Capítulo 30
Meus amigos me doparam para conseguir dormir, mas eu tomei café e meu corpo entrou em choque. Então a única coisa que eu fiz foi ficar acordado a noite inteira do lado do meu celular.
Eu chorava e tremia, minha cabeça estava uma confusão e meu coração batia rápido e forte demais.
Eu perdi tudo de mais importante que eu tinha na minha vida, eu não podia perder ele também, eu vi nele meu ultimo resquício de vida.
Aquela vida insuportável de chata e entediante foi substituída por abraços quentinhos antes de dormir, alguém agarrado no meu braço sempre que sente medo, por mamadeiras quentinhas e chupetas babadas.
Parece que estou falando de uma criança né? Mas é só o jeitinho do menino que mudou a minha vida, ele também passou por coisas insuperáveis na vida até mais do que eu, e eu não podia deixar ele voltar para aquela vida desgraçada.
Levantei cambaleando sem saber como andar e fui de encontro a uma garrafa de vinho que eu não podia tomar por conta dos remédios do TOC, então bebi metade da garrafa de uma vez.
E apaguei.
|...|
Senti alguém me chacoalhando mas não me mexi, nem sequer abri olho, mas me mexeram de novo, então eu dei um empurrão para sair de perto de mim.
– Aí papai, machucou eu.
Não, eu devo estar alucinando de novo.
– Papai, o senhor tá igual eu, não acorda por nada. – Abri os braços e senti alguém vindo de encontro, tinha o cheiro do Jimin, dessa vez essa alucinação estava top eu sentia cheiro e tudo.
Mas só voltei a dormir.
Quando abri os olhos a primeira coisa que vi foi o horário, eram oito e meia da noite e eu nem sequer sabia quanto tempo estava dormindo, mas levantei da cama e fui até a cozinha beber água por que estava com a boca muito seca.
Mas quando sai do quarto tudo que eu vi foi cinco gays olhando pra minha cara com os olhos arregalados.
– Que foi?
– Você estava literalmente desmaiado, trouxemos o Jimin e nenhum obrigado? – Jimin? Virei para a porta do meu quarto e vi a bolinha deitada na cama enrolada na coberta fui correndo até a cama.
Eu não acredito que meu pequenininho estava lá, o abracei com toda força que podia e dei vários beijinhos no seu rosto.
– ACORDA CHIM! ACORDA! VOCÊ VOLTOU, EU NÃO TÔ NEM ACREDITANDO.
– Ai papai, não abraça eu forte assim não.
– Desculpa neném. – O peguei no colo e fui até a sala. – Como acharam ele? Por que não me acordou?
– Nós tentamos te acordar mais de cinco vezes, e em todas você se fingiu de morto. – Disse Yoongi, deitado no sofá.
– Olha quem fala né? Hmmm, meu bebê tá cheiroso. – Dei uma fungadinha no pescoço da bolinha no meu colo, ele olhou pra mim com aquele sorriso lindo e os olhinhos marejados.
Meu deus, como eu amo esse menino.
– Não quero estragar a felicidade do casal mas nem tudo é um mar de rosas né? – Taehyung sibilou com um papel na mão. – Jimin foi deixado na frente do seu quartel, com esse cartãozinho aqui, tem um número nele e eu acho que é uma conta bancária.
Suspeitei que estava tudo bom demais para ser verdade, mas peguei o cartão da mão de Taehyung e verifiquei os números que tinham ali.
– Jimin-ah, pode pegar o celular do papai lá no quarto? – Ele assentiu me dando um beijo na bochecha e indo até o quarto. – Vocês levaram ele ao médico?
– Eu quis levar, mas ele disse que não estava com dor, apenas com uns cortes pequenos. – Namjoon surgiu com um pote de sorvete na mão.
– E desde quando você concorda com o que uma criança fala? – Rebateu Jin.
– Desde que deixo você ganhar nossas discussões. – Ele mandou um beijinho.
– Aqui, papai. – Jimin saiu do quarto com meu celular em mãos. – Papai, o senhor pode me da um remédinho? – Ele perguntou com a mão na barriga.
– Está com dor aonde? – Perguntei entrando no aplicativo do meu banco.
– Na barriguinha.
– Ja já eu dou, tá bom? – Ele assente. – Gente vocês já podem ir pra casa de vocês, tirem Taehyung e Hoseok do meu quarto, e carreguem esse pedaço de papel do meu sofá.
– Não tem um apelido melhor pra mim não?
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soldier • pjm jjk
Fanfiction[CONCLUÍDA] Jeon Jungkook era um sargento no quartel principal de Busan, era mais um dia monótono naquele quartel que ele estava todos os dias. Mas havia algo diferente ali, um garoto chegou para pedir ajuda. Ou naquela onde Jimin é um pobre garoto...