Capitulo 25

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MATHEUS NARRANDO

Laura entrou primeiro no restaurante e eu esperei uns 5 minutos pra entrar atrás dela. Que já estava sentada na mesa conversando com as meninas tomando vinho.

Sentei a sua frente, Alina me perguntou o motivo da demora, mas eu desconversei e entreguei a ela a bateria portátil que havia me pedido.

- Vou sair depois do jantar pra voltar pra cidade com a Laura, segura o pessoal mais um pouco aqui, por que a gente quer ir sem dar falatório- avisei baixo pro Maurício ao meu lado, que abriu um sorriso de 50 dentes no rosto.

- Isso vai render outro pedido daqui a umas semanas- teoriza e eu balanço a cabeça rindo.

- Não viaja não, apenas amigos com benefícios- respondi e ele debochou com a cabeça.

Conversava com o pessoal, mas praticamente olhava somente pra ela, que mantinha um sorriso no rosto enquanto dava goles na taça. Alina tagarelava ao meu lado, algo sobre seu carro novo, mas eu não dava muita atenção.

O salmão ao molho de laranja que pedimos chegou, e eu juro que nunca comi tão rápido na minha vida. Olhei pra Laura que segurava o riso vendo minha velocidade.

- Come mais amiga!- Rafaela indicava a ela, que diferente de mim pra terminar rápido colocou quase nada de jantar.

- To meio sem fome amiga, acho que é minha cólica- respondeu e dessa vez quem riu internamente fui eu.

Terminei de comer e vi que ela também, passei o pix pro Maurício pagar nossa parte. E falei rápido na mesa que já estava indo.

Alina indagou o porque de eu ir tão cedo, e olhou discretamente pra Fernanda, fazendo eu negar novamente a ela minha vontade zero de pegar sua amiga.

- Tenho um compromisso- respondo seco pra ela.

- Vai também amiga, acho que a gente ainda vai demorar, pega uma carona até em casa- Rafa falou pra Laura que em uma atuação digna de Oscar, fez uma cara que quase me fez acreditar que ela estava odiando a possibilidade de ter que voltar pra "casa" comigo.

- É acho que vai ser o jeito mesmo- falou séria já levantando da mesa, essa menina é um perigo mentindo.

Ela sai do restaurante na minha frente, então a encontro ao lado do meu carro.

- Tua consciência não pesa não, de mentir assim pro povo?- pergunto segurando sua mão e ela ri me encantando mais ainda se é que era possível.

- Fazer o quê? É uma habilidade que tenho- fala rindo, enquanto eu abro a porta pra ela entrar no meu carro.

- Já pensou em largar a medicina e ir pra artes cênicas?- pergunto pra implicar.

- Olha até já pensei, mas desisti depois que eu esqueci minha fala no único trabalho que eu tive- ela fala sério e eu fico curioso.

Ligo o carro e começo a dirigir em direção a casa do Edu pra pegarmos nossas coisas.

- Mas isso é normal princesa, por causa do nervosismo- comento na intenção de melhorar a história dela.

- Sim, é normal. O problema é que eu só tinha uma fala na peça e era só uma palavra- ela fala séria, mas eu não consigo conter a risada.

- Meu Deus princesa, realmente é melhor continuar na medicina. Afinal qual era a palavra?

- Meleca- ela fala e eu tenho outra crise de risos.

- Tu é muito besta pra ri menino- ela fala quando minha crise já tá diminuindo.

- Só quando eu tô contigo- falo ainda rindo e noto de relance que ela abre um pequeno sorriso.

Estaciono na parte de trás da casa e peço pra ela se apressar em pegar as coisas dela pra gente chegar mais rápido na cidade.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora