que eu não tomava um bainho bem gostoso, eu senti falta disso. Ele lavou meus cabelos com bastante calma e fazendo massagens bem boas, ele me lavou com um olhar concentrado, acho que ele achou interessante os ossinhos do ladinho da minha barriguinha, legal.

Ele desligou o chuveiro e me enrolou na toalha, mas logo lembrei que o meu patinho não havia tomado banho junto comigo.

– Ei moço legal, o senhor patinho não tomou banho, pode lavar ele também? – Estendi o patinho para que ele pegasse e fizesse igual fez comigo, ele me olhou segurando o riso mas pegou o senhor patinho, lavou ele bem direitinho e me devolveu.

– Espera aqui tá bem? Vou pegar uma roupa nova para você. – Assenti e me sentei no chão agarrado com o patinho, vi ele sair porta a fora e fiquei olhando em volta, como aqueles homens tomavam banho sozinhos todos os dias? Eu não gostaria não.

Passou alguns minutos e o moço não voltou, então me levantei e fui andando para ver se achava ele em algum lugar.

Poucos metros a frente do banheiro o encontrei  com um homem vestido igual a ele e fui correndo ao encontro deles dois. Logo que ele me viu, arregalou os olhos e saiu correndo na minha direção me levando de volta para o banheiro.

– Eu falei pra me esperar aqui, qual o seu problema?

– Desculpa, é que você demorou e eu não queria ficar aqui sozinho. – Ele bufou e tirou minha toalha, tirou uma roupinha de dentro da sacola pra me vestir, e abaixou, me apoiei nos ombros dele e deixei que colocasse a cueca. Levantou e colocou uma roupinha bem solta em mim e penteou meus cabelos.

– Eu estou cheiroso? – Perguntei com um sorriso enorme, ele sorriu mas não me respondeu, terminando de me arrumar. – Hein? O que acha?- Cutuquei sua bochecha. – Por que não responde? Olha, cheira aqui o pescocinho. – Ergui o pescoço para ele que logo deu uma fungadinha, eu dei risada por que fazia cócegas.

– Pronto, está cheiroso, arrumado e novinho em folha. Aonde você mora? Tenho que te levar de volta. – De volta? Eu lembro onde eu moro, mas não quero voltar para lá.

Mas também não quero voltar a sentir gente fazendo xixi em mim na rua, ou me chutando para sair dos banquinhos das praças. Não aguentei e comecei a chorar de medo.

– Moço, por favor não faz isso, por favor! – Sentei no chão e comecei a chorar mais apertando a mão dele.

– Moço, por favor não faz isso, por favor! – Sentei no chão e comecei a chorar mais apertando a mão dele

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soldier • pjm jjk Onde histórias criam vida. Descubra agora