Laura
- Como assim tu não pode entrar- pergunto mais uma vez na ligação com Pietro.
- O hospital tá lotado Laura, apenas relações de primeiro grau, invoca logo a carteira de namorada, por que se não ele vai ficar sozinho aqui- Pietro explica novamente e eu respiro fundo, enquanto desço do carro em direção a entrada do hospital.
- Se tu comentar isso com ele amanhã, eu te mato- Falo antes de desligar a ligação e entrar no hospital particular da rede famosa verde.
Me aproximo deles que estavam próximos a recepção. O hospital estava realmente lotado, nem parecia ser particular.
- Ele já foi chamado pra fazer o cadastro?- Pergunto.
- Não, mas o número dele é o próximo- entrega a senha com o número 655 marcado- eu vou pro carro, porque o segurança já veio aqui 3x me perguntar o parentesco.
- Por que tu não mentiu?
- Por que o boy não é meu, portanto não é também, problema meu. Vou dormir beijinhos!- ele fala já saindo.
Matheus meio que cochilava na cadeira de rodas.
O visor chama o 655 e eu o levo até o birô.
- Princesa- ele dá um pequeno sorriso fofo me vendo levá-lo até o guichê.
Entrego os documentos dele e a carteirinha do plano de saúde, e explico o que ocorreu.
- Parentesco?- a recepcionista pergunta para a ficha.
- Namorada- respondo entre dentes e ele da uma risadinha baixa.
Entrego meus documentos pra ela fazer meu adesivo de acompanhante.
A moça nos encaminha até a triagem, onde o médico nem nos encaminha para os plantonistas, apenas o manda pra tomar glicose e depois fazer a sutura.
Na sala de medicamentos, me sento no banquinho ao lado da poltrona que ele tomava glicose dormindo.
- Amigo, não vamos demorar muito, coisa de mais meia horinha só, o Matheus tá tomando glicose e depois vai fazer a sutura- mando o áudio pro Pietro.
Quando o medicamento já está acabando, o playboy acorda e apenas fica olhando pra mim mexendo no celular sem dizer nada.
- O que foi Matheus?- pergunto pra ele, já intimidada.
- Você disse que era minha namorada- ele fala um pouco mais sóbrio com um sorriso fraco.
- Apenas pra você não ficar sozinho aqui- respondo e ele assente ainda com o mesmo sorriso no rosto- Agora vamos levar uns pontinhos, pra aprender a não fazer merda né- falo maléfica pra ele que fecha os olhos provavelmente lembrando da dor do machucado.
- Vai doer né?
- Estou contando com isso- respondo rindo levando ele até a sala de sutura.
3 pontinhos só, mas o dramático reclamou como se tivesse passado por tortura.
- Estamos indo pra onde amiga?- Pietro pergunta, pra mim que ia no caminho de uma farmácia 24hrs para comprar os curativos prontos e os remédios.
- Farmácia comprar as coisas pra tu cuidar do teu amigo- falo e eles dois se manifestam.
- Não mesmo, a namorada- meu amigo fala cada sílaba da última palavra- dele quem vai ficar responsável por isso.
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Um amor universitário
Romance"Quando eu tô perto dele, eu perco qualquer resquício de controle que exista em mim, e é por isso que eu tenho que o manter longe" Laura, estudante de medicina, capitã da equipe de vôlei. Matheus, estudante de engenharia civil, capitão da equipe de...