Capitulo 15

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Termino meu alongamento com a Joyce, e me preparo pra entrar em quadra. Cumprimentamos as meninas do outro time e nos posicionamos em quadra.

Quando olho para arquibancada vejo o trio dinâmico, com um grupo de meninas do lado, típico.

Confesso que ver ele me dá uma tensão interna. Ele tá sentado do lado de uma ruiva que apoia a cabeça no ombro dele. Coitada, mais uma pra coleção dele. Ele olha pra mim, mas eu viro o rosto e olho pra frente que é onde minha atenção tem que tá.

O juiz apita e o saque do adversário é autorizado. A Luana recebe e passa pra Bia que levanta pra mim. A bola veio perfeita, e todo e qualquer sentimento externo ao jogo eu coloco naquela bola. Não dou nem a chance delas segurarem, pontuo.

O primeiro tempo segue bem, ganhamos de 25 a 10.

Abraço as meninas após o último ponto e começa o intervalo para trocarmos de lado.

Quando eu saio do abraço que olho pra arquibancada, vejo o Matheus e a foguinho no maior beijo.

Aquilo me embrulha o estômago, raramente eu acerto nas primeiras impressões sobre as pessoas, as meninas costumam até me chamar de maldosa as vezes, mas é incrível como minha primeira impressão do Matheus se confirmou por completo. Um playboy estupido que faz de tudo pra alimentar o ego dele.

Eu definitivamente não tinha a necessidade de ter visto aquilo. Se eu achava que tinha sido usada, agora eu tinha certeza, e ele acaba de mostrar que não liga nem um pouco pra isso. Foco em fazer aquilo ser indiferente pra mim, mas por algum motivo não consigo parar de olhar.

Ele termina o beijo e se despede dela com um beijo no rosto. Se aproxima dos meninos e logo começa a olhar a quadra rápido.

Nesse momento nosso olhares se cruzam, e eu me arrependo por ainda estar olhando pra ele. Repito pra mim mesma "isso é indiferente pra mim" e "ele é indiferente pra mim", e assim consigo sair daquele olhar e virar pra as meninas.

A Rafa tava atrás de mim e percebo que ela notou que aconteceu algo.

- Ta de boa amiga?- respiro fundo, e resolvo focar minha mente no que realmente importa.

- Tô sim irmã. Bora arrastar esse segundo set- ela sorri e eu devolvo.

O segundo tempo corre melhor que o primeiro, e vencemos de 25 a 7.

Comemoramos muito, as semifinais serão a tarde e acho que o time que vamos pegar não é tão bom. A final amanhã já é realidade.

Como agora já não é mais segredo pra ninguém, a Rafa perturba a gente pra irmos assistir o jogo do Eduardo, e depois de muita insistência eu aceito. Não posso privar minha amiga, e sei que se uma de nós não fosse ela não ia também.

Chegamos lá o jogo já tava no 2° tempo. Nos aproximamos da nossa atlética e lá estava a dupla dinâmica com o pessoal da bateria rindo de algo.

Que raiva que eu sinto dele sorrindo, o idiota mesmo sendo indiferente pra mim, com aquele sorriso me faz acelerar. Foco cérebro, nós não gostamos dele agora.

Vejo que o Maurício fala alguma coisa no ouvido dele e ele olha pra nossa direção. Seu olhar me penetra e a única reação que eu tenho é de balançar a cabeça em negativa e acompanhar as meninas que subiam a arquibancada.

A Rafa fica muito fofa torcendo pelo Eduardo.

O jogo termina apertado, com a diferença de apenas 2 pontos pra gente.

Antes de irmos embora a Rafa pede pra gente ir até onde o Eduardo tá pra dar um abraço nele. Nós vamos com ela, e vejo que o trio deles está completo.

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