Capítulo 11

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Respiro fundo, jogo o celular em cima da cama e volto pro banheiro pra tomar um banho.

Enquanto a água cai sobre mim eu reflito que eu não sei por que as provocações desse menino mexem tanto comigo, mas sei que isso não é um bom sinal. Ou melhor é um grande sinal que eu devo manter distância dele.

Alguma coisa nele me atrai na mesma constante que ele me irrita, e definitivamente isso não é bom.

Existe a hipótese também de ser só tensão sexual e que depois de uma, sessão de foda de uma noite tudo se resolva. E essa sim seria uma opção boa, por que ele pode ser convencido e irritante, mas não posso negar que ele é grande gostoso. Aquela figura de cabelos castanhos, olhos de mel e porte de um Deus grego, mexe com qualquer uma.

Termino o banho mais confusa do que iniciei, por uma coisa que não existe e que se tudo sair nos conformes nunca vai existir.

Troco o biquíni, e coloco a mesma roupa.

Pego meu celular e decido responder pela última vez, com a esperança que ele entenda.

@LauraMMc: Passo.

Coloco o celular dentro da bolsa de palha e desço para a recepção.

Avisto as meninas em um dos sofás mexendo cada uma no seu celular.

- Vamos!- chego dando um sustinham nelas.

- Aí, finalmente a debutante desceu- Rafa ironiza.

- Tava costurando o biquíni Laurinha?- Bia pergunta e eu penso o que responder, porque mesmo com toda intimidade que tenho com as meninas, não acho apropriado, dizer a elas que tive que tomar um banho, porque quase peguei fogo depois de uma mensagem do playboy.

- Não meus amores, tive uma emergência íntima, agora vamos que eu tô doida pra ver se as praias daqui são isso tudo mesmo- desconverso.

Andamos duas quadras e chegamos na avenida principal da praia, que é linda, esverdeada um pouco diferente de Fortaleza, mas também parece muito boa.

Algumas placas indicam que a área é de perigo de tubarões, então vamos caminhando até uma área apropriada para banho.

Está lotada esse pedaço, muita gente bonita.

Avistamos uma barraca com alguns guarda-sóis e cadeiras na areia.

Alugamos, colocamos nossas coisas, e pedimos 3 águas de côco.

Depois que terminamos, eu e a Rafa decidimos dar um mergulho, já a Bia jura que não sai da areia por nada de medo.

- Ai gente eu não vou, a placa que a gente viu de perigo com tubarão não é nem 500 metros daqui- ela se defende.

- Amiga aquilo dali já é o raio que os tubarões circulam, eles ficam só lá não vem pra cá relaxa- Rafa tenta explicar.

- Tu garante Rafaela, e se o tubarão for míope?-Bia fala e a gente dá risada.

- Amiga eles se guiam com a geolocalização deles, eles não vem pra cá- tento explicar.

- E se o Waze de um estiver quebrado? Deus que defenda vocês, por que eu não entro nessa água linda.

- Tá bom amiga, então fica olhando nossas coisas enquanto a gente vai dar um mergulho- rafa pede e ela concorda.

Entramos na água que é maravilhosa, temperatura ideal pra refrescar, sem matar a gente de frio. Andamos mais um pouco e encontramos umas piscinas naturais e ficamos lá por um tempo.

As ondas começam a ficar mais forte, e as piscinas sobem um pouco o nível. Minha mãe dizia que quando isso acontecia era por que a maré estava enchendo.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora