Capítulo 45

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Laura

- Como assim tu não pode entrar- pergunto mais uma vez na ligação com Pietro.

- O hospital tá lotado Laura, apenas relações de primeiro grau, invoca logo a carteira de namorada, por que se não ele vai ficar sozinho aqui- Pietro explica novamente e eu respiro fundo, enquanto desço do carro em direção a entrada do hospital.

- Se tu comentar isso com ele amanhã, eu te mato- Falo antes de desligar a ligação e entrar no hospital particular da rede famosa verde.

Me aproximo deles que estavam próximos a recepção. O hospital estava realmente lotado, nem parecia ser particular.

- Ele já foi chamado pra fazer o cadastro?- Pergunto.

- Não, mas o número dele é o próximo- entrega a senha com o número 655 marcado- eu vou pro carro, porque o segurança já veio aqui 3x me perguntar o parentesco.

- Por que tu não mentiu?

- Por que o boy não é meu, portanto não é também, problema meu. Vou dormir beijinhos!- ele fala já saindo.

Matheus meio que cochilava na cadeira de rodas.

O visor chama o 655 e eu o levo até o birô.

- Princesa- ele dá um pequeno sorriso fofo me vendo levá-lo até o guichê.

Entrego os documentos dele e a carteirinha do plano de saúde, e explico o que ocorreu.

- Parentesco?- a recepcionista pergunta para a ficha.

- Namorada- respondo entre dentes e ele da uma risadinha baixa.

Entrego meus documentos pra ela fazer meu adesivo de acompanhante.

A moça nos encaminha até a triagem, onde o médico nem nos encaminha para os plantonistas, apenas o manda pra tomar glicose e depois fazer a sutura.

Na sala de medicamentos, me sento no banquinho ao lado da poltrona que ele tomava glicose dormindo.

- Amigo, não vamos demorar muito, coisa de mais meia horinha só, o Matheus tá tomando glicose e depois vai fazer a sutura- mando o áudio pro Pietro.

Quando o medicamento já está acabando, o playboy acorda e apenas fica olhando pra mim mexendo no celular sem dizer nada.

- O que foi Matheus?- pergunto pra ele, já intimidada.

- Você disse que era minha namorada- ele fala um pouco mais sóbrio com um sorriso fraco.

- Apenas pra você não ficar sozinho aqui- respondo e ele assente ainda com o mesmo sorriso no rosto- Agora vamos levar uns pontinhos, pra aprender a não fazer merda né- falo maléfica pra ele que fecha os olhos provavelmente lembrando da dor do machucado.

- Vai doer né?

- Estou contando com isso- respondo rindo levando ele até a sala de sutura.

3 pontinhos só, mas o dramático reclamou como se tivesse passado por tortura.

- Estamos indo pra onde amiga?- Pietro pergunta, pra mim que ia no caminho de uma farmácia 24hrs para comprar os curativos prontos e os remédios.

- Farmácia comprar as coisas pra tu cuidar do teu amigo- falo e eles dois se manifestam.

- Não mesmo, a namorada- meu amigo fala cada sílaba da última palavra- dele quem vai ficar responsável por isso.

Um amor universitário Onde histórias criam vida. Descubra agora