Capitulo 17

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LAURA NARRANDO

Hoje é o dia, um ano esperando. Pra muitos podem parecer besteira, mas não, esse esporte divide meu coração de forma absurda junto com a medicina.

Machuquei meu joelho, fiquei 3 meses sem treinar, voltei dando meu melhor, fui elevada a capitã, guiei um time no meio de vários perrengues, pra gente chegar aqui.

Enquanto escovo meus dentes, e resolvo dar uma olhada no grupo do vôlei,  pelas mensagens essa hora da manhã, posso ver que elas estão uma pilha de nervos.

Nosso jogo é 16:30, logo depois do jogo de quem? Pois é, parece piada do destino. Espero que eles vençam, nós fomos as únicas modalidades que classificaram pra as finais. A maioria estancaram nas semifinais. E isso só aumenta a pressão nas duas equipes.

Termino de me arrumar e desço pro saguão pra tomar café da amanhã. Tava lotado como eu imaginava, alguns conhecidos me cumprimentaram, desejaram um bom jogo e todas as vezes que isso acontecia, parecia que borboletas tomavam meu estômago.

Coloco uma fatia de melancia, dois pães de queijo no prato, e uma xícara de café com leite e sento com algumas meninas do time que já tinham avisado que estariam aqui.

- Bom dia meus amores- desejo a elas que sorridentes retribuem o bom dia.

Engatamos a conversar assuntos totalmente aleatórios, como fofocas sobre a vida do dono da nossa faculdade. Jogo qualquer assunto já que não quero lembrar do jogo agora, pra não passar minha ansiedade pra elas.

Combinamos de subirmos pra piscina pra dar uma relaxada já que a maioria do pessoal marcou de ir pra praia agora de manhã, mas acho arriscado por que praia sempre deixa o ser mais cansado.

Termino o café e subo com as meninas, combinamos de só trocar de roupa e já subir pra piscina que fica em cima do prédio.

Ponho meu biquíni preto, com um shortinho vermelho por cima, uma blusa branca. Pego minha toalha, meu Kindle e subo.

Saio do elevador e fico chocada com o luxo do andar da piscina ele é simplesmente lindo, não é a céu aberto, mas dá acesso a um lounge lindo na varanda, duas saunas, uma normal e outra com um cheiro de ervas que eu nunca tinha visto.

Deito em uma espreguiçadeira, enquanto crio coragem pra entrar na piscina, mas não tenho muito tempo pra isso, já que a Rafa e a Joyce pulam estilo "bola de canhão" na piscina, me deixando ensopada.

Em um dia normal? Ficaria muito puta, mas hoje não. Preciso relaxar, então como vingança pulo na piscina no mesmo estilo, quase em cima delas duas.

Ficamos nós 5 lá por um tempão, alguns hóspedes entravam e saíam da sauna, e outros ficavam na varanda, mas no geral a manhã inteira foi bem tranquila e divertida.

Lá pra as 12 horas, nós saímos de lá e fomos almoçar. Eu, Joyce e Rafa escolhemos um frango a parmegiana, e a Luana e a Bia, vão pro bobó de camarão. Não arrisco nunca comer camarão fora de casa.

Começamos a conversar e dar alguns palpites sobre as finais da tarde.

- Vou mais cedo pra assistir a final do futsal masculino, acho que a universidade daqui leva pelo menos essa- ironiza Joyce

- Pelo menos uma né, por que os coitados sabem fazer boas festa, mas só classificaram em uma modalidade- Rafa brinca

- Coitados, pior é quem não classificou nenhuma- falo com humor lembrando que a outra uni de Fortaleza que é nossa rival não classificou nenhuma modalidade.

- Eu peguei a referência viu, naja- Beatriz fala e nós todas começamos a rir.

Subimos para os quartos, descansar um pouco era essencial pra aguentar o resto das emoções do dia.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora